Homenagem a Lula, no metrô de Paris: Brasil, onde a esquerda dá certo!
Parte de texto de Raul Longo:
Evidente que depois
de 3 décadas destratando e tentando imputar a Lula pechas de ignorante,
incapaz, néscio, despreparado, estúpido, corrupto, ladrão, demagogo, aliado de
tiranos, chefe de celerados e até estuprador; os profissionais de mídia do
Brasil: colunistas, apresentadores de programas de TV e emissoras de rádio,
cômicos, articulistas, cronistas, comentaristas, analistas econômicos e
políticos dos principais veículos de comunicação, não podem fazer eco aos seus
colegas dos Estados Unidos e Europa, ainda que neles tenham se pautado por toda
a carreira.
Filhos
da imprensa estrangeira, agora se veem vexados a esconder as informações de
seus mentores.
Tem
sido uma árdua tarefa o tentar esconder a repercussão internacional do
desempenho de Lula, até porque nenhum brasileiro jamais
foi tão exaltado pela comunidade das nações e, sem dúvida, muito constrangedor
reconhecer que o homem que com tantas certezas profetizaram como o maior
desastre político do país, tenha se tornado uma das personalidades mundiais de
maior destaque nos tradicionais veículos de comunicação do planeta.
Claro
que se tenta omitir, mas brasileiros e estrangeiros que muito
viajam a negócios ou mesmo a passeio, constantemente relatam sobre a estampa de
Lula nas livrarias, bancas de jornal e revistarias dos aeroportos ou ruas de
Paris, Nova Iorque, Istambul, Buenos Aires, Tóquio, Cairo, Sidney, Toronto,
Johanesburgo, Berlim ou qualquer cidade do mundo. Alguns chegam a mencionar que
os closes de Lula se sucedem entre fotos impressas e imagens de telenoticiários,
muitas vezes com mais insistência do que a da Rainha da Inglaterra ou do
Presidente dos Estados Unidos.
Enquanto isso os
editores dos principais veículos de comunicação do Brasil, buscando justificar
o que antes afirmavam, pescam uma denúncia aqui
outra ali entre informações disponibilizadas pela própria transparência do
governo que atropela especulações garantindo acesso e conhecimento de seus atos
e gastos pelos monitores de computadores domésticos.
Dessa forma o
melancólico resultado obtido pelos detratores do governo Lula se reduz ao que há muito se evidencia pela queda de índices de audiência e circulação,
apesar de outrora terem produzido um dos maiores fenômenos de marketing
político da história da democracia: o mito Collor de Melo.
Também
responsáveis pela manutenção por 2 décadas do mais impopular dos regimes que se
impôs ao país: o da ditadura militar, ajudaram a
eleger todos seus incompetentes sucessores,
mas há 3 eleições se veem sucessivamente derrotados por um operário que além de
nordestino e emigrante, ainda elegeu para sua sucessão uma mulher. A primeira
mulher a presidir o país de uma sociedade secularmente formatada ao racismo,
elitismo e machismo!
Será esse o
grande legado dos 8 anos de governo Lula aos brasileiros? Liberar o povo do
condicionamento, da inconsciência política, dos preconceitos induzidos por suas
elites?
Promover a
ascensão de uma mulher à presidência? Desmentir e ridicularizar os engodos da
mídia?
Talvez haja quem
entenda assim, mas perceptivelmente Lula é mais reconhecido por ter iniciado o
processo de distribuição de renda e desconcentração de riquezas, reduzindo pela
metade a miserabilidade que destacava o Brasil como uma das nações mais
injustas da Terra.
Outros exaltam o
efetivo combate à corrupção incrustada na cultura política e no trato com o
patrimônio público e que, ao longo do mesmo período
do antecessor, se marcou pela inércia de menos de 30 operações da Polícia
Federal além da impunidade pelo arquivamento de 6 centenas de processos contra
aquele governo.
Sob a
presidência de Lula se levou a efeito mais de mil operações policiais federais
e foram penalizadas autoridades antes consideradas incólumes e blindadas por
seus próprios cargos e relações. Mais de 15 mil
presos entre juízes, policiais e políticos, inclusive alguns do próprio partido
do Presidente e agentes da própria Polícia Federal.
Há também os que
consideram que apesar de tanto por ainda fazer, a grande herança deixada por
Lula é o início dos grandes investimentos na infraestrutura abandonada há
muitas décadas. Ou no planejamento do país para um desenvolvimento sustentável
e racionalmente distribuído a todos os setores sociais e regiões geográficas.
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