Quando uma das líderes do MPL, disse em entrevista ao vivo, que a pauta agora era acabar com o latifúndio rural e urbano, não deu para editar. Agora quem gravou vai ouvir, quem não gravou nunca mais ouvirá. A Gloelbels, editou. Quero ver o MPL juntar 80 mil pessoas nas ruas de São Paulo com esta pauta!
A direita sempre apoderou-se demovimentos populares. Lembrem-se de Allende, a esquerda "aquela" do Randolfe, começou o protesto contra Allende, a direita o encampou. O resto, bem, o resto é história...Todos conhecem!
Recebi por email, desconheço o
autor:
"Os
conservadores (ou o que chamamos de direita) querem sequestrar a pauta das
manifestações em prol de seus interesses.
Isso
ficou claro na mudança brusca de opinião de jornais, de revistas e de figuras notoriamente
reacionárias que antes criticavam as manifestações, e agora as apoiam.
Ficou
mais evidente ainda quando vi a foto de "artistas" com o olho pintado
de roxo, em protesto contra a violência policial.
Não me
consta que esses mesmos "artistas" se pintem de “vermelho sangue”
quando a mesma polícia mata os jovens pobres e pretos da periferia.
Por isso,
digo com todas as letras: a causa de Datena, Arnaldo Jabor, Marcelo Tas, Pondé
e esses "artistas" não é a causa pela qual lutamos.
Eles
apenas mudaram de posição porque viram que a manipulação ideológica tem limite
e que as pessoas não ficariam apenas na petição online.
Pense: eles se dizem contra a corrupção dos
políticos, mas se calam quanto à corrupção de empresas privadas; eles reclamam
da má qualidade do serviço público, mas são favoráveis à privatização e contra
o aumento dos impostos dos mais ricos; eles estão "cansados da
violência", mas nada dizem sobre a violência cotidiana a que a população
pobre - em especial negros, mulheres e gays - estão expostos; eles são contra a
"gastança de dinheiro público" apenas quando se trata dos programas
sociais, mas não veem problemas quando o BNDES financia empresas privadas a
juros baixíssimos; eles se dizem contrários ao aumento da passagem, mas acham
absurdo falar de “tarifa zero” – mesmo sendo algo juridicamente possível.
Então,
meu caro, não seja idiota: essas pessoas não querem o mesmo que você.
Elas
não PODEM querer o mesmo que você, pois os privilégios que têm dependem de quão
ruim a sua vida continuará a ser.
Conservadores,
por óbvio, querem conservar e não transformar.
Por
isso, não é por vinte centavos.
É pela
construção de um horizonte político que estas pessoas não querem, mas que você
precisa acreditar ser possível.
Elas não são nossas aliadas.
Definitivamente,
não são".
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