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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

CERRA O CÍNICO DEMAGOGO!

QUANDO O BACEN COMEÇOU BAIXAR A SELIC E O GOVERNO INCENTIVAR O CONSUMO, EU OUVÍ ESTE CÍNICO MENTIROSO FALAR QUE O GOVERNO ESTAVA NO CAMINHO ERRADO, EU TENHO GRAVADO. AGORA VEM COM ESTE PAPO FURRECO!

SERRA: CRONICAMENTE INVIÁVEL
Apontado por amigos e colunistas como alguém que 'entende de economia', o tucano José Serra classificou nesta 2ª feira como 'o erro mais espetacular da história econômica brasileira', o fato de o BC não ter reduzido os juros na crise de 2008.
 A observação correta na boca da impostura política amesquinha-se à categoria dos 'faits divers', curiosidades irrelevantes; sabedorias de Almanaque Biotônico Fontoura desprovidas de consequência histórica. 
 É esse enquadramento que faz de Serra uma figura cronicamente inviável em seus próprios termos; um janismo com caspa --falsa-- da Unicamp, na medida em que o discurso 'industrialista' do qual se apropria, contrasta com a aliança midiático-conservadora que sempre o apoiou.
A mesma que, invariavelmente, se opõe à redução da Selic.

CARTAMAIOR

terça-feira, 29 de novembro de 2011

CRIME DE IMPRENSA, ANDREIA NEVES(VANILA) E O SENADOR CARIOCA AÉBRIO NEVES.

CRIME DE IMPRENSA COMPRE NA INTERNET AQUI

PALMÉRIO DÓRIA O P.I.G NÃO DÁ UM PIU!



À DIREITA A EX GOVERNADORA DE FATO DE MINAS GERAIS ANDREIA(VANILA)NEVES.(PRECISAMOS CUIDAR DOS NEGÓCIOS DA FAMÍLIA, SENÃO AECINHO BOTA TUDO A PERDER."LAERTE BRAGA" JORNALISTA DE JUIZ DE FORA)

Palmério Dória – Um cineasta aí do Sul disse que estava para ver um movimento destes de direita, uma ditadura que não tenha se implantado em nome do combate à corrupção. Eu também estou para ver. Este livro não trata de corrupção, mas da maneira como a imprensa cobre a corrupção.

 Eu gostaria que a imprensa agora colocasse 1% de seu exército para cobrir os roubos no metrô paulistanos.

Todas as linhas são superfaturadas. Neste momento o escândalo é da linha lilás. Se a imprensa usasse este poder de fogo permanente para cercar as malfeitorias tucanas não restaria nada.

Se essa mídia usasse seu esforço, digamos, para levantar a vida de um Tasso Jereissati, que tem uma holding chamada Ceará, ele é dono do Ceará.

Se ela levantasse agora a vida, os negócios secretos, de Aécio e de sua irmãzinha Andréa por trás de uma rádio chamada Arco-Íris.

Quem banca os carros de luxo e os jatinhos de Aécio Neves? Eu não vejo este interesse da imprensa em bombardear diariamente.

E não há quem segure um fogo cruzado destes.

Não livramos a cara de ninguém, até porque não tenho vínculo partidário nenhum.

O único sufixo “ista” que se aplica para mim e para o Mylton é jornalista. O que a gente discute é o instituto de dois pesos e duas medidas.
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GRIFO MEU, PTREMDAS13E13:
JORNALISTA MINEIRO, A PIOR PROFISSÃO DO MUNDO, AO MENOS A MAIS VENDIDA, A MAIS HIPÓCRITA, A MAIS MENTIROSA:
FAZER PORCALISMO EM MINAS, A MANDO DOS CUNHA!



O BAFO DO SENADOR AÉBRIO NEVER. SENADOR OLHA O DECORO!

O SENADOR AÉBRIO NEVER, PARTE PARA MAIS UMA DE SUAS BALADAS, AO LADO DA SOCIALITE ANA JUNQUEIRA, AQUELA DO VÍDEO DAS DONDOCAS DO  PSDB DE SÃO PAULO.

TODOS AO BAFO! MENOS NÓS SENADOR. BAJEJE O SENHOR!

O título do artigo semanal do senador tucano quase mineiro, na FSP (28/11), é “sonho brasileiro”.
Ele começa falando que, com a crise mundial, muitos estrangeiros querem vir para o Brasil.

E brasileiros no exterior voltam. Não há, para Aécio, méritos nacionais para esse fluxo migratório.

Tudo se deve ao desencanto em outros países, com a crise internacional.
Depois de suas considerações superficiais e iniciais, ele foca seu texto no gargalo da educação.
Até aí tudo bem. Ele tenta fazer sua oposição.

 Para ele, não importa os 16 milhões de empregos criados no governo Lula, 25 milhões de brasileiros em mobilidade social ascendente nos estratos mais pobres, setores médios ampliando sua poupança, patrimônio e escolarização, a “bancarização” de mais de 10 milhões de novos correntistas, 700 mil estudantes universitários do Pro-Uni, criação de dezenas de universidades e escolas técnicas públicas, abertura de vagas de professores, avanços na pesquisa, ciência e tecnologia, o Bolsa Família incentivando a frequência e o desempenho de crianças pobres nas escolas etc etc, etc.

Tudo isso invertendo a herança dos dois governos de Fernando Henrique, dos quais ele foi cúmplice.
Até porque, antes do governo Lula, provavelmente Aécio nunca tinha ouvido falar de investimento estrangeiro direito (IED), que não fosse puramente o capital-motel, com a taxa selic do período FHC, beirando a 30%.

Nos últimos anos o IED foi, primordialmente, para investimentos produtivos. Mas, nada disso é relevante para Aecinho Malvadeza.
Muitos perguntam: por que Aécio não faz uma oposição mais incisiva?
Porque não pode. Seja pela sua cumplicidade com a citada herança maldita de FHC, seja pela sua passagem pelo governo de Minas Gerais.
Vejamos o que Aécio fez pela educação mineira.
Uma greve de 112 dias este ano é o sintoma da coisa. Achatamento salarial, destruição da carreira dos professores, truculência com as reivindicações, desrespeito à lei federal e à decisão do STF sobre o “Piso”, corte de pontos de grevistas, processos disciplinares, ameaças de demissões, acordos descumpridos, rito sumaríssimo para aprovar uma lei que gera incertezas, instabilidades jurídicas e que “convida” aos mestres a abandonarem a profissão.

 Fora os ataques à base de milhões de Reais gastos na imprensa, acusações levianas e uso da Assembleia Legislativa, do Ministério Público mineiro, da Justiça e de espiões da P2 e do serviço secreto da Polícia Civil para intimidar as lideranças sindicais.
Aécio entrega um estado ao sucessor muito pior do que recebeu:
 dependente da exportação do minério de ferro e outras commodities agrícolas, com dívidas estupendas que ultrapassam os 70 bilhões de Reais, com terceirizações ampliadas no serviço público, pouca reposição de servidores efetivos (via concursos), com o fracasso do tal déficit zero e do dito choque de gestão.
Alguns programas voltados para a educação e para a juventude simplesmente são pífios.

O “Poupança Jovem”, no qual o estudante que concluísse o segundo grau receberia uma caderneta de poupança, com 3 mil Reais corrigidos, possui menos de 10% de prêmios concedidos.

É um fracasso quantitativo e qualitativo. O “professor da família”, promessa de campanha, só serviu para peças publicitárias: 20 municípios (dentre 853) têm as equipes formadas por professores... não formados, em sua maioria!
Como ele quer atrair os brasileiros que voltam e os estrangeiros para Minas Gerais?
Ele deveria citar, em seus números, quantos brasileiros e estrangeiros estão vindo para os demais estados e mostrar que Minas Gerais não “está acima da média nacional”, também nesse quesito.

Sinceramente, ver Aécio querendo se credenciar para a juventude nos faz perder a paciência.

Seus contemporâneos na PUC-MG são unânimes em dizer que ele não era um exemplo para a juventude.

Fazemos um desafio ao senador baladeiro: que disponibilize ao público suas notas e sua frequência no curso de economia que concluiu, sabe lá Deus como.

Aluno medíocre, certamente ele não ganharia nem mesmo sua “Poupança Escola”! Isso para não falar noutras coisas.
Aécio fala em sonho brasileiro, com a cabeça no sonho americano. Coisa de pequeno burguês.

Como não podia deixar de ser, ele nos oferece a piada pronta semanal, com essa pérola: “o que falta ao Brasil para bafejar nossa juventude com a mesma primavera de esperança?”

Bafejar é exalar bafo. É ou não é piada pronta?

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

IDIOTAS DA UOL, DESTACAM APENAS O EQUÍVOCO DA REPORTAGEM DA NEW YORKER SOBRE A DILMAIS!!!!

NA FOTO Á ESQUERDA, A PRESIDENTA DILMAIS, ENSINA À PREMIER ALEMÃ, COMO ADMINISTRAR A ECONOMIA DE UM PAÍS SEM RANÇOS DE NEOLIBERALISMO.

Babacas do uol, dão ênfase à parte da reportagem  da revista do  gringos babões, onde as antas se valem das falsas informações que eles obtiveram do P.I.G brasileiro. Ou seja o velho CANTOCHÃO, da mídia golpista de que:

1- Dilma ganhou a eleição porcausa do nordeste.
2- O presidente lula deu continuidade à política econõmica do Cínico do FHC.

Primeiro, qualquer primeiro anista de demografia sabe que a Dilmais ganharia a eleição mesmo sem os votos do nordeste, Mas graças a Deus o nordeste do Brasil foi sábio.

Segundo, qualquer imbecil de economista do PIG, mesmo repetindo o cantochão de que lula seguiu a política econômica de FHC, sabe que isto é uma bobagem. A saber: Lula estancou a entrega do patrimônio público, acabando com as privatizações, deixando as empresas estratégicas na mão do estado. medida estas que se tornaram efetivamente nescessárias na crise de 2008/2009, pois foram estas  empresas, BB, CEF, PETROBRAS, BANCO DO NORDESTE e BNDES, que puseram a economia brasileira para rodar.

Se lula tivesse seguido a política do TARTUFO, isto tudo estaria nas mãos do capital internacional e o Brasil teria ido à breca, tal qual os USA, e a Europa.

Criou um mercado interno robusto, distribuiu renda, e investiu em infraestrutura. Então eu pergunto, onde diabos o lula seguiu a política ECONÔMICA DE  DO TARTUFO, já que lula recebeu o país com uma  inflação de 12, 75 ao ano, 2 dígitos e a nossa economia era a 12a ?
Lula a deixou como a 5a, controlou a inflação, sem arrocho e sem  parar o brasil. Alguém lembra de uma só obra que FHC fez que levou cimento e tijolo?

Por isto que os babacões do UOL, deu ênfase  na parte da reportagem que as antas dos gringos valeram-se do próprio PIG, se tivessem lido sobre o Brasil na blogsfera não teriam dito a besteira que disseram.


CERRA, KASSAB, MÁQUINAS DE "AFANAR". CÂNCER METÁSTICO E AGRESSIVO EM SÃO PAULO!


Será que vão controlar o caso “Controlar”?

DO TIJOLAÇO
João Faustino (1° à esquerda), José Agripino Maia, José Serra e Rosalba Ciarlini juntos, na campanha de 2010. Ligações perigosas.


As notas publicadas hoje na coluna de Renata Lo Prete na Folha de São Paulo, dando conta de que existem ligações entre o caso “Controlar-Kassab” e  João Faustino, ex-secretário de Assuntos Federativos da Presidência da República no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e subchefe da Casa Civil do então governador de São Paulo, José Serra (PSDB), dão a esperança de que o assunto saia das páginas locais dos jornais paulistas.

Ninguém está dando nada. O site NoMinuto, do Rio Grande do Norte, publicou as acusações do Ministério Público contra Faustino, chefe da campanha de Serra no Estado, num  direcionamento de licitação para a inspeção veicular no Rio Grande do Norte nos mesmos moldes do feito  no Município de São Paulo.

Neste arranjo, teria participado a mesma empresa Controlar, acusada de fraude em São Paulo.
A Controlar, depois de abiscoitar a concessão milionária em São Paulo, foi parcialmente vendida para um consórcio de empreiteiras. Seus donos, o casal Carlos e Abigail Suárez teriam ganho R$ 170 milhões na transação.

A informação é a de que há documentos provando que o casa distribuiu – e oficialmente, através de doações registradas – mais de R$ 2 milhões de seu patrimônio pessoal para diversos partidos e candidatos em 2010.

Isso, oficialmente. A caixa 2 ainda está por ser aberta.

A DILMA É POP!!!!!

                                  Só dá ela na mídia internacional!
OS MELHORES HOMENS, TÊM SUAS TEMPORADAS DE VÍCIOS! CARTEIRA VENCIDA? OU A VERSÃO DO B.O, BÊBADO OU DROGADO?
BYE, BYE AÉBRIO 2014!
Enviado por luisnassif, seg, 28/11/2011 - 14:09
Da Folha.com
O perfil da presidente Dilma Rousseff será tema de uma reportagem da revista norte-americana "The New Yorker" que circula na edição do dia 5 de dezembro. Em prévia divulgada no site da revista, a publicação mostra que a análise partirá, principalmente, do momento econômico positivo que o Brasil passa, em comparação à economia mundial, para mostrar quem é a presidente.
Sob o título de "The Anointed", a ungida, na tradução literal, remete os feitos de Dilma ao trabalho de seu padrinho e antecessor político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A reportagem trará fatos da história recente do país, como a ascensão de parte da classe baixa à média em 2010.
Depois analisa que o país era "antes um dos mais ignorantes e de economia instável" e hoje vive um momento de crescimento, baixo endividamento, equilíbrio orçamentário eemprego pleno.
A revista afirma ainda, erroneamente, que o Brasil tem uma inflação baixa.
Em tom crítico, detalha que o Brasil é, "caoticamente democrático", e tem uma imprensa livre, mas que opera de maneiras condicionadas.
Segundo o site, entre os grandes poderes econômicos, o Brasil alcançou algo raro: "alto crescimento, a liberdade política e a diminuição da desigualdade". Nesse contexto, aponta que a força do governo é "Dilma Rousseff".
HISTÓRIA
A reportagem narra a história de Dilma, relatando que, em 2010, Lula a ungiu como sucessora. E que a presidente, agora com 63 anos, era um estudante universitária durante o golpe de 1964 que estabeleceu a ditadura militar no Brasil (1964-1985). Naquele período, ela "rapidamente se radicalizou".
O texto conta que no final dos anos 1960, Dilma foi casada com um militante de oposição à ditadura, Cláudio Galeno Linhares, com quem viveu na clandestinidade, armazenou e transportou armas, bombas e dinheiro roubado, além de planejar e executar ações. Depois, deixou Linhares para se casar com Carlos Araújo.
No início de 1970, após ser presa pelos militares, passou três anos na prisão, onde ela teria sido submetido "a tortura extensiva". Segundo a revista, Dilma insiste que nunca esteve pessoalmente envolvida em ações violentas durante seus dias de militante.
Depois de liberada, ela se pós-graduou em economia, se filiou ao PDT e logo começou a trabalhar em cargos de governo em Porto Alegre.
Quando presidente, Lula se reuniu com Dilma e "de tão impressionado que ficou, a nomeou ministra de Minas e Energia".
E finaliza falando de corrupção: "Mesmo com os numerosos escândalos que têm assolado a administração de Dilma, ninguém acredita que ela seja corrupta".


domingo, 27 de novembro de 2011

SERRA. ANTES SÓ DO QUE MAL ACOMPANHADO.

CERRA. O DESAGREGADOR. NINGUÉM O QUER POR PERTO!




Marcos Coimbra: "Às vezes, é melhor ter muitos adversários que um só companheiro assim".
Íntegra do Correio Braziliense, 27/11/2011.



O que fazer com Serra?


Seria nacionalmente relevante uma eleição em que os três maiores partidos apresentassem sua nova geração: Fernando Haddad, pelo PT; Gabriel Chalita, pelo PMDB; e um "nome novo" do PSDB. Em vez do enésimo enfrentamento da "velha guarda", nomes para o futuro.



Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do instituto Vox Populi:

Como aqueles entes sobrenaturais incômodos que, às vezes, aparecem nas casas antigas, o ex-governador José Serra, volta e meia, se manifesta. Desde o início do ano, foram várias.Em todas, causou embaraços e constrangimentos a seus correligionários.


 Quando, por exemplo, no primeiro semestre, resolveu pisar fundo nas críticas ao PT e a Dilma, em um texto que denunciava a "herança maldita de Lula" (vindo de quem havia se apresentado, em 2010, como o "Zé que vai continuar a obra de Lula").



 Justo na hora em que os governadores e os parlamentares tucanos procuravam estabelecer um clima de diálogo com o governo.
Outro dia, materializou-se, subitamente, no encontro peessedebista que estava sendo realizado no Rio de Janeiro, marcado — talvez por coincidência — para quando tinha dito que estaria indisponível. Voltou às pressas da Europa e lá surgiu.


 Como a maior parte dos debatedores ali reunidos reprovava a campanha que fizera ano passado, teve que ouvir o que não queria.
Procurando acomodá-lo no arranjo partidário que emergiu da convenção de maio, arrumaram-lhe uma função para a qual se revelou inapto.

 Não faz sentido que o conselho político de um partido seja presidido por quem não dá mostras de querer ouvir os outros. Por quem quer apenas externar pontos de vista individuais.


Até agora, no entanto, Serra não tinha ido tão longe como foi na discussão da estratégia do PSDB para a sucessão da prefeitura de São Paulo. Na última terça feira, para espanto do meio político, saiu-se com a tese de que seu partido não deveria ter candidato a prefeito na maior cidade do país, a capital do estado que governa desde 1994 e o principal bastião tucano nacional.


Seu argumento é de que o PSDB não tem "candidatos viáveis" e que, por isso, deveria se aliar ao PSD, cerrando fileiras em torno da candidatura de Guilherme Afif. Os quatro pré-candidatos tucanos que estão em campo — alguns intimamente ligados a ele — seriam perdedores.


Disputam a indicação os secretários José Aníbal, Andrea Matarazzo e Bruno Covas e o deputado Ricardo Trípoli. Todos, cada um a seu modo, estão qualificados para reivindicá-la — dois são deputados federais bem votados, um foi o campeão de votos para a Assembleia Legislativa (além de ser neto de Mário Covas), outro foi ministro de FHC e subprefeito na administração Serra.


Qualquer um deles é um "nome novo" para a prefeitura (especialmente Bruno Covas). O que não seria nada extraordinário na eleição que, provavelmente, teremos em São Paulo no ano que vem, pois vários dos possíveis candidatos de outros partidos também o são.


Seria nacionalmente relevante uma eleição em que os três maiores partidos apresentassem sua nova geração: Fernando Haddad, pelo PT; Gabriel Chalita, pelo PMDB; e um "nome novo" do PSDB. Em vez do enésimo enfrentamento da "velha guarda", nomes para o futuro.
Lula e Temer sabem que seus partidos precisam disso.

Todas as movimentações de Alckmin sugerem que ele também. Os três raciocinam partidariamente (além de pensar, como a vasta maioria dos seres humanos, também em si mesmos). Serra, ao que parece, não. Sua aposta nunca é o novo. É o que ele considera "viável".

A questão é como defini-lo. Em uma de suas frequentes amnésias seletivas, Serra se esquece de sua própria trajetória. Em 1988, quis ser candidato a prefeito e teve uma performance de nanico, com pouco mais do que 5% dos votos (mas não se achava "inviável").

Em 1996, com Fernando Henrique no poder e o Plano Real nas alturas, voltou ao páreo e nem chegou ao segundo turno (mas continuou se acreditando "viável").

Há quem ache que ele "não quer" ser candidato a prefeito em 2012, por ter medo de vencer e, assim, ser obrigado a abdicar de seu sonho presidencial. É improvável: o que tem é um fundado receio de perder, justificado pelo fraco desempenho nas pesquisas.

O que ele quer, mais uma vez, é que o PSDB faça o que ele quer. Se não é candidato, que ninguém o seja, assim permitindo que o partido seja usado na montagem da "estratégia nacional" que imaginou. E que só interessa a ele mesmo (e a seus amigos).

Os tucanos que resolvam. Às vezes, é melhor ter muitos adversários que um só companheiro assim.


terça-feira, 22 de novembro de 2011

REITOR RODAS O FAZENDEIRO DA USP, ACOBERTOU CRIMES EM GOVERNADOR VALADARES MG, AO VOTAR CONTRA A INDENIZAÇÃO À FAMÍLIA.

O FAZENDEIRO E  REITOR DA USP, DR RODAS, SEGUNDO OS ALUNOS UM FASCISTA.

CONCEIÇÃO LEMOS NO VIOMUNDO

AUGUSTO SOARES DA COSTA. NÃO HÁ FOTOS.

O PAI OTÁVIO SOARES DA COSTA.

PAI E FILHO, ASSASSINADOS A MANDO DOS GOLPISTA DA OLIGARQUIA RURAL,  NO GOLPE DE 64 EM GOVERNADOR VALADARES MG.

CRIMES EM QUE OS GOLPISTAS FORAM EXIMIDOS DE CULPA, COM O VOTO DO FAZENDEIRO E DOUBLET DE REITOR DA USP, DR RODAS.


Sobre eles, o livro Direito à Memória e à Verdade publica:Augusto Soares da Cunha (1931-1964)
Número do processo: 345/96Data e local de nascimento: 03/06/1931, Governador Valadares (MG)Filiação: Guiomar Soares da Cunha e Otávio Soares Ferreira da CunhaOrganização política ou atividade: não definidaData e local da morte: 01/04/1964, Governador Valadares (MG)Relator: Nilmário MirandaDeferido em: 10/04/1997 por 4×3Otávio Soares Ferreira da Cunha (1898 – 1964)
Número do processo: 345/96Filiação: Anna Soares de Almeida e Roberto Soares FerreiraData e local de nascimento: 1898, Minas GeraisOrganização política ou atividade: não definidaData e local da morte: 04/04/1964, Governador Valadares (MG)Relator: Nilmário Miranda

Deferido em: 10/04/1997 por 4×3


Em Governador Valadares, norte de Minas Gerais, na véspera do movimento que depôs João Goulart, ruralistas radicalizados haviam cercado e metralhado a residência de Francisco Raimundo da Paixão, conhecido nacionalmente como Chicão, sapateiro e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, líder das mobilizações regionais em defesa da Reforma Agrária. Nesse cerco, houve troca de tiros e restou morto um dos atacantes, genro do coronel Altino Machado. No dia do Golpe de Estado, o clima entre fazendeiros da cidade era, portanto, de mobilização por vingança.


Nesse ambiente tenso, Augusto Soares da Cunha e seu pai Otávio Soares Ferreira da Cunha morreram também como vítimas do novo regime em seus primeiros momentos. O filho morreu no próprio dia 1º de abril de 1964 e o pai três dias depois, conseguindo sobreviver seu outro filho, Wilson, gravemente ferido no mesmo ataque.


Segundo o processo nº 35.679, do Superior Tribunal Militar, no dia 1º de abril de 1964, o tenente coronel delegado de Polícia na cidade de Governador Valadares declarou que:


"devido à falta de elementos no destacamento policial convocou Maurílio Avelino de Oliveira, Lindolfo Rodrigues Coelho e Wander Campos, todos reservistas, para prestarem serviços localizando e interceptando elementos comunistas e conduzindo-os à Delegacia em virtude do ‘Estado de Guerra’ em que se encontrava o Estado de Minas Gerais, aliás expressamente declarado pelo general Olímpio Mourão Filho, comandante, da 4ª Região Militar, a cujo mando foi incorporada a PMMG".


A "convocação" dos três fazendeiros para prestar serviços de natureza policial pelo delegado coronel Paulo Reis teria ocorrido às 8h da manhã do dia 1º/04/1964, apenas uma hora antes da ocorrência criminosa, cabendo deixar em aberto, portanto, a possibilidade de essa convocação ter sido tão-somente um expediente formal forjado a posteriori.


Segundo o testemunho de Zalfa de Lima Soares, esposa de Wilson, e de Eunice Ferreira da Silva, empregada doméstica na residência da família, e levando em conta as declarações dos próprios assassinos, sabe-se que às 9 horas do mesmo dia, os três dirigiram-se à casa de Wilson Soares da Cunha, na rua Osvaldo Cruz, 203, naquela cidade mineira. Maurilio Avelino de Oliveira aproximou-se dos três ocupantes de um Jeep Land Rover – o pai Otávio e os filhos Augusto e Wilson – fazendo-se passar por amigo.


Depois de retirarem a chave do jipe, os fazendeiros passaram a atirar. Augusto teve morte imediata.

 O pai, Otávio, então com 70 anos, já alvejado, ainda conseguiu sair do veículo, engatinhou tentando refugiar-se no interior da casa, mas foi perseguido por Lindolfo, que o atingiu no rosto. Faleceu três dias depois, no hospital.

Wilson Soares da Cunha, gravemente ferido, sobreviveu. Os assassinos ainda foram ao hospital procurar o outro filho de Otávio, o médico Milton Soares, que foi protegido pelos colegas médicos e enfermeiros.


O alvo principal da incursão seria o filho Wilson, que sobreviveu aos disparos, e sabidamente apoiava as atividades de Chicão em defesa da Reforma Agrária, tendo também ligações políticas com o jornalista Carlos Olavo, conhecido nacionalmente por defender as Reformas de Base e o governo João Goulart por meio do jornal tablóide O Combate, de Governador Valadares.

O jornalista Carlos Olavo conseguiu escapar da cidade com a família, obteve exílio no Uruguai e só retornou ao Brasil em 1979, com a decretação da anistia.


A viúva Guiomar Soares da Cunha conseguiu do delegado Paulo Reis a abertura de Inquérito Policial.

Segundo o jornal Última Hora, em 72 horas o delegado Bastos Guimarães tinha o nome dos criminosos e os denunciou ao juiz Alves Peito, que decretou a prisão preventiva dos mesmos.

Os assassinos passaram à condição de foragidos. A partir daí travou-se uma batalha política envolvendo os coronéis Pedro Ferreira e Altino Machado, o major do exército Henrique Ferreira da Silva, a Associação Ruralista de Governador Valadares e outros apoiadores do novo governo, resultando na decisão do coronel Dióscoro Gonçalves do Vale, comandante do ID-4, de requisitar, com base no primeiro Ato Institucional, que o processo das mortes fosse transferido para a Justiça Militar.


O Inquérito Policial Militar (IPM) foi chefiado pelo Major Célio Falheiros. Em 19/08/1966, o Conselho Extraordinário de Justiça do Exército, na sede da Auditoria da 4ª Região Militar, homologou a farsa jurídica inicial.


O promotor Joaquim Simeão de Faria pediu ao Conselho que decidisse se, "no dia do crime ainda se considerava em Estado Revolucionário, pois apesar dos tiros terem sido desfechados pelas costas, se estivessem em estado Revolucionário haveria de ser considerada a situação em que tais tiros foram desfechados" ou se os acusados simplesmente cometeram homicídio doloso.


 Os advogados dos criminosos alegaram que os três acusados "estavam no estrito cumprimento do dever legal", que a "situação era revolucionária e estavam em guerra", que "os acusados, ao receberem voz de prisão, tentaram a fuga, o que determinara a reação dos acusados, que somente poderiam tomar atitude enérgica e viril eis que de dentro da casa onde tentaram refugiar não se sabia o que de lá viria".


Na decisão, o conselho mandou apurar as responsabilidades das pessoas apontadas como subversivas e, por maioria de votos, 4 contra 1, absolveu os acusados Wander Campos e Lindolfo Rodrigues Coelho e, por 3 a 2, absolveu o acusado Maurílio Avelino de Oliveira. O Ministério Público recorreu ao STM, que reformou a sentença.


Em Governador Valadares, havia sido oferecida denúncia contra os assassinos em 17/05/1965. Os réus obtiveram no STF habeas-corpus recolhendo os mandados de prisão. Depois de uma série de tramitações judiciais, o STM, em 11/1/1967, condenou os três criminosos a 17 anos e meio de reclusão, por unanimidade.


O jornal Estado de Minas de 03/11/1996, com o titulo Memória de um crime em matéria assinada por Tim Filho, informa que os criminosos foram indultados por intermediação do governador Rondon Pacheco.
O relator na CEMDP concluiu que:


"há decisões jurídicas comprovando que os três criminosos desempenhavam serviço de natureza policial convocados por autoridades militares.

Tanto é que foram julgados, absolvidos e condenados no âmbito da Justiça Militar. Comprovada está também, fartamente, a motivação política dos crimes.

Duas pessoas foram mortas, com tiros pelas costas e uma ferida, estando todas desarmadas, após receberem ordem de prisão. Preenchidos estão todos os requisitos exigidos pela Lei nº 9.140/95", e votou pelo deferimento do processo.


O general Oswaldo Pereira Gomes solicitou vistas ao processo e lavrou o seguinte voto vencido:
"Verificamos que o STF tomou uma decisão política por 4 a 3 votos, mandando julgar pela Justiça Militar um ato Revolucionário de civis que obviamente não poderiam ser punidos, por terem sido vitoriosos e, se fosse o caso de punir, o julgamento deveria ter-se realizado na Justiça Comum.

 Ao final de tudo e para reparar o absurdo, a pedido do austero governador Rondon Pacheco e sob a responsabilidade do inatacável homem público que foi o presidente Castelo Branco, os homicidas foram indultados.

Essa Comissão não deve e não pode julgar com critérios políticos, sobretudo revanchistas; estaremos, se assim fizermos, cometendo atos ilegais e contrariando frontalmente a Lei nº 9.140/95, que nos obriga no art 2º a acatar o princípio da reconciliação e pacificação nacional, expresso na Lei nº 6.683,de 28/08/1979 – Lei de Anistia. Inaplica-se, pois, a Lei nº 9.140/95, no caso de pessoas baleadas em via pública, no dia 01/04/1964, às 9h no quadro de um movimento revolucionário, vez que esses indivíduos não eram agentes públicos, nem poderiam sê-lo naquele momento quando o movimento não era ainda vitorioso; no caso os agentes eram simplesmente rebeldes".

Os processos de Augusto e Otávio Soares Ferreira da Cunha tramitaram juntos e ambos foram aprovados por 4 votos a três pela CEMDP com votos contrários do general Osvaldo Gomes, de João Grandino Rodas e de Paulo Gonet.
CONCEIÇÃO LEMES.
 

GURGEL ESTÁ SENTADO A 6 MESES EM PROCESSO CONTRA O SENADOR BÊBADO.O TUCANO AÉCIO CUNHA.

DR. GURGEL. COM MINISTROS ELE, É IGUAL AO DELEGADO DE TROMBSTONE, RÁPIDO NO GATILHO, JÁ COM BEBUNS...

Ágil com ministros, Gurgel analisa denúncia contra Aécio há 6 meses.

BRASÍLIA – Acionado por adversários do governo Dilma para que investigasse ministros acusados de corrupção, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, deu respostas rápidas em dois casos que terminaram em demissão. Diante de denúncias formuladas a partir de reportagens, Gurgel decidiu em alguns dias arquivá-las quando o alvo era Antonio Palocci e pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de inquérito contra Orlando Silva.

O procurador-geral não mostra a mesma agilidade, porém, num caso em que os papéis estão invertidos e aliados da presidenta Dilma Rousseff denunciam um opositor dela. Gurgel analisa há seis meses uma representação feita contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG), a irmã dele, Andrea Neves da Cunha, e uma rádio de ambos, a Arco Iris.

A denúncia pede apuração para provar que os imãos e a rádio sonegariam imposto de renda e esconderiam patrimônio. Foi apresentada em maio por deputados estaduais de Minas Gerais que faziam oposição a Aécio quando ele governou o estado (2003-2010) e que se mantêm nesta trincheira com o sucessor, o também tucano Antonio Anastasia.

Para os denunciantes, há alguma coisa errada no estilo de vida que Aécio leva - com festas, viagens e carros de luxo -, quando se observa a renda e o patrimônio que ele declara. Ou o senador tem mais e declara menos para não pagar imposto de renda. Ou arruma dinheiro de forma não republicana, e aí teria de ocultar mesmo.

A representação tem anexa cópia da declaração de renda de Aécio entregue à Justiça eleitoral em 2010 (R$ 617 mil), de certidão da Junta Comercial listando as quatro empresas de que o senador é sócio e dos gastos mineiros com publicidade entre 2003 e 2010 (cresceu sete vezes).

“Estranhamos que não haja uma decisão ainda”, disse à Carta Maior o líder do bloco de oposição ao PSDB na Assembléia Legislativa mineira e signatário da denúncia, deputado Rogério Correia (PT). “Mas ainda temos a expectativa de que não haja engavetamento, e o procurador-geral dê guarida à representação.”

A aceitação de uma denúncia, com a consequente abertura de inquérito, não significa sentença condenatória, só que a Procuradoria Geral concorda que há fatos estranhos a justificar uma apuração mais acurada. Mas serve no mínimo como arma política que pode ser usada contra o alvo da investigação.

Na opinião de Correia, uma explicação para o exame mais demorado da denúncia contra Aécio Neves por parte de Roberto Gurgel seria a pouca atenção que o assunto mereceu dos grandes veículos de comunicação. "A influência da opinião publicada prevalece mais, acaba tendo uma pressão sobre os órgãos que investigam", afirmou.

O clima na corte
Esse tipo de influência do clima criado pelo noticiário e que contamina o ambiente político em Brasília teria se verificado no caso dos agora ex-ministros Palocci e Orlando Silva.

O primeiro, então o mais poderoso ministro de Dilma, foi alvo de denúncia jornalística em 15 de maio, por suposto enriquecimento ilícito. Dois dias depois, o PPS, partido antigoverno, ia à Procuradoria Geral pedir abertura de inquérito contra o petista. Dia 6 de junho, Gurgel arquivava a representação, dizendo não existir indício de delitos.

Um mês depois, no dia 7 de julho, o Diário Oficial publicava mensagem da presidenta ao Senado propondo que Gurgel ficasse no cargo mais dois anos. Ao ser sabatinado pelos senadores no dia 3 de agosto para mostrar que merecia a recondução, o procurador-geral diria sobre o caso Palocci: “No meu entendimento, os fatos noticiados não se enquadravam no crime de tráfico de influência. Não tínhamos como comprovar a existência de crime sem procedimentos mínimos, sem a adoção de medidas invasivas.”

No caso Orlando Silva, a primeira reportagem acusatória - haveria um esquema de desvio no ministério do Esporte comandado pelo próprio ex-ministro - foi publicada em 15 de outubro. No dia 17, o PSDB e o próprio Orlando Silva entraram na Procuradoria pedindo abertura de inquérito – o acusado tinha a esperança do arquivamento, o que lhe daria um atestado de idoneidade para usar contra adversários políticos.

Dois dias depois, em meio a uma sessão do Supremo, Gurgel dizia: "A gravidade dos fatos é tamanha, que impõe a necessidade de abertura de um inquérito."

Mais dois dias se passam, e o procurador-geral pede ao STF que autorize a investigação, uma exigência já que ministros só podem ser processados na mais alta corte. A autorização sai em 25 de outubro, e no dia seguinte Dilma força o então ministro a se demitir.

Na última quinta-feira (17), em audiência pública no Senado em que o ministro Carlos Lupi, outro alvo de denúncia a Roberto Gurgel, se defendeu, o senador Inácio Arruda (CE), líder do PCdoB, partido de Orlando Silva, fez um discurso forte contra a forma como ministros acusados têm sido tratados, embora não tivesse se referindo especificamente à Procuradoria.

“Contra o meu [ministro] tinha uma calúnia, uma calúnia mentirosa, safada, covarde. Disse Shakespeare que de uma calúnia ninguém se livra. O mais poderoso soberano é capaz de se livrar de tudo, menos de uma calúnia, de um safado e mentiroso calunioso”, afirmou Arruda, que vê nestes episódios uma luta política. “O objetivo central, em última instância, é atingir o governo.”

Mais silêncio
No dia do desabafo de Arruda, a reportagem entregou em contato com a Procuradoria Geral da República e enviou às seguintes perguntas à assessoria de imprensa:

1 - Por que a análise de representações recebidas pela PGR contra personalidades políticas pode levar alguns dias (caso dos ex-ministros Antonio Palocci e Orlando Silva) ou pelo menos seis meses (caso do senador Aécio Neves)?

2 - O clima político no Congresso e a cobertura jornalística (mais intensa às vezes, menos intensa outras vezes) dos fatos que deram origem à representação bem como sobre o próprio exame da representação e sua posterior decisão, influenciam o ritmo da análise? Por quê?

Nesta segunda (21), a assessoria informou que compromissos e viagens de Roberto Gurgel não estão permitindo que ele se manifeste.

domingo, 20 de novembro de 2011

IZAIAS ALMADA RESPONDE A LEITOR METODISTA. CURIOSO É QUE OS METODISTAS DE GOV. VALADARES COMBATERAM O GOLPE DE 64.

IGREJA METODISTA CENTRAL DE GOVERNADOR VALADARES, O COMBATE AO GOLPE DE 64 NA REGIÃO, COMEÇOU AQUI.

Certo dia lendo texto de Izaias Almada em que ele respondia a um leitor metodista que o conheceu na adolescência quando Izaias Almada frequentava também esta denominação protestante americana. Leia AQUI.

Fica óbvio que ambos tomaram rumos diferentes na vida. O tal leitor ficou no seu Metodismo. Almada como sabe-se  intelectual, escritor, dramaturgo, evidentemente, não continuaria a pertencer a esta religião, seita, sei lá, eivada de dogmas, crendices, conservadorismos, americanofilismos, individualismos e quetais.

Izaias Almada lei mais AQUI



O curioso disto tudo é que nas pesquisas que andei fazendo, constatei que, na minha cidade Governador Valadares MG, QG do golpe de 64 na região leste, nordeste de minas, quem combateu os golpistas e conspiraram contra o golpe foram os metodistas. Ocorre que a ICAR era e é ainda muito ligada  às oligarquias rurais( O que me faz lembrar Evita "oligarcas de mierda"). A ICAR em Governador Valadares se lixou para o João XXIII e sua Teologia da Libertação.

 O trabalho duro de combater os opressores e bota opressão nisto, ficou com os metodistas. Parece-me que a mulher do pastor à época os abrigava em sua própria casa para suas reuniões. Pena que este leitor do Izaias não tenha participado destas reuniões, idade para isto ter em hipótese, ocorrido ele tem. Curiosa também é a vida não?

1- Dentro da temática "Contribuições do Marxismo para as idéias comunicacionais da América Latina", o professor Sebastião Breguez apresenta seus estudos que visam documentar a contribuição da Igreja Metodista na reflexão dos pressupostos teóricos marxistas em Governador Valadares, em Minas Gerais, entre 1968 e 1970.

O pesquisador ressalta um grupo de estudos formado por estudantes secundaristas integrantes da Igreja Metodista na cidade e liderados pela professora Dorcas de Oliveira.
"O objetivo deste trabalho é mostrar que a Igreja Metodista de Governador Valadares foi centro de difusão do pensamento marxista nos anos 68-70", afirma Breguez.

O pesquisador ressalta que, na época, o grupo se reunia na casa da própria professora. Das reflexões, passaram a editar um jornal sob o título O Monumento, mimeografado semanalmente em vermelho e tom forte, com tiragem de cerca de 50 exemplares.

Breguês ressalta que no caso específico de Governador Valadares, a chamada "nova esquerda" ou "esquerda jovem" surgiu na própria Igreja Metodista, visto que a Igreja Católica era aliada à elite agrária dominante no Vale do Rio Doce.

Como metodologia de estudo, a pesquisa, segundo Breguez, partirá de entrevistas a ex-membros deste mesmo grupo de estudos como engenheiro civil Alen Boechat, o jornalista Elias Siqueira, a socióloga e professora da Universidade Vale do Rio Doce (Univale) Sueli Siqueira, o engenheiro Suelio Siqueira, a professora Dorcas de Oliveira, o jornalista Mauro Santayana, e o jornalista Carlos Olavo, ex-editor de O Combate, jornal caracterizado de esquerda em circulação na cidade no início dos anos 60.
O pesquisador ressalta que a Igreja Metodista sempre esteve presente no desenvolvimento cultural, social e econômico de Governador Valadares.

Quanto à construção de um pensamento comunicacional marxista, Breguez afirma que a instituição "propiciou a criação de um grupo de jovens voltados para as primeiras leituras marxistas, as discussões dos problemas sociais no campo e na cidade e para o debate sobre as contradições do capitalismo". O pesquisador ressalta que este grupo de estudo foi "um caminho que o levou ao interesse e conhecimento do marxismo científico".
LEIA O ORIGINAL AQUI



 2- O objetivo deste trabalho é mostrar como que a Igreja Metodista de Governador Valadares MG, no Vale do Rio Doce, distante 300 Km de Belo Horizonte, foi centro de difusão do pensamento marxista nos anos 68-70.

 Uma liderança jovem de comunicadores se formou na cidade, com base no pensamento social de Karl Marx e os filósofos do Movimento de 68 (Marcuse e a Escola de Frankfurt), e partiu para atividades políticas na região. Este trabalho de difusão do marxismo, entretanto, não nasceu das lideranças religiosas (pastores e religiosos), mas da base da igreja, dos filhos de classe média, que tinham acesso às escolas, jornais, revistas e livros.

A circulação de informação era grande na cidade, onde se encontravam nas livrarias os livros mais lidos no país e as bancas de revistas tinham todos os principais jornais: Jornal do Brasil, O Globo, O Estado de S. Paulo, A Carapuça, O Pasquim, etc. O que chama a atenção é porque a Igreja Metodista ? O que tinha ali que provocou a busca do marxismo ?

Governador Valadares é uma cidade que situa-se em uma confluência espacial importante: está às margens da rodovia Rio-Bahia, na metade do caminho entre o Rio e a Bahia, mas também está às margens de rodovia que liga a cidade a Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. Portanto, a comunicação rodoviária é privilegiada e permite a ida e a vinda de populações passageiras.

 Muitos nordestinos, que migram para o Rio ou São Paulo, acabam parando ali para descansar, permanecem e criam raízes com famílias e comércio. Esta população flutuante, entretanto, pode ser a causa da fama de cidade violenta, que a localidade teve, na década de 1940-60.

Foi considerada a cidade do bangue-bangue, do crime fácil, sem motivo, onde "se mata por prazer". Ai criam-se, então, classes sociais distantes e polarizadas em uma região onde a terra é o bem mais importante.


Da terra saem os ciclos econômicos principais: a extração da madeira e conseqüente destruição da mata atlântica nativa, que desenvolveu as serrarias; o desenvolvimento da lavoura da cana para produção de açúcar; a extração da mica (malacacheta); a extração de pedras semipreciosas; e, por último, a criação de gado com fazendas modelos. 

 A sociedade é polarizada e hierarquizada, do ponto de vista social: de um lado, os ricos proprietários rurais, donos de prósperas fazendas com terras cheias de pedras preciosas e, de outro, os recém-chegados, pobres, despossuídos, que pensavam que tinham encontrado a Terra Prometida, a Eldorado ou Nova Jerusalém. Os conflitos sociais se espalham.


O que é importante ressaltar, no primeiro momento, é que a Igreja Metodista sempre esteve presente no desenvolvimento cultural, social e econômico de Governador Valadares.

 Foi importante para a criação e urbanização da cidade nos anos 1930-40, sendo que o templo metodista foi um dos primeiros edifícios que se construíram ali. Teve papel social importante ao dar abrigo a populações pobres com trabalho de alfabetização e difusão do Evangelho.

 Os índios Krenak, por exemplo, foram acolhidos ali e tiveram ajuda para se integrar à sociedade oficial, sendo alfabetizados e recebendo as primeiras letras. Eles tiveram suas terras apropriadas pelos fazendeiros, foram tirados da vida natural em que viviam, e se transformaram em uma espécie de 'novos pobres' da sociedade local.

 O público, assim, da Igreja Metodista era formado pelas populações pobres e despossuídos da localidade. Pode-se dizer que as classes sociais se dividiam em termos de participação religiosa. Os ricos e prósperos fazendeiros pertenciam à Igreja Católica, os pobres e despossuídos na Igreja Metodista (e igrejas protestantes da cidade).

Governador Valadares é um caso especial, que chama a atenção, pois, desde o início de sua formação,  também teve a presença estrangeira, principalmente, norte-americana. Foram os engenheiros norte-americanos que projetaram a Estrada de Ferro Vitória a Minas, da Companhia Vale do Rio Doce. Foram eles também que descobriram as riquezas minerais da cidade.

 Primeiro, a mica, malacacheta, que era importante na indústria eletrônica mundial e foi muito usada na indústria bélica na Iiª Guerra Mundial. Segundo as pedras semipreciosas, que intensificaram o comércio Brasil-EUA nesta área, inclusive, fazendo desenvolver ali um importante artesanato de pedras semipreciosas para exportação.

Este ciclo, entretanto, terminou no princípio da década de 1990, devido à dolarização da moeda brasileira.  GV foi sempre uma cidade que teve jornais e um desenvolvimento cultural grande.

Os movimentos agrários, camponeses, também se desenvolveram muito na região na década de 1950-60, exigindo a reforma agrária. 

O Sindicato Camponês era forte na região com uma grande capacidade de mobilização, que amedrontava os fazendeiros, que tinham medo de terem suas fazendas invadidas de forma violenta.

 Junto da mobilização sindical e de esquerda, surgem, na cidade, jornais de esquerda, principalmente, O COMBATE, dirigido pelo comunista Carlos Olavo, que estampava títulos em vermelho e combatia a elite agrária de fazendeiros prósperos, reunidos no Sindicato Rural.

 Para neutralizar o jornal, foi criado o DIÁRIO DO RIO DOCE (1960), financiado pela elite agrárias e comerciantes, reunidos na Associação Comerciais local. Seu primeiro Editor foi o jornalista Mauro Santayana, por paradoxo do destino, ele era militante de esquerda...O movimento esquerda/direita polarizou a cidade e a região, principalmente, os conflitos no campo.

 O banditismo também cresceu e criou figuras lendárias como o Cabo Antônio Augusto e o Capitão Pedro que caçavam os bandidos.


Com o golpe militar de 1964, os movimentos de esquerda foram aniquilados pelos militares em Governador Valadares.
As lideranças foram presas, alguns se exilaram, outros sumiram ou foram mortos. Mas a formação de novas lideranças acontece a partir dos 1968-70.

 Desta vez, não mais nos sindicatos camponeses ou em grandes jornais, mas dentro da Igreja Metodista. Por que ?  Ora, sabemos que durante os 20 anos de República Militar (1964-1984) houve duas grandes instituições nacionais que foram importantes. Uma foi o Exército (as Forças Armadas), que controlou o sistema político; e a outra foi a Igreja.

Aqui entende-se a igreja (católica ou protestante) como instituição religiosa, de difusão de fé e valores cristãos. A Igreja é espaço inviolável no Brasil, mesmo até pelas forças de repressão política. Por isto, pode-se estudar marxismo e conspirar dentro das igrejas sem que a polícia política se aperceba.

Foi o que aconteceu na localidade. Mas, ao contrário da maioria de casos no Brasil, a nova esquerda, a esquerda jovem, surgiu em Valadares na Igreja Metodista e não na Igreja Católica. Pois, ali a instituição católica era aliada da elite agrária dominante, os grandes fazendeiros do Vale do Rio Doce.



Em meu trabalho de pesquisa, ainda em andamento, estou entrevistando pessoas que fizeram parte do movimento jovem de esquerda da Igreja Metodista de Valadares como: Alen Boechat (hoje engenheiro civil em GV), Elias Siqueira (jornalista, atualmente, morando em Boston, EUA), Sueli Siqueira (socióloga, professora da Univale, em GV), Carlos Olavo (jornalista, vive em Belo Horizonte), Suelio Siqueira (engenheiro, mora em BH), Dorcas de Oliveira (professora, mora em Brasília), Mauro Santayana (jornalista, mora em Brasília), além de outros.


Enfim, estas são as primeiras anotações que tenho da pesquisa ora apresentada. Para concluir, posso dizer que a Igreja Metodista de Governador Valadares teve papel importante na construção de um pensamento comunicacional marxista na região do Vale do Rio Doce nos anos 1968-70. 

Ela propiciou a criação de um grupo de jovens, sob a liderança da professora Dorcas de Oliveira. As primeiras leituras marxistas, os primeiros debates, a discussão em torno dos problemas sociais, no campo e nas cidades, os debates sobre as contradições do capitalismo, a exploração do homem pelo homem, as injustiças sociais, a concentração de renda e a dominação política da sociedade por uma privilegiada e minoritária classe burguesa, que é proprietária dos meios de produção.

Deste grupo, alguns partiram para a luta armada contra o regime militar, outros foram estudar em Juiz de Fora, Rio de Janeiro ou Belo Horizonte. Mas o ideal permaneceu: o de ver a sociedade mais justa, mais humana e com as mesmas oportunidades para todas as classes sociais.

Belo Horizonte, abril-maio de 2001.

TRABALHO EXIBIDO AQUI