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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Ex ministro Waldir Pires: O verdadeiro Mensalão, foi o do IBAD, tramado e projetado por Golbery.

Ex  ministro da Defesa do Brasil Waldir Pires.

O ex ministro Waldir Pires, em entrevista disse que o verdaeiro mensaslão foi o do IBAD,arquitetado e executado  pelo bruxo,  golpista e  fascsista Golbery do couto e Silva. Extrai da  internet alguns exemplos  do  mensalão  do  IBAD, com muitos deputados comprados e eleitos com a grana dos grandes empresários nacionais e transnacionais, notadamente os Yankes.

Vamos a alguns exemplos:


Balcão de deputados

A escolha dos candidatos agraciados com o apoio financeiro pelo IPES de Golbery obedecia a uma regra rígida, quase um contrato de compra e venda.

 Quem se habilitava a integrar a lista de “democratas convictos e anticomunistas de primeira ordem” passava pelo crivo dos analistas do complexo IPES/IBAD.

Mais importante do que a filiação partidária era a orientação das ideias.

 Cada candidato era compelido a assinar um “ato de compromisso ideológico”, pelo qual prometiam lealdade ao IBAD acima da fidelidade ao seu partido, prometendo ainda lutar contra o comunismo e a defender o investimento estrangeiro.


Mas a mercadoria custava caro.

 O chefe do GAP (Grupo de Ação Parlamentar) do IPES, o banqueiro Jorge Oscar de Mello Flores, avaliava os candidatos pelo coeficiente eleitoral.

 De início, ele calculava que cada deputado “custaria” cerca de 6 milhões de cruzeiros (cotação atual: R$ 317 mil), mas percebeu que esta seria a conta de nomes da Paraíba e outros Estados menores.

 O preço aumentava no Ceará e ainda mais na Bahia.

Os candidatos de Rio e São Paulo eram mais caros, explicou Mello Flores, avaliando a conta per capita dos deputados no balcão do IPES do vovô Golbery: 15 milhões de cruzeiros (cotação atual: R$ 792 mil).


O orçamento de um candidato pouco conhecido e de limitada agressividade eleitoral incluía despesas com equipamento de som, 40 mil cartazes, 600 faixas, fotografias, espaço em jornais, mensagens no rádio e TV, discos de jingle, gasolina, correspondência e pessoal de apoio…


Tudo isso ao custo de uns 10 milhões de cruzeiros, o que não era pouca coisa.



 Dez milhões, que hoje valem R$ 528 mil, equivaliam então à renda diária de 20 mil trabalhadores de salário mínimo, número de votos atualmente suficientes para eleger vereador em capital.


O IPES de Golbery recebeu apoio financeiro de 297 corporações americanas.

Passavam o chapéu entre empresas britânicas, suecas, alemãs.

A Fundação Konrad Adenauer, órgão do Partido Democrata Cristão alemão, canalizava recursos pelo sólido complexo siderúrgico Mannesmann e pela gigante Mercedes Benz.

 Golbery encarregou-se pessoalmente do contato com o presidente da Mercedes.


Grampo na Casa Branca.


Os amigos do general estavam ativos, também, em Washington.

Na segunda-feira, 30 de julho de 1962, o presidente John Kennedy entrou no Salão Oval e ligou pela primeira vez seu novo brinquedinho, instalado no fim de semana: o sistema secreto de gravação de voz da Casa Branca.

A estreia prometia: era uma conversa cabeluda de Kennedy com o seu embaixador no Brasil, Lincoln Gordon, parceiro de Golbery no caminho para o golpe militar que derrubaria João Goulart dois anos depois.

 Começava pelo gasto não contabilizado de US$ 8 milhões nas eleições de 1962, adubando secretamente candidatos apoiados pela CIA e simpáticos aos EUA.

 A conexão americana do mundo político brasileiro com os militares golpistas era feita por outro amigo do peito de Golbery – o discreto adido militar da embaixada, coronel Vernon Walters, que chegaria a vice-diretor da CIA no auge do Caso Watergate que derrubou Nixon, em 1974.





A transcrição das fitas foi revelada no livro do jornalista americano Tim Weiner, Legado de Cinzas – Uma história da CIA (Ed.Record, 2008). Ela mostra, numa frase de Gordon para Kennedy, que o alvo central da conspiração era o mesmo de Golbery – o próprio Jango:


– Para expulsá-lo, se necessário – disse o embaixador, esclarecendo – O posto da CIA no Brasil deixará claro, discretamente, que não somos necessariamente hostis a qualquer tipo de ação militar, em absoluto, se ficar claro que o motivo da ação militar é…


–… contra a esquerda – completou o presidente Kennedy, dando o sinal verde para o golpe que aconteceria vinte meses depois.


Na véspera da eleição de 1962, a Promotion de Ivan Hasslocher, líder do IBAD, arrendou o jornal carioca A Noite por 90 dias, ao custo mensal de 2 milhões de cruzeiros (cerca de R$ 100 mil no câmbio atual) para propaganda direta.



 A revista Repórter Sindical também era operada pela entidade.



 O órgão oficial do IBAD, Ação Democrática, circulava mensalmente com 250 mil exemplares e textos de gente graúda como o economista Eugênio Gudin e o líder udenista Aliomar Baleeiro.

Era gratuita e, ainda assim, não tinha um único anúncio.

No início de 1963, um manifesto de 500 profissionais de prestígio, organizados pelo Centro Democrático de Engenheiros, ligado ao IPES, foi publicado no Jornal do Brasil e em O Estado de S.Paulo.



Manifestos variados, todos “democráticos”, proliferavam na imprensa e eram retransmitidos pela dupla IPES/IBAD.


Eles tinham uma agência de notícias, a Planalto, que redistribuía o material a 800 emissoras de rádio e jornais do país.


Tudo gratuito, tudo pela pátria, tudo pela “democracia”.


Um milhão de cópias da Cartilha para o Progresso, feita pelo IPES, exaltando os benefícios da Aliança para o Progresso do governo americano, foi encartada como suplemento da Fatos&Fotos, revista na época de grande circulação da Editora Bloch.



O extremista do Estadão.


Num país de elevado analfabetismo, o esperto Golbery percebeu a importância do rádio e da nascente televisão.


 O IPES gastou 10 milhões de cruzeiros para produzir 15 programas de TV para três canais diferentes.


Eram entrevistas de questionários preparados pela entidade, com jornalistas de confiança e gente selecionada para responder sobre reforma agrária, custo de vida, democracia.


 Estavam escalados nesse time alguns ilustres conterrâneos de Golbery, como o senador Mem de Sá (presenteado com a cadeira de ministro da Justiça no governo Castelo Branco), os deputados Daniel Faraco, Egydio Michaelsen e Raul Pilla, o prefeito de Porto Alegre Loureiro da Silva e o arcebispo dom Vicente Scherer.



Em 1962, o IBAD operava diariamente mais de 300 programas de rádio no horário nobre das principais cidades do país.


A rede de mais de 100 estações ligadas a ele formava a “Cadeia da Democracia”, sob o comando do senador João Calmon, dos Diários Associados, que tinha o cuidado de ir ao ar no mesmo horário das transmissões do líder trabalhista Leonel Brizola, que derrotara Golbery um ano antes com a “Cadeia da Legalidade”.


O maior produtor de filmes comerciais do país, Jean Manzon, foi contratado por Golbery para produzir filmes como Que é a democracia, Deixem o estudante estudar, Uma economia estrangulada, Criando homens livres.


Eram filmetes de 10 minutos, projetados antes do vibrante faroeste exibido nas matinês do interior do país, onde se espalhavam três mil salas de cinema.


Quando a plateia não aparecia, o cinema ia até o público.


 O IPES montou o projeto do “cinema ambulante” em caminhões abertos e ônibus com chassis especiais, que percorriam favelas, bairros populares e cidades distantes.


 Era um mutirão democrático: a Mesbla fornecia os projetores, a Mercedes Benz emprestava os caminhões e a CAIO montava a carroceria dos ônibus.






Na medida em que avançava a conspiração, crescia a presença militar sobre a base parlamentar.


Era hora de sair do discurso para a prática.


O IBAD cede seu lugar de destaque para outra sigla – a ESG, a Escola Superior de Guerra, de onde provinham Golbery e o núcleo fardado do golpe.


O novo complexo IPES/ESG alinhava 330 oficiais, de majores a generais de Exército, fazendo a ligação do mundo empresarial com os quartéis.

Sempre sob a liderança de Golbery, lá estavam nomes que, mais tarde, fariam parte do poder golpista, como ministros ou até presidentes.


Orlando Geisel, Mário Andreazza e Walter Pires formulavam planos com Castello Branco, Ernesto Geisel e João Figueiredo.


Um grupo que Dreifuss nomeia como “Extremistas de Direita” juntava fanáticos anticomunistas com adeptos da modernização industrial conservadora.


Curiosamente, o grupo era mais ligado ao jornalista Júlio de Mesquita Neto, expoente da “linha dura” paulista que pregava uma forte mensagem anticorrupção e contra a esquerda.


 Com Mesquita estavam seu irmão Ruy e os deputados Abreu Sodré e Paulo Egydio Martins, mais tarde governadores indiretos de São Paulo indicados pelos quartéis.



Os três ministros militares que Golbery transformou em locutores de seu manifesto no golpe frustrado de 1961 – o marechal Odylio Denys, o almirante Sílvio Heck e o brigadeiro Grun Moss – mandaram emissários da conspiração a São Paulo para um encontro, no início de 1962, com Júlio Mesquita Filho, a quem entregaram um documento sobre as normas que iriam orientar o governo militar após a queda de Jango.


O grupo, integrado pelos generais Cordeiro de Farias e Orlando Geisel, foi mais explícito com o dono do Estadão: o regime discricionário teria de ficar no poder por pelo menos cinco anos.


 Animado com a conversa, Mesquita chegou ao ponto de sugerir oito nomes para o futuro ministério golpista.


 Com o jurista Vicente Rao, advogado da mineradora americana Hanna, Mesquita chegou a fazer o rascunho de um Ato Institucional para fechar Senado, Câmara e Assembleias e cassar mandatos – o mesmo instrumento de força que a ditadura anos depois faria seu jornal engolir com o AI-5, na forma de versos e receita de bolo.






quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Elite branca e separatista, brasileira, principalmente a paulista e o Padim Cerra: Pobres, que se "JODAM"

O elevado "desinteresse público" pelos pobres:


 A chuva voltou à São Paulo, depois de quase 80 dias da segunda maior estiagem da sua história. O ar seco e as precárias condições de infraestrutura contribuíram para que a cidade vivesse nesse período uma sucessão de incêndios em suas 1.650 favelas, habitadas por quase 1,5 milhão de pessoas (11% da população.



 Mais de 40 arderam desde janeiro; perto de 70, se incluídos focos menores. Muitos aglomerados viraram cinzas. Centenas de famílias, milhares de pessoas retrocederam um pouco mais, conforme a clássica síntese 'perderam tudo'. 


O último episódio, nesta 2ª feira, destruiu 80 barracos incrustados sob um viaduto no centro da cidade mais rica da América Latina. Um morador morreu. O mesmo local já havia queimado no final do ano passado. 



Um detalhe: estamos na segunda quinzena de setembro, o orçamento do Programa de Prevenção contra Incêndios em Assentamentos Precários (Previn) não recebeu um único centavo este ano. 



Para quem acha que não leu direito: a prefeitura há oito anos dirigida pelo consórcio Serra/Kassab não liberou nenhum centavo do programa de prevenção de incêndios em favelas no ano da segunda maior seca vivida por São Paulo. 




Para alívio dos miseráveis, a chuva chegou antes que as chamas fizessem mais estragos. Resta saber agora quem irá salvá-los das águas. Ser pobre na São Paulo de Serra e Kassab é quase como viver no Estado de natureza. 






O insuspeito jornal 'Estadão', na edição desta 4ª feira, adiciona alguns elementos a esse desabrido exercício de Estado mínimo para os pobres, na maior cidade do país. 





Vejamos. O Previn existe desde 2009. Por lei, determina a instalação de hidrantes, extintores de incêndio, escadas e rotas de fuga em favelas e cortiços. Passados 3 anos, essas providências só foram implantadas --da forma como se imagina que tenham sido-- em 3% das favelas da cidade. 




Três anos para atingir 3% de execução de um programa que, longe de ser complexo, consiste em estender uma rede de água para o hidrante, fornecer extintor de incêndio e treinar voluntários? Convenhamos, não é um cochilo. É uma visão da cidade. 


Um critério de gestão subordinado a um entendimento de cidadania. Nada contra ciclovias de faz-de-conta para um fim de semana de sol. Mas, 3% de execução do Previn? 




O nome disso é desinteresse público em relação aos pobres; esférico, convicto, soberbo, robusto 'desinteresse público' que interliga gestões assemelhadas em todo o mundo, formando um carretel conservador que explica em boa parte a desordem neoliberal. 




A racionalidade que a trança esses fios foi esmiuçada pelo tosco rival republicano de Obama, Mitt Romney, entre um drinque e outro, num jantar de campanha com endinheirados da Flórida.



Romney disse então que não vai perder tempo com 47% da população norte-americana formada por essas pessoas que, na sua visão "... dependem do governo, que acreditam que são vítimas, que acreditam que o governo tem a responsabilidade de cuidar delas, que acreditam que tem direito à saúde, a comida, à moradia… 



Que isso é um direito. E que o governo (o Estado) deveria dar a elas". 




Façamos justiça: Romney não sabia que a exaltação ao apartheid estava sendo gravada. Talvez fosse mais comedido se soubesse. Ou não. 



Tem gente que acredita nisso. 


Gente que ostenta razoáveis cabedais acadêmicos; gente que vai a teatro, aprecia sinfônicas, cultiva tertúlias na Casa do Saber. 



Mas considera 'normal' favelas arderem na seca e sofás ordinários boiarem as chuvas , como deve ocorrer a partir de agora em São Paulo; gente que entende que isso não tem origem ou causalidade política, sendo a pura expressão do estado das coisas.






É um jeito de explicar o mundo, que condiciona a forma de construir a cidade. Tanto assim que optam pela continuidade em São Paulo, como sugere um manifesto, dito de intelectuais e artistas de apoio a Serra, com afirmações do seguinte calibre: "Estamos com Serra porque ele sempre soube pôr o interesse publico acima das divergências pessoais, dos confrontos ideológicos e das rinhas partidárias. Serra é o novo porque não trapaceia para ganhar votos".



 É como se dissessem, à la Romney: pobres, torçam pela chuva quando vier o fogo; clamem pela seca quando a vida ordinária naufragar no 'jardim 




quarta-feira, 19 de setembro de 2012

José Chirico Serra, amarga sua privataria em todas as eleições que participa..


CERRA  E SUA PETROBRAX SUCATEADA.





A maneira descontrolada como José Serra reagiu ao ser questionado sobre sua participação no processo de alienação do patrimônio público, conhecido como “Privataria Tucana”, durante sabatina realizada pela Folha/UOL na semana passada, não deixa dúvidas de que ele foge do assunto como o diabo foge da cruz. 

A ojeriza do povo aos privatizadores e assaltantes do patrimônio público faz o tucano esbravejar e sair pela tangente, escondendo sua participação no desastroso processo de privatização ocorrido no país quando foi perguntado sobre o assunto.



O livro em questão, que motivou a pergunta, é a “Privataria Tucana”, de autoria do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que foi campeão de vendas e descreve em detalhes os crimes cometidos pelos tucanos no processo de alienação de centenas de empresas estatais no governo Fernando Henrique Cardoso. 

José Serra foi o principal responsável no ministério (Planejamento) de FHC pelo processo de desmonte do Estado e queima do patrimônio.

 Amaury revela com abundância de provas a participação de Serra nesses crimes e revela que todo o processo serviu para abastecer o esquema tucano com propinas milionárias.


“Aquilo é uma bandidagem, é puro banditismo, só isso”, reagiu Serra à pergunta da jornalista Bárbara Gancia. 

“Não é o caso Dossiê Caymã, mas os outros (dossiês contra ele) são coisa petista, é lixo”, esbravejou. A repórter, que seguia a linha branda definida pela Folha na entrevista, logo mudou de assunto.

 Mas, mesmo com a docilidade dos empregados de Otavinho, o que ficou marcado para os leitores mais atentos é que Serra quer esconder de todas as formas possíveis a sua participação no desastroso processo de privatização. 

As privatizações já destruíram duas candidaturas tucanas à presidência.
Não que a queima do patrimônio público seja o único motivo da grande rejeição do povo paulistano à candidatura Serra. 

A traição à palavra dada, de que permaneceria na Prefeitura - e o abandono da cidade nas mãos de Kassab - também pesa bastante em seu atual quadro de rejeição eleitoral.



 Mas, tanto Serra quanto outros políticos e outras correntes e partidos percebem muito bem a grande ojeriza do povo à quem, sob qualquer pretexto, destrói o patrimônio público. Por isso Serra esconde sua participação na privataria.

O livro de Amaury irrita Serra porque possui 105 páginas de documentos que comprovam que pessoas ligadas ao PSDB e ao próprio Serra receberam propinas milionárias dos grupos que se beneficiaram das privatizações da época do Fernando Henrique Cardoso. 

Segundo o jornalista, os tucanos usaram empresas fantasmas nos paraísos fiscais do Caribe para trazer o dinheiro das propinas para dentro do Brasil. 

O jornalista, que denunciou em detalhes os crimes de José Serra, explicou como conseguiu todas as provas contra o tucano.

 Depois de acusar o caixa de campanha dos tucanos, Ricardo Sérgio, então diretor do Banco do Brasil, Amaury foi processado pelo agente dos tucanos. O jornalista, então, entrou com um processo chamado ‘exceção da verdade’ e ganhou. 

Com isso, ele obteve o direito de ter acesso às provas para se defender dos ataques do Ricardo Sérgio. Daí surgiu toda a matéria prima para o livro, que se tornou um best-seller. 

No processo de entrega das empresas de telefonia, Serra e FHC atuaram com dois grupos operando em paralelo. Um era comandado pelo próprio Ricardo Sérgio e o outro pelo Mendonça de Barros. Segundo Amaury Jr., Luiz Carlos Mendonça de Barros, que tinha sido ministro das Comunicações, e o Ricardo Sérgio, estavam associados com os grupos do Jereissati e com o Opportunity, do Daniel Dantas. 

Eles bancaram os recursos para viabilizar os consórcios desses grupos e receberam as propinas deles através dos paraísos fiscais.
 
Ricardo Sérgio dava as cartas de fiança e, através do seu braço direito, João Bosco Madeiro da Costa, diretor de investimento da Previ, manipulava os fundos para viabilizar os consórcios, revela o livro sobre a privataria tucana.

Serra não pode nem ouvir falar no livro porque toda a roubalheira foi mapeada em detalhes. O dinheiro da Verônica Serra, sua filha, por exemplo, foi todo rastreado. 

Logo depois que o consórcio do Opportunity ganhou as empresas de telecomunicações nos leilões, Verônica montou uma empresa de 5 milhões de dólares em Miami, junto com a irmã do banqueiro dono do Opportunity (Verônica Dantas). 

A filha do Serra tentou desmentir que fosse diretora da empresa, mas Amaury mostrou documentos provando que ela era sócia da empresa junto com a Verônica Dantas.

 “O mesmo escritório que lavava dinheiro no Caribe jogou o dinheiro na empresa da Verônica Serra. Uma operação clássica de internação de dinheiro”, explicou Amaury. 

Segundo a “Privataria Tucana’, só o Ricardo Sérgio internalizou cerca de 20 milhões de dólares e comprou com esses recursos ações de empresas, salas e prédios. 

“Por coincidência, ele comprou o prédio inteiro onde funcionava o escritório do Marcos Valério em Belo Horizonte”, assinalou Amaury. 

O jornalista descobriu também que eles usavam para a lavagem do dinheiro a mesma empresa, o mesmo escritório, nas Ilhas Virgens, que era usado pela filha do Serra.





terça-feira, 18 de setembro de 2012

A vEJA golpista, fascista, criminosa, tenta destruir Lula.



Golpismo age como se não houvesse amanhã.

 

 Carlinhos Cachoeira e seu ubíquo braço-direito, o araponga Dadá, não estão mais à solta para emprestar artes e ofício às reportagens' e 'denúncias' programadas por 'Veja'. Quase não se nota.

 

 Se o plantel perdeu talento específico, o engajamento na meliância política ganhou em arrojo e sofreguidão. A constelação de colunistas que orbita em torno daquilo que 'Veja' excreta arregaçou mangas e redobra esforços. 



A afinação do jogral não deixa dúvida sobre o alvo mais cobiçado, como mostra a meticulosa análise de Marco Aurélio Weissheimer, nesta pág. 

 

 


O troféu da vez é Lula, não a pessoa, mas o símbolo de uma barragem que reordenou a política brasileira abrindo espaço às águas do campo popular.

 

 



Buliçosos escribas do jornalismo isento sugerem nesta 2ª feira que podem superar as mais dilatadas expectativas nessa caça ao tesouro. As postagens do colunismo amigo de Demóstenes Torres --outro centurião da linha de frente abatido sem deixar vácuo-- sugerem a travessia de um Rubicão. 

 



O conservadorismo age como se não houvesse amanhã. A crise econômica não destruiu o governo do PT e o país retoma o crescimento neste 4º trimestre. Então, é agora ou nunca. 

 

 



Com a ajuda das togas que atiçam o linchamento contra o partido no STF, a mídia demotucana arranca uma escalada preventiva vertiginosa. Comete-se de forma explícita aquilo que até mesmo Dadá e Cachoeira teriam pejo em praticar desguarnecidos das sombras: a chantagem ancorada em 'provas' improváveis, mas tornadas críveis através do incessante centrifugador de carniça de quatro hélices: Veja-colunistas- bancada demotucana-Procuradoria geral da República.

 

 



No manuseio dessa engrenagem exibem o que sabem fazer melhor: regurgitar guerra política travestida de jornalismo; incorporar denúncias palatáveis ao repertório da heterodoxia jurídica; arredondar a massa informe em escândalo e criminalização de forças e lideranças que não derrotam na urna há três eleições presidenciais --e para as quais arriscam perder de novo em 2014

 

 



Nas últimas 72 horas uma não-entrevista do publicitário Marcus Valério a 'Veja', talvez pela pífia credibilidade e repercussão do meio e da mensagem, transformou-se em 'entrevista gravada' --mas cujo áudio a revista 'estuda' se vai liberar', avisam os relações públicas do comboio em marcha (leia reportagem de Najla Passos nessa pág). 

 

 



Ato contínuo, o renitente vácuo de credibilidade é ocupado pelo anúncio da existência de um suposto vídeo, 'de 4 cópias' (sempre é oportuno um detalhe para granjear confiabilidade à impostura) em que um desesperado Marcus Valério faria revelações para divulgação imediata --' caso sofra um atentado', acena um operador da usina de carniça midiática, exalando o odor característico que o inebria.

 



Claro, o indefectível procurador Roberto Gurgel está disponível para dar uma pala, emprestando glacê jurídico aos fuzarqueiros do golpismo; porém, evocando parcimônia: 'só' posteriormente ao julgamento em curso no STF, as denúncias de Valério contra Lula --negadas pelo próprio e por seu advogado, até segunda ordem-- poderão, eventualmente, ser examinadas pelo ministério público. 

 



No fecho do rally desta segunda feira, o PSDB e seu rodapé mais gasto, Roberto Freire, 'exigiam' que Lula se pronunciasse sobre a maromba desatada.

 

 

 Esse é o idioma político adotado pelo dispositivo midiático conservador --que recebeu 70% da publicidade federal do governo Dilma-- a dois anos da sucessão de 2014. 

 

A ver.

 

SAUL LEBLON