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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

SE FOSSE CELSO LUNGARETTI, A CIA TERIA INFORMACÕES FIÉIS À REALIDADE E NÃO AS FURADAS DE WAACK/FERNANDO.

NA FOTO UM AMERICANO QUINTA COLUNA.
UM AMERICANO ENTREVISTA UM MEMBRO DE SEU GOVERNO.

TEVE UM BABACA QUE ANDOU ESPECULANDO SOBRE A POSSIBILIDADE DE
CELSO LUNGARETTI, NOTÓRIO MILITANTE DE ESQUERDA SER AGENTE DA CIA LEIA AQUI. LÓGICO QUE TRATA-SE DE UMA TREMENDA DE UMA BESTEIRA. POR OUTRO HÁ DE CONVIR-SE QUE SE FOSSE VERDADE A CIA AO MENOS TERIA INFORMAÇÕES FÉIS À REALIDADE E NÃO AS FURADAS ANÁLISES QUE O WAACK E O "BONITA CAMISA FERNANDINHO", PASSOU PROS GRINGOS.

 DOIS YUPPIEZINHOS, AMERICANÓFILOS, QUE NUNCA SOUBERAM O QUE É SAIR ÀS RUAS E FAZEREM REPORTAGENS DE VERDADES. NUNCA TIRARAM O SEUS TRAZEIROS DE SUAS CONFORTÁVEIS MESAS E SALAS REFRIGERADAS. RECEBEM A PAUTA DO PATRÃO E LASCAM A FAZEREM "OPINIONISMO" AO INVÉZ DE JORNALISMO.

SEM CONTAR O PUXA-SAQUISMO AOS AMERICANOS, VIDE O EPISÓDIO DO ATRACAMENTO DO PORTA AVIÕES AMERICANO DA QUINTA FROTA  AQUI NO BRASIL. ESTES DOIS NÃO PARAVAM DE ELOGIAR. DAVA PRÁ DESCONFIAR MESMO QUE ELES TINHAM ALGUMA RELAÇÃO VISCERAL COM OS GRINGOS.

O WIKILEAKS É ISTO AÍ.  É MACHADIANO: "A VERDADE SAI DO FUNDO DO POÇO E NÃO INDAGA QUEM ESTÁ À BORDA".

O FERNANDINHO AO MENOS FOI RECOMPENSADO COM UMA BOLSA EM HARVAR( É HAVAR, MESMO). QUANTO AO WAACK NADA $E $ABE.



BELLUZO EM 2004, JÁ ANTEVIA O QUE BC DO BRASIL DEVERIA FAZER. ESTA "THE ECONOMIST" É TITICA DE GALINHA!

BELLUZO EM 2004. SÁI PRÁ LÁ "ECONOMIAS RODAS PRESAS."

ESTA TAL DE "THE ECONOMIST", REVISTA PREFERIDA DE 11 ENTRE 10 NEOLIBERAIS, SUGERE QUE O O GOVERNO BRASILEIRO, ABANDONOU AS METAS DE INFLAÇÃO E QUE O BACEN PERDEU A INDEPENDÊNCIA. E DAÍ? BANCOS CENTRAIS TÊM QUE EXECUTAR A POLÍTICA DO GOVERNO E NÃO A DO MERCADO. QUE DANE-SE ESTA TAL DEPENDÊNCIA DO BACEN.

O PROFESSOR BELLUZO JÁ ADVERTIA SOBRE ESTAS METAS DE INFLAÇÃO EM 2004. NÃO SE CURA O DOENTE COM UM REMÉDIO QUE ELE TEM ALERGIA. E CRESIMENTO E PLENO EMPREGO, TEM ALERGIA A ARROCHO FISCAL.
 CONFIRA AQUI A ENTREVISTA DO PROFESSOR BELLUZO NO JORNAL HORADOPOVO  :

Professor Belluzzo, em entrevista ao HP, condena metas de inflação:


“O regime de metas de inflação abafa o crescimento econômico”
De acordo com o economista, “a taxa de juros real de 10% é incompatível para desencadear investimentos e resolver problemas de infra-estrutura como energia, transporte e saneamento”  


A taxa de juro real de 10% é incompatível para desencadear in vestimentos, para resolver problemas de infra-estrutura como energia, transporte, saneamento, entre outros, previstas inclusive nas Parcerias Público-Privadas, uma vez que quanto mais altas são as taxas de juros mais difícil fica tanto para o governo quanto para os investidores. Os juros altos estão dificultando os empresários a tomarem créditos, prejudicando os investimentos”, afirmou ao HP o economista e professor da Unicamp Luiz Gonzaga Belluzzo. 


O economista avalia que a elevação da taxa Selic para 16,25%, decidida na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, vai inibir os investimentos produtivos.


Belluzzo considera “uma ilusão” a proposta da equipe econômica de aumentar o superávit primário (receita menos despesa, exceto os juros) como forma de segurar a taxa básica de juros: “A taxa de juro tem a ver com o equilíbrio precário da balança de pagamentos, pois com a abertura financeira o grande aplicador pode preferir mudar para outra moeda. Não adianta elevar superávit primário, que é feito em cima de receita fiscal, arrecadada em cima de quem trabalha, dando um efeito depressivo. É uma política de cachorro correndo atrás do próprio rabo. Não vai a lugar nenhum”.


Os juros altos têm um reflexo direto no exponencial crescimento da dívida pública, que “no início do Plano Real estava em R$ 64 bilhões - diz Belluzzo - e hoje está em cerca de R$ 1 trilhão”, que, em um ciclo vicioso,  “suga bilhões de recursos para pagamento de juros”. Apenas com o aumento 0,25% na taxa Selic vai causar um rombo nos cofres públicos de mais R$ 300 milhões anuais, pois metade dos títulos públicos são indexados por esta taxa.


O regime de metas de inflação, para Belluzzo, é totalmente incompatível com uma política de desenvolvimento, “é uma coisa burra”. “O objetivo da política monetária é ter uma referência para manter uma estabilidade da moeda. Já teve o padrão ouro, agora é a meta de inflação, adotada no Brasil em torno de 4% ao ano.

 Então você fica preso numa armadilha incompatível com uma política de crescimento. O regime de metas abafa o crescimento. Nesse modelo você não crescerá mais do que 3% ao ano”, frisou o economista, acrescentando que a política de metas “é claramente inadequada ás necessidades da economia brasileira”. Ele ressaltou que o país não pode ficar represado nesse tipo de “estabilidade”.

Belluzzo disse que o incipiente crescimento econômico foi puxado pelas exportações, destacando, contudo, a necessidade de investimentos no mercado interno, porque senão “esse crescimento vai perder força, pois somente com exportações não se consegue alavancar a economia. Mesmo assim, o crescimento já está em desaceleração. Setores que cresceram no período recente estão começando a perder vitalidade, como é o caso da siderurgia.

 O crescimento da renda foi muito pequeno e na questão do emprego aconteceu uma formalização de pessoas que já estavam trabalhando”.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

LULA NÃO SERIA LOUCO DE SEGUIR A POLÍTICAS NEOLIBERAIS DE FTHC.



Quando o governo do cínico e mentiroso FHC terminou o seu 2º reinado a situação da nossa
economia era a seguinte:

- A economia brasileira QUEBROU TRES VEZES em oito anos.


- A inflação já estava nos dois dígitos.

- As reservas brasileiras eram de US$ 15 bilhões (carta de crédito do FMI)

- As taxas de juros eram superiores a 25% a.a.

- O risco país era superior a 4.000 pontos.

- Um mísero dólar valia quase R$ 4,00.

- Privatizaram as maiores estatais, estradas, portos, etc. - ação denominada de PRIVATARIA, foram mais de R$ 100 bilhões transferidos para a "iniciativa privada", que ninguém viu e não sabe.

- A taxa de desemprego era superior a 19,5% .

- O número de "miseráveis" era superior a 38 milhões de pessoas.

- O número de "pobres" era superior a 40 milhões de pessoas.

- Durante oito anos o governo FHC foi dedicado a desmantelar o Estado com milhares de "aposentadorias" estimuladas com verdadeiras fortunas em dinheiro .

- As taxas médias anuais de crescimento da economia sempre foram inferiores a 2,5% a.a.

- Quase 80% das nossas exportações eram destinadas para os EUA.

- A carga tributária passou da média de 25% para 36% do PIB.

- A dívida pública interna passou de R$ 200 bi para R$ 880 bilhões, que relacionada ao PIB , apresentou um incremento de 30 para 56% do PIB.

- A dívida externa era superior a US$ 180 bilhões.

Enfim, chega de números. Aliás, PÉSSIMOS NÚMEROS

.


- A economia NÃO QUEBROU NENHUMA VEZ, apesar do imenso desejo da oposição e da imprensa.

- A inflação é inferior a 5% a.a. nos últimos 4 anos.

- As reservas totais já superaram a casa dos US$ 200 bilhões.

- As "altas taxas" de juros são inferiores a 13% a.a.

- O "risco Brasil" é inferior a 200 pontos.

- A atual taxa de câmbio é de US$ 1 para R$ 1,70 COM TODA A ZONA QUE OS EUA APRONTARAM NOS MERCADOS.

- NÃO HOUVE PRIVATARIA.

- a taxa de desemprego é inferior a 7 %.

- Na classe média baixa, houve um aumento de mais de 38 milhões de pessoas, ou seja, hoje, o Brasil tem menos de 20 milhões de pobres, o que é ainda inaceitável.

- O governo Lula vem RECONSTRUIU o Estado, só na Polícia Federal foram contratados mais de
15 mil policiais.


- a taxa de crescimento no ano de 2008 foi superior a 5%.
E A TAXA DE DESEMPREFO FOI A MENOR DESDE 2002! 7,2. fujam do PIG!

- depois de quatro anos, menos de 20 % das nossas exportações são para os EUA. As viagens do Lula, tanto criticadas pela mídia, deram este salto de qualidade nas nossas exportações e importações, pois não dependemos mais apenas dos EUA. É oportuno lembrar que "todos" os analistas e comentaristas diziam que o Brasil iria "sofrer as conseqüências" da quebradeira norte-americana com os seus papéis sujos. Todavia, como não dependemos mais tanto do mercado deles, a nossa economia continuou crescendo e "inabalável" com a "crise externa" (para o desespero dos analistas). ANALISTAS?

- a dívida pública interna é inferior a 50% do PIB.

- NÃO TEM MAIS A "IMPAGÁVEL" DIVIDA EXTERNA com o FMI

Portanto, meus amigos e amigas, se o governo do presidente Lula tivesse cometido a IDIOTICE de continuar a política econômica neo-liberal tucana/demoníaca, estaríamos falidos há muito tempo.


Quem fala ou pensa que a nossa atual economia é uma conseqüência dos tempos dos MALANDROS, deverá rever o seu conceito - URGENTEMENTE.

Assim sendo eu pergunto:

- até quando essa manipulação odiosa da grande imprensa vai existir?

Quando será que as pessoas de bem e as pessoas informadas irão se rebelar contra essa ditadura da informação? O famoso PARTIDO DA IMPRENSA GOLPISTA,
Sinceramente, EU ESTOU FAZENDO A MINHA PARTE. Não compro nenhum produto ou serviço do PIG.
e, sempre que oportuno, como neste momento, DESMORALIZO-OS COM FATOS E NÚMEROS
.

A LONGA AGONIA DA DEPENDÊNCIA-

Nilson Araújo, publicou um livro com o título: "A Longa Agonia da depedência", que trata da política de arrasa quarteirão do neoliberalismos de FTHC.

Aqui na universidade sou um dos poucos que lí um livro de FHTC, quem conhece alguém que já leu?


Livro Chama "A América Latina e a Depedência Externa".

Fiquei estarrecido. Ele afirma que o Brasil e a américa latina teria que ser nações satélites, depedentes dos USA.

Que Orgulho tenho do operário metalúrgico, que nunca aceitou uma sandice destas e que propicia ensino superior a todos os jovens da minha família seja em federais ou um curso de medicina que minha prima faz na PUC bancada pelo FIES.

Todos eles têm orgulho do operário.

O Operário pôs o Brasil a não falar fino com os USA e grosso com a Bolívia. Agora seja com os USA UK, Alemanha, França e o escambau é no Téte a Téte.

 FTHC encarnou tanto esta teoria que o chanceler brasileiro de FTHC tirou os spatos em aeroporto americano para ser revistado por um cão de guarda Ianque.


Alguém imagina  Celso Amorim agindo de tal forma submissa?

MAS AQUI ESTA UM TRECHO DO LIVRO A LONGAAGONIA DA  DEPENDÊNCIA... Analize sem preconceitos contra o operário LULA:


De como o governo Fernando Henrique, com sua submissão à matriz externa, quebrou o país já em 1998 – o FMI governaria o país pelo resto do seu segundo mandato.

Mais especificamente, é descrito o colapso do próprio Plano Real – baseado na hipervalorização da moeda em relação ao dólar para baratear as mercadorias importadas contra aquelas produzidas dentro do país. Hoje, alguns elementos remanescentes daquela época, agora na marginalidade política, e mesmo alguns que não fizeram parte do grupo palaciano fernandista - estes por ignorância ou ilusão - propalam esse plano como um sucesso espetacular.

 Não foi, nem poderia ter sido.


Pelo contrário, foi um dos fracassos mais retumbantes da história do país, só comparável ao de Campos Sales nos primórdios da República.


Antes de tudo, o leitor poderá conhecer – ou rememorar – como a combinação (se é que podemos assim nos referir àquela devastação) de juros altíssimos, desnacionalização da economia, importacionismo desenfreado, remessas de lucros em crescendo vertiginoso, estagnação, recessão e destruição de elos decisivos da cadeia produtiva levou o país à catástrofe.


Que sucesso houve num "plano" que teve de ser abandonado quatro anos antes de acabar o governo que o patrocinou, substituído pela regência do FMI?


Os elementos que mencionamos citam o suposto controle da inflação como seu triunfo. Assim justificam a destruição do país.


Como se, no limite, fosse um preço aceitável (ou até módico) acabar com o Brasil para controlar a inflação. Resta saber para quem serviria esse controle da inflação. Certamente que não para o povo brasileiro.
 
Entretanto, esse "controle da inflação" também não é verdade.
Em 1999, a inflação estava outra vez fora de controle, apesar de todo o vandalismo econômico dos anos anteriores.


E, em 2002, quando o presidente Lula venceu as eleições, a inflação, mais uma vez, subia o elevador.
 
Naturalmente, ao não atacar nenhuma causa da inflação e agravar todas as verdadeiras causas – dos juros altos à monopolização brutal da economia e à dependência externa - o desastrado "plano" só poderia conduzir a esse resultado.


O importacionismo, a sobrevalorização do câmbio, os juros e a desnacionalização da economia podem – como foi o caso – num primeiro momento esconderem essa face de hidra. No entanto, mais cedo do que tarde, ela se desvelará.

LULA: O SILÊNCIO ENSURDECE!!

LULA: A NOTÍCIA NUNCA ESTÁ LÁ. QUE DESTAQUE A MÍDIA CORRUPTA DÁ A ESTE FATO?

CHUPINHADO DO BLOG:ESQUERDOPATA


Lula viaja ao México para receber mais um prêmio 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva viaja nesta terça-feira  para o México, onde receberá o prêmio Amalia Solórzano. O prêmio é concedido pelo Centro Lázaro Cárdenas y Amalia Solórzano.

Lula será homenageado por ter ajudado na redução da exclusão social do Brasil e na integração da América Latina.

No ultimo mês, o ex-presidente já recebeu dois prêmios, um nos Estados Unidos e outro na Polônia.

Neste ano, Lula também recebeu sete títulos de honoris causa.

No México, ele também participa de um evento com a presença do presidente mexicano Felipe Calderón.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O TRABALHISMO ESTÁ AÍ. O NEOLIBERALISMO JÁ ERA!

O PÊNDULO E OS TRABALHISTAS!
PONTE SOBRE O RIO NEGRO MANAUS. OBRA AGUARDADA A 100 ANOS, COISA QUE O TRABALHISMO FAZ.


EU ACHO QUE VÍ UMA TRABALHISTA ARGENTINA, VI SIM!

EDITORIAL, CARTA MAIOR

O PÊNDULO DA HISTÓRIA ESCAPA AO CONSERVADORISMO.

 
Há uma travessia em curso no pêndulo da crise mundial. Sua velocidade é crescente .

 A esquerda brasileira, as forças progressistas e o próprio governo devem apertar o passo para não se perderem na inútil batalha do dia anterior. Vive-se um deslocamento de forças e percepções para fora do centro de gravidade do conservadorismo mercadista.

O discernimento da sociedade já não cabe mais em velhos perímetros calcificados pela ortodoxia. O campo conservador desidrata a ponto de regurgitar expoentes e agendas do centro político. Editoriais e o colunismo da chamada grande imprensa colidem diariamente com o seu próprio noticiário.

O dispositivo midiático demotucano apregoa aquilo que a página seguinte evidencia ser a catástrofe em marcha na vida das nações. Por mais que se desvirtue a realidade o efeito espelho percola a formação das consciência, argui certezas e desacredita receitas. A agenda que dobra a aposta na doutrina neoliberal perde legitimidade na esteira de uma contradição insolúvel: as bases sociais mais amplas beneficiadas por esse modelo estão agora sendo pisoteadas por ele.

A classe média europeia ou a norte-americana verga sob o peso brutal da instabilidade que devora o lastro econômico e a sua contrapartida subjetiva. A mudança é abrupta e truculenta. Se a esquerda não se credenciar, a extrema direita só ocupará o vácuo pela violência, a intolerância e a xenofobia. A 2ª feira foi particularmente pedagógica na exposição dessa nova moldura.

Nos EUA, o presidente Barack Obama --um exemplo de centro expelido pelo estreitamento conservador- demarcou seu campo na luta pela reeleição. E o fez afrontando o fiscalismo suicida que ancora a doutrina do Estado mínimo. O resumo de sua diretriz orçamentária poderia ser traçado em uma frase: Obama corta R$ 1 trilhão da guerra e quer US$ 1,5 trilhão em impostos dos ricos.

Os republicanos acusaram o golpe duplo contra o seu altar. E voltaram a falar o idioma da guerra fria para carimbar a plataforma orçamentária de Obama de 'guerra de classes'. A coalizão conservadora que no Brasil se opõe ao financiamento do SUS com uma taxa de 0,1% sobre operações financeiras ainda não se expressa assim. Mas age como se tal fosse. Se Obama afrontou o extremismo, por que haveriam de recuar as forças que expressam a angústia da fila do SUS? (leia reportagens sobre o assunto nesta pág). O outro impulso pedagógico no pêndulo político da crise teve como alavanca a imolação final da Grécia cobrada pela ortodoxia do euro.

Ao pedir mais sacrifícios a uma sociedade que arde na pira neoliberal, os guardiões da fé conservadora vestiram ostensivamente o capuz do algoz. A tal ponto que Nouriel Roubini, o outrora mister catástrofe, ao apregoar o calote da Grécia em entrevista ao Financial Times, soou apenas como sensato, em contraposição à estridência alucinada dos que verbalizam a 'razão' dos mercados.

RESGATANDO A DESGRAÇA QUE FOI O LEGADO DE FTHC. BIONDI AJUDA A CAMPANHA DO PSDB.

BIONDI: FTHC, DESGRAÇOU O BRASIL!

As estatais,
sacos sem fundos.?

No primeiro semestre de 1997, a Telebrás ainda era uma empresa
estatal. Mas seu lucro, naqueles seis meses, deu um salto de
250%, passando para 1,8 bilhão de reais, contra 500 milhões de
reais em igual período do ano anterior.

 Fenômeno similar ocorreu
com as empresas de energia elétrica: a lucratividade da
Eletrobrás explodiu para 1,5 bilhão de reais, com praticamente
200% de avanço sobre os 550 milhões de reais do ano anterior.
Como explicar esses saltos, que desmentem desde já as afirmações
repetidas pelo governo
que as estatais são um "saco sem fundo", que devoram o dinheiro
do Tesouro?

Não houve "milagre" algum. Pura e simplesmente, como já visto
anteriormente, o governo havia, finalmente, começado a eli-
minar o congelamento das tarifas dos serviços das estatais, atualizando-
as. Bastou dar início aos reajustes negados durante
anos, enquanto a inflação continuava a aumentar os custos das
estatais, para a situação se inverter e os lucros dispararem. Sem
privatização.

Os prejuízos que o achatamento de tarifas e preços trouxe para
as estatais teve efeitos que o consumidor conhece bem: nesses
períodos, elas ficaram sem dinheiro para investir e ampliar serviços.
Explicam-se, assim, as filas de espera para os telefones, ou as
constantes ameaças de "apagões" no sistema de eletricidade.

 Ou,
dito de outra forma: não é verdade que os serviços das estatais
tenham se deteriorado por "incompetência".

Como também é
mentira que "o Estado perdeu sua capacidade de investir", como
diz a campanha dos privatizantes. O que houve foi uma política
econômica absurda, que sacrificou as estatais.


Além do congelamento das tarifas, houve outra decisão – absolutamente
incrível – que prejudicou os investimentos das estatais
de todas as áreas. Por incrível que pareça, repita-se, em 1989 surgiu
um decreto do presidente da República, nunca revogado, pura
e simplesmente proibindo o banco oficial, o
de realizar empréstimos a empresas estatais.

FHC e pelos meios de comunicação deBNDE (hoje BNDES),Cancelando a história
Proibir um banco estatal de financiar empresas estatais, de setores
vitais para o país, é uma decisão esdrúxula. Mas, no caso do
BNDES
próprio nome – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
(e Social) – diz, foi criado no governo Juscelino Kubitschek
exatamente com o objetivo de fornecer recursos para a execução
de projetos de infra-estrutura, que exigem desembolso de bilhões
e bilhões – e precisam de alguns anos para sua execução.

 Mais especificamente, dentro da filosofia desenvolvimentista do governo
, chega à beira da insanidade, porque esse banco, como oJK
Renda (e outras fontes de "impostos", como o
permitir a construção de usinas hidrelétricas, ferrovias, rodovias,
, o BNDES disporia de recursos retirados do Imposto dePIS-Pasep), paraportos, sistemas de telecomunicações, enfim, toda a infra-estrutura
que o processo de industrialização exigia. Um instrumento
estratégico, em resumo, capaz de viabilizar a política de desenvolvimento
de longo prazo, incumbido de dar apoio às áreas escolhidas
como prioritárias.


É, portanto, incrível que, de uma penada, o governo tenha cancelado
o próprio motivo de criação do banco, ao proibir que ele
financiasse as estatais, que passaram então a depender de seus
próprios lucros – ou de empréstimos internacionais – para a execução
de seus projetos.
 
As duas alternativas, obviamente, foram
prejudicadas pelo congelamento de tarifas e preços, notadamente
nas áreas de siderurgia (aço), telecomunicações e energia. Para os
setores em que o governo exerceu menor controle de preços, como
mineração e petróleo, os cofres dos banqueiros internacionais
continuaram abertos, desmentindo outro mito vendido pela campanha
de desmoralização das estatais, a saber, que elas tinham
"esgotado sua capacidade de financiamento no exterior".

Até hoje,
a Petrobrás, mesmo em fases de grave turbulência da economia
brasileira(ANO DE 2001/2002-GRIFO MEUPTREMDAS13E13), consegue facilmente empréstimos externos.


O governo é que a tem impedido de recorrer a essas fontes para acelerar a
produção de petróleo; portanto, não é por sua culpa que o Brasil
não é auto-suficiente em petróleo até hoje,(isto no governo do tartufo,FHD, grifo meu ptremdas13e13) argumento desonestamente utilizado para abrir caminho à privatização da Petrobrás
na surdina, operação já em andamento (veja mais à frente).Lula impediu como sabemos( grifo meu).

Dividendos, mais mentirasNa campanha contra as estatais, foi insistentemente repetido o
argumento de que elas "absorvem" dinheiro do Tesouro e "rendem"
muito pouco para ele. Divulgou-se, por exemplo, que a Vale do Rio
Doce "rendia" mais para os funcionários do que para o Tesouro
(isto é, para toda a população), apontando-se que a quantia que a
empresa destinava ao fundo de aposentadoria dos seus funcionários
era maior do que o valor pago para o Tesouro, sob a forma de
dividendos.


O argumento é vergonhoso. Pura má-fé. Por quê? Em
primeiro lugar, porque efetivamente é verdade que, para cada 1 real
de contribuição paga pelos funcionários ao fundo de pensão, a Vale
contribuía com o dobro, ou 2 reais. Absurdo?
Não. É assim que osfundos funcionam, inclusive para as empresas privadas. E atenção:
segundo os dados oficiais, a Vale até contribuía com valores
abaixo dos padrões do mercado, pois as empresas privadas costumam
desembolsar dinheiro na proporção de 2,70 reais para 1 real
dos funcionários, e não de 2 para 1.


Não havia nenhum privilégio a
"marajás da Vale", como se dizia. Ao contrário.


Mas essa não era, ainda, a principal mentira a respeito dos dividendos.
Para entender a manipulação da opinião pública, tomese
o exemplo de qualquer empresa privada com sócios, acionistas
– como o Tesouro era da Vale. Suponha-se que ela tem um capital
de 1.000 ações, no valor de 1 real cada, ou 1.000 reais no total. Se,
no final do ano, a empresa verificar que teve um lucro de 100 reais,
o que faz com esse dinheiro? Entrega tudo aos sócios, para que
eles façam uma grande farra? Obviamente, não. Os próprios sócios
vão querer que, do lucro de 100 reais, a empresa lhes entregue
uns 15 ou 20 reais, isto é, 15% a 20%, sob a forma dos chamados
dividendos.


E os outros 85% ou 80%, isto é, 85 ou 80 reais?
Por decisão dos próprios acionistas, as empresas usarão esse dinheiro
para novos investimentos, instalações, conquista de mercado.


Garantia de crescimento, expansão, lucros cada vez maiores
nos anos futuros. Mas como os acionistas vão participar dos
resultados dessa evolução da empresa? Os lucros não distribuídos,
aplicados, são usados para aumentar o capital da empresa,
no caso de 1.000 para 1.080 ou 1.085. Isto é, o acionista passa
também a dispor de mais 8% ou 8,5% de ações, que pode guardar
e, quando desejado, ou necessário, vender.


Em resumo, o que importa para o acionista é o valor dos lucros
totais da empresa a cada ano, e não apenas os dividendos retirados
desses lucros. A Vale do Rio Doce, a Petrobrás e as demais
estatais agiam exatamente como as grandes empresas privadas,
ao menos as bem administradas: entregavam uma parte dos lucros
aos acionistas, como o Tesouro, e utilizavam a maior parcela
para aplicar em planos de expansão, que rendiam lucros maiores
no futuro – além de valorizarem suas ações, se vendidas em Bolsa.
Os críticos dos "dividendos ridículos" pagos pela Vale ou
Petrobrás sabem muito bem de tudo isso. Mentiram à opinião
pública, para jogá-la contra as empresas estatais e ganhar apoio
para a privatização.

Quem pensa nos pobres?

Na verdade, em lugar de "sugar" o Tesouro, as estatais foram
utilizadas, ou "sugadas", pelo Tesouro, para desempenhar funções
que na verdade cabiam ao governo.
Nesse papel, sualucratividade também era puxada para baixo.
Exemplos?

 No próprio caso das telefônicas, como apontado em capítulo anterior,
o governo sempre teve a preocupação – antes da privatização –
de manter preços mais baixos para os serviços utilizados pela
maioria da população – como as ligações locais, as fichas dos
orelhões –, para beneficiar os brasileiros de menor renda.


A mesma coisa para tarifas de energia elétrica e água, mais baixas
para as contas de residências com menor consumo.


Nessa política de "paga mais quem ganha mais", os serviços utilizados pelos
mais ricos (interurbanos, ligações internacionais) pagam preços
mais altos, para cobrir parte dos custos ou mesmo dos prejuízos
trazidos pelos serviços mais baratos, utilizados pela população
mais pobre.


As estatais, portanto, eram utilizadas também como instrumento
de maior justiça social, ou "redistribuição de renda", como dizem
os economistas.


Em outros países, o governo adota a política de preços mais baixos
para a população mais pobre, mas é ele mesmo,governo, que "banca"
os prejuízos dessa política.


Como assim?


O Tesouro paga às empresas fornecedoras, mesmo se forem
estatais, a "diferença" correspondente à redução dos preços.
No Brasil, a população é preponderantemente pobre, e por isso os
serviços mais sofisticados – e mais caros –, cujo faturamento deveria
ser capaz de compensar ao menos em parte os serviços mais
baratos, são proporcionalmente pouco utilizados. Vale dizer: a
receita que eles fornecem não é suficiente para assegurar o nível
normal de lucros.


Com a privatização, o governo eliminou – antes mesmo da venda
das estatais – os subsídios cruzados nas contas de telefones e
de energia. Por isso mesmo, os aumentos mais violentos de tarifas
ocorreram para as chamadas locais, ficha telefônica etc. Não
há mais tratamento especial para a população mais pobre. Tudo
para garantir maiores lucros aos "compradores". Tratamento que
as estatais não recebiam.

Ah, a gasolina cara...

De tão manipuladas, chegam a ser revoltantes as críticas à
Petrobrás e aos preços da gasolina no Brasil, "os mais altos do
mundo", como berram erradamente os críticos. Nunca se diz à
população que, ao longo dos anos, a Petrobrás sempre teve direito
a uma parcela mínima sobre o preço do litro de gasolina e de
outros produtos, com a maior parcela sendo representada por
impostos, taxas e, em determinados períodos, até por uma fatia
para "baratear o álcool".


Para se ter uma idéia da realidade: em
outros países, a margem (porcentagem) de lucro das distribuidoras
é três vezes maior do que a recebida pela Petrobrás, que se
limitava a 9 centavos por litro, quando o litro da gasolina estava a
59 centavos. Mas isso não é tudo.


Assim como os subsídios à população
pobre reduziam os lucros das teles e empresas de energia,
a Petrobrás também pagou o preço de decisões que o governo
tomou em favor de outros setores, por considerá-los "estratégicos"
dentro da política econômica do momento.

Para permitir que
a indústria petroquímica nacional tivesse preços capazes de enfrentar
a concorrência internacional, por exemplo, a Petrobrás
durante longos anos vendeu a nafta, matéria-prima do setor, a
preços mais baixos, com um "prejuízo" acumulado que chegou aos
4 bilhões de dólares.


Na mesma linha, as siderúrgicas estatais,
como
em até 75%, acumulando imensos prejuízos em seus balanços. Somente
quando se preparava a privatização é que o aço teve aumentos
de até 300% nos preços.

 Por que o achatamento? O governo
impôs preços mais baixos na venda do aço nacional para
CSN, Cosipa, Usiminas, tiveram os preços do aço achatadosque as indústrias de automóveis, eletrodomésticos, máquinas e
equipamentos, principalmente, tivessem custos mais baixos e conseguissem
exportar, ou evitar importações, trazendo dólares para
o país.


As siderúrgicas estatais, portanto, também foram utilizadas
como arma na guerra para obter dólares (e conter a inflação).
Por isso, ficaram arruinadas. É lamentável que os consumidores
de aço ou nafta, que foram beneficiados com subsídios das siderúrgicas
estatais e da Petrobrás, nunca tenham dito uma palavra
para explicar à opinião pública que essa política foi a principal
culpada pelos prejuízos das siderúrgicas – e pela menor lucratividade
da Petrobrás –, permitindo que a população fosse convencida
de que as estatais "sugavam" o Tesouro.

Mais tecnologia, menos marajás

A Petrobrás ganhou títulos mundiais de campeã no desenvolvimento
de técnicas para perfurar poços no fundo do mar, em grandes
profundidades, quilômetros abaixo da superfície.
E, graças aelas, descobriu poços capazes de produzir 10 mil barris de petróleo
por dia. Cada poço. Recordes fabulosos que somente são igualados
por poços dos países árabes.


A Vale do Rio Doce, antes mesmo
da sua privatização, já era a maior exportadora de minério de
ferro do mundo. E uma de suas empresas subsidiárias, a Docegeo,
pesquisou e fez um mapeamento dos minerais existentes no Brasil
inteiro. Foi convidada a realizar pesquisas equivalentes em
outros países.

Graças à sua tecnologia, a Vale do Rio Doce descobriu,
em plena selva amazônica, em Carajás, a maior província
mineral do mundo, com jazidas não só de ferro, mas de grande
variedade de minérios, inclusive ouro...


A Embraer, estatal fabricante de aviões, sempre foi a única indústria
aeronáutica – existente em um país menos desenvolvido –
fora do circuito dos países ricos, com tradição na área – e capaz de
roubar mercado das empresas multinacionais no filão que explora,
isto é, a produção de aviões de porte médio.


Na área de telecomunicações,
a Telebrás mantinha desde os anos 1970 um Centro
Tecnológico, em Campinas, responsável por pesquisas que resulta-
ram na produção de equipamentos com tecnologia de ponta, que
fabricantes nacionais passaram a exportar para outros países.
Sobram exemplos como esses para mostrar que são descabidas
as afirmações, repetidas na campanha de desmoralização das estatais,
de que elas seriam ineficientes e incapazes de desenvolver
tecnologia própria.


Por que, a despeito do prestígio internacional,
se formou essa imagem negativa aqui dentro?
Um dos principaismotivos foram, certamente, as falhas e a
deterioração dos serviçosde telefonia e energia elétrica, exatamente aqueles com os quais
o público tem contato direto.


Uma deterioração que nada teve a ver com a deficiência tecnológica e, sim, com as políticas equivocadasde governo, que trouxeram prejuízos e limitações financeiras
às estatais, como visto antes.


Mas que foi largamente explorada
na manipulação da opinião pública.

domingo, 23 de outubro de 2011

CHEGOU A VEZ DOS BANQUEIROS PAGAREM. MERCADOS DESREGULADOS, SÓ CAUSAM MISÉRIA, FOME E ACUMULAÇÃO DE RIQUEZAS.

ROOSEVELT CRIOU AS LEIS QUE COLOCOU A BANCA DEBAIXO DO CHICOTE.
LORD KEYNES ATÉ HOJE ONDE ESTIVER, MORRE DE RIR DOS CORNETEIROS DO NEO LIBERALISMOS, HAYECK, FRIEDMAM E DOS NOSSOS CORNETEIROS TUPINIQUINS, GUIDIN, E BOB (PETROSSAURUS) FIELDS

O ARTIGO É DE SAUL LEBLON

A REBELIÃO DOS BANQUEIROS
O PIB da Grécia levará um tombo de 5% este ano; já caiu 4,5% em 2010; deve recuar outros 2% em 2012  -no mínimo. Esse é o condensado estatístico de uma regressão social e econômica resultante da aplicação do ajuste ortodoxo exigido pelos credores aos quais a Grécia deve  300 bi de euros.

O purgante foi ministrado a ferro e fogo pela troika formada por  FMI, BCE e Comissão Européia. Neste sábado, depois de um mês fazendo contas em Atenas, a santíssima trindade veio a pública reconhecer o que as ruas bradam há meses: o gigantesco fracasso do manual ortodoxo para resolver uma crise que ele ajudou a criar.

A Grécia não melhorou, admitiu a troika; suas contas pioraram; estão cada vez mais frágeis; permanecerão assim, patinando na insolvência,  por mais uma década.  Alívio?  Quem sabe em 2021.

A explosiva confissão do fiasco veio acompanhada de dois recados, desta vez aos bancos credores: a) preparem-se para uma perda inevitável ('desconto') da ordem  60% do dinheiro aplicado em Atenas; b) façam um colchão de capital próprio para absorver  esse impacto e seus desdobramentos  no salve-se quem puder dos mercados.

 O recado impositivo foi entendido por alguns donos de banco como a evidência de uma guinada regulatória dentro da crise. Algo que Emilio Botín, dono do Santander, já havia pressentido dias antes quando, em reunião com seus pares, convocou a rebelião dos banqueiros: 'Parem o trem da regulação!

Se nas ruas da indignação ainda há quem conceba enfrentar a crise à margem do poder de Estado, do outro lado da trincheira os banqueiros não alimentam dúvidas, nem acreditam em querubins.

Nos últimos dias, dois fatos ilustraram essa duplicidade. Sábado (15 DE OUTUBRO), milhões de pessoas manifestaram-se em um milhar de cidades do planeta contra o colapso econômico impulsionada pela supremacia das finanças sem lei. Na segunda-feira seguinte, 17, de forma inusitada, o banqueiro Emilio Botín, dono do Santander, foi categórico ao arremeter contra a restauração do poder de Estado sobre o setor: "É preciso frear o trem da regulação", sentenciou, emprestando uma bandeira a seus pares em reunião internacional, na Espanha.

Banqueiros falam pouco. Não precisam gastar saliva. O dinheiro fala por eles. O recado de Botín é um sintoma da gravidade alcançada por uma crise que interligou a finança privada e a finança pública numa entropia corrosiva de ajuste incontornável.

A dúvida paralisante é quem arcará com o fardo de elevada octanagem, que pode se traduzir em sacrifícios sociais explosivos ou em perdas patrimoniais robustas.

É justamente a repartição desse ônus que a fala de Don Bottin pretendeu influenciar brandindo contra 'o trem da regulação'.

O impasse entre os interesses das ruas e aqueles condensados na sentença do banqueiro explica a desconcertante incapacidade das lideranças do euro em oferecer respostas ao conflito emblemático desta crise: o explosivo laboratório do colapso grego (leia reportagens do correspondente de Carta Maior em Atenas).

A dívida da Grécia - 300 bi de euros - é impagável. Mas um calote desorganizado significaria a espoleta de uma desastrosa replicação de insolvências latentes (Itália, Espanha, Portugal, Bélgica, Irlanda etc). Para o bem e para o mal, a Grécia é a prefiguração do futuro do euro.
E é isso que inquieta Don Botín.


A Grécia lava nas ruas a roupa suja de um matrimônio que foi harmonioso enquanto a desregulação neoliberal permitiu, a um lado, oferecer crédito ilimitado; ao outro, acomodar um mix de isenção fiscal para os ricos, endividamento público temerário em troca de juros crescentes pagos aos banqueiros e manutenção de serviços sociais à população (estamos falando da Europa).

A ruptura do idílio impõe uma repactuação entre os atores para que o conjunto possa seguir a vida. Precede o passo seguinte da história, porém, a litigiosa distribuição das perdas e danos do ciclo que se fecha.

Há perguntas incômodas na agenda oculta das cúpulas do euro. Quanto os bancos credores estão dispostos a perder é a principal delas. Qual o 'desconto' da dívida que concordam em conceder para evitar uma entropia que, na Grécia, já flerta com a conflagração civil?

Especialistas calculam como inevitável um deságio superior a 50% (já se fala em 60%). Significa que de cada 10 euros emprestados a Atenas, os bancos abririam mão de cinco - mais o alongamento de prazos do saldo e novos aportes para rebocar o país do pântano.

E ainda não é tudo. Antes de conceder o desconto, os bancos terão que fazer provisões. Reforçar o caixa com dinheiro próprio para que o mercado, de um modo geral, tenha a certeza de que a renegociação das dívidas não implicará no esfarelamento das instituições.Em bom português, significa cortar bônus de quem manda no banco -inclusive dos donos, a exemplo de 'Don' Botín. E achatar os dividendos de seus acionistas --o que costuma ter repercussões em espiral descendente no valor das ações. Bancos franceses, por exemplo, detentores de um bom pedaço do mico grego, perderam 45% do valor de mercado este ano.

A lenga-lenga em torno da crise do euro evidencia que essas coisas não acontecerão espontaneamente.

Ao mesmo tempo, não podem mais ser adiadas sob pena de a crise escapar ao controle e ser decidida nas ruas. Quatro encontros europeus de cúpula, todos emergenciais, previstos para acontecer de hoje, sábado, até a próxima quarta-feira,dia 25, ilustram a premência de um desenlace que devolva parâmetros e certezas aos mercados e ao poder.

'Don' Botín e seus pares esticam a corda do seu lado. Querem empurrar o custo de uma recapitalização ampla, geral irrestrita da banca ao setor público- que já arca com o desafio de reforçar em dois trilhões de euros o fundo europeu de estabilização, para evitar que o 'desconto' à Grécia redunde numa cadeia de calotes na periferia da UE.

De onde sairia tanto dinheiro, se a maioria dos Estados já claudica em honrar até os níveis atuais de endividamento? Das respectivas populações, na forma de cortes de gastos, supressão adicional de direitos, salários, empregos e serviços sociais? Quem se habilita a ser o novo Papandreu? Ou o próximo Zapatero? Merkel e Sarkoy hesitam. 'Don' Botin esbraveja. Os impasses se avolumam. E o ruído das ruas já não pode mais ser ignorado.

O banqueiro Emilio Botín sabe muito bem onde vão desaguar esses ruídos e essas perguntas incomodas.

Se a pressão das ruas reverter a fidelidade atual dos governantes aos mercados, o passo seguinte será a imposição de uma dura disciplina regulatória sobre a banca.

Roosevelt, ancorado em pressão social, fez quase uma estatização branca nos EUA, em 1933, obrigando os banqueiros a agir de forma coordenada com políticas públicas de saneamento financeiro, retomado do crescimento e preservação da estabilidade social.

Entende-se a ordem emitida por 'Don' Botín dois dias depois das grandes mobilizações de massa que destacaram o 15 de outubro como um divisor no calendário a crise mundial: "Parem o trem da regulação".

Parar a história é um desejo intrínseco à natureza das classes dominantes. Don Botín está no seu papel. As ruas é que não podem mais ignorar a disputa em torno desse comboio. Sobretudo, não podem abstrair que mudanças na direção do trem pressupõem, no mínimo, ter forte poder de indução sobre o maquinista: o poder de Estado.


sábado, 22 de outubro de 2011

FRANZ FICA. A PRESIDENTA DILMA NÃO SE VERGA AO PIG.

NA FOTO FRANZ K, PERSONAGEM DO LIVRO DE KAFKA, "O PROCESSO".

A imprensa pode causar mais danos que a bomba atômica. E deixar cicatrizes no cérebro.
Noam Chomsky

O Processo (no original em alemão, cagalhonis) é um romance do escritor checo Franz Kafka, que conta a história de Josef K., personagem que acorda certa manhã, e, sem motivos conhecidos, é preso e sujeito a longo e incompreensível processo por um crime não revelado.
ESSA DILMA..   SE KAFKA ESTIVESSE VIVO, ELA TAMBÉM SERIA UM PERSONAGEM DO SEU ROMANCE.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

GRÉCIA. "TEORIA DA GRADAÇÃO" NÃO UTILIZADA. NEOLIBERALISMO DESGRAÇA O PAÍS

GRÉCIA: UM DIA DE FÚRIA: 
ATENAS É PALCO DE UMA VERDADEIRA BATALHA CAMPAL, APÓS A APROVAÇÃO DO PLANO DE ARROCHO.

Um cenário de destruição envolvido por espessa nuvem de gás lacrimogênio Essa é a fotografia-síntese da reação popular à aprovação do plano de arrocho que subtrai 1/3 do PIB da Grécia para pagamentos aos credores. Inicialmente circunscrita às imediações da praça Syntagma, sede do Parlamento, a revolta se alastrou por todos os bairros, persistindo até o anoitecer da 4º feira.


 Atenas tornou-se uma tocha de revolta, repressão, bombas e centenas de focos de incêndio. Todos os médicos da cidade foram convocados para atendimento aos feridos e intoxicados pelo bombardeio de gás lacrimogênio que atingiu sobretudo centenas de pessoas encurraladas na estação do metrô próxima do Parlamento. A violência dos conflitos, que deixou um rastro de destruição em todos os equipamentos urbanos do centro da capital, já leva alguns observadores a temerem pelo futuro do governo Papandreu.

 Dele ou de qualquer outro que venha a sucedê-lo, mantido o acordo draconiano assinado com os credores. A população grega condensa um aprendizado que a crise financeira propiciou de forma fragmentada à opinião pública mundial: a lógica das finanças desreguladas é antagônica com a lógica da sobrevivência de uma sociedade democrática. Esse aprendizado fulminante fez da Grécia um ponto de mutação na longa convalescência da crise mundial.

Numa sociedade ferida e espoliada, a sobrecarga de sacrifícios equivalentes a reparações de guerra impostas por tropas de ocupação, mistura-se à consciência do esgotamento de um governo, de um regime e de uma ordem financeira que nada mais tem a oferecer, exceto sacrifício e regressão social. Essa mistura letal pode sustentar uma longa e incontrolável série de rebeliões. Nesta 5º feira o Parlamento pretende votar a implantação proporiamente dita do arrocho exigido pelos credores, pela UE e pelo FMI: inclui-se aí o cronograma de privatizações, demissões, cortes de serviços essenciais, redução de salários e elevação de impostos. A ver.
(Carta Maior; 5º feira, 30/06/ 2011)

NA MINHA OPINIÃO NO DESESPERO OS NEOLIBERAIS EUROPEUS AO NÃO OBSERVAREM UMA DAS SUAS PRÓPIAS TEORIAS QUE CHOMSKY DESCREVE E PUBLICO NO TEXTO AÍ ABAIXO, ESTÃO DESTRUINDO A GRÉCIA.

DAÍ A REAÇÃO DESESPERADA DE UMA POPULAÇÃO DESESPERADA PELO ARROCHO IRRESPONSÁVEL DOS SEUS GOVERNANTES NUMA TOTAL SUBMISSÃO AO DEUS MERCADO E AO FMI E AO NEOCONS EUROPEUS. 

3 – A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO
Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.
 

AÉCIO.O ABOMINÁVEL HOMEM DOS NEVES, QUIZ FERRAR TODOS OS ESTADOS BRASILEIROS!

NA FOTO O SENADOR HEDONÊ NEVES.


O mais sumido senador mineiro ficou, segundo seus colegas, no Plenário do Senado, caladinho e miudinho no debate sobre a distribuição de royalties do petróleo, ocorrido nessa quarta-feira, dia 19 de outubro.
Aécio Neves, sempre falante em outras ocasiões, agiu com a máxima discrição e oportunismo.
O tema é de interesse dos estados e municípios do Brasil inteiro.
Os ditos estados “confrontantes”, ou seja, aqueles que já tem petróleo sendo explorado em plataformas marítimas, querem receber os mesmos percentuais do produto a ser extraído da camada do pré-sal. Os não confrontantes querem que o “novo” petróleo (o da camada do pré-sal) tenha distribuição para o resto do país.
Que fique bem claro: nem Rio de Janeiro, nem São Paulo e Espírito Santo perderão receitas. Ao contrário, aumentarão com os recursos do pré-sal. Só que com critérios diferentes dos que já prevalecem para as plataformas exploradas até agora.
Exemplo: SP, RJ e ES continuarão recebendo em 2012, os 12 bilhões de Reais que receberam este ano, e até 2020 podem ganhar 25 bilhões.
No entanto, o “mais sumido” senador mineiro manifestou apoio ao substitutivo proposto pelo senador carioca Francisco Dorneles, no qual seu estado predileto teria acesso desproporcional aos recursos do “novo” petróleo e caberia à União  e às empresas exploradoras bancar um improvável fundo de compensação aos estados não confrontantes.
Aécio foi derrotado.
Os senadores do país inteiro ironizaram o neto de Tancredo: “o quarto senador do Rio de Janeiro ficou de saia justa”. Se votasse com o Brasil, como poderia passear pela noite do Rio de janeiro, sem ser criticado? 
Defendeu os interesses do estado onde mora, em desfavor de outros 23 estados da Federação. Queria ele retirar 18 bilhões de Reais desses estados. Para Minas Gerais, isso significaria a perda de algo próximo a 1 bilhão de Reais/ano, estima um assessor do Senado Federal.
Eis que se revela Aecim. Eterno candidato a presidente, ele foi incapaz de pensar o Brasil como totalidade. Preocupado com sua condição de residente no Rio de Janeiro, ele apoiou – discretamente – a proposta que sabia derrotada de antemão. Por pura demagogia. Mas, que – se fosse aprovada – poderia significar perdas reais para os demais estados e, sobretudo para Minas, o estado que lhe garante representação no Congresso!
Essa conta vai ficar salgada para o político “argila”: aquele que é moldado às circunstâncias.



IMAGENS QUE GERAM O ÓDIO DA DIREITONA HIDRÓFOBA!

DILMA COM O PRESIDENTE DE ANGOLA, JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS NA CAPITAL LUANDA.
DILMA DISCURSA NA ABERTURA DA 66a ASSEMBLÉIA DA ONU.

DILMA NO FINANCIAL TIMES.

DILMA E AL JOHNSON, DIGO, UM BRANCO ENGRAXADO DE PRETO.

DILMA NA NORUEGA.

O SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO DA DIREITONA BRASILEIRA, ERA QUE O CERRA FOSSE O PROTAGONISTA DE TAIS ATOS. EM 2022, PODEMOS CONVERSAR!
QUASQHUASQUASQHUASQUA!



VEJA, PEPINOS E ELEIÇÕES. ARGENTINA. QUE INVEJA!!!!

ELA SERÁ REELEITA SEM A INFÂMIA QUE DILMA ENFRENTOU.

O PAI DESTE EMPRESÁRIO OUVIU DO MINISTRO DE PERON: SENHOR VICTOR, O SENHOR TEM 48 HORAS PARA DEIXAR A ARGENTINA.

BRIZOLA PERGUNTAVA: QUANTOS PASSAPORTES OS CIVITTA TEM?

E O PEPINO?

E O QUE QUE TEM O PEPINO COM ESTA HISTÓRIA? EU NÃO SEI. MAS ESTE PESSOAL AQUI DIZEM QUE SABE:


"O jornalista que tinha um ?pepino? a resolver

O redator-chefe de Veja é outro protagonista de casos escabrosos. Depressivo crônico, tem fixação doentia pelo tema solidão. Vítima de impulsos suicidas, julga-se inferior e não devidamente reconhecido. Parte de sua conduta patológica gerou um livro interessante e revelador: o Antinarciso. Certa manhã, a secretária de Veja recebeu um telefonema insólito de Sabino, que estava num hotel fubango no centro de São Paulo. A dedicada funcionária teve de se desdobrar para encontrar um proctologista do hospital Albert Einstein. Foram três horas de angústia até que o especialista chegasse ao quarto 62. Quem quiser, pode checar. Mais uma eternidade até que o enorme pepino pudesse ser extraído do reto do jornalista."

ALGUÉM PODERIA ME INFORMAR QUEM DIABOS É ESTE REDATOR CHEFE?

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

MALACHEIA: ALMA CANSADA NÃO DESESPERE, ESPERA EM DEUS E ME DÁ SUA GRANA!

O MERCADOR DE FÉ SILA$ MALAFAIA.
ESTA BÍBLIA SAGRADA...

Malafaia diz em culto que quem não desse oferta ficaria sem benção

O pastor Silas Malafaia (foto), 52, durante um culto em Araruama (RJ) no dia 16 de fevereiro, lembrou que no templo em que estavam tinha custado R$ 600 mil e em seguida disse: “Quem não der oferta, tudo bem. Mas não sairá daqui abençoado”.

Malafaia é da Igreja Assembleia de Deus, da subdenominação Vitória em Cristo, criada por ele.

Araruama é uma cidade de 112 mil habitantes do litoral fluminense a 108 km do Rio. Com 450 cadeiras, a igreja ali da Vitória em Cristo foi inaugurada no dia 18 dezembro de 2010. Ela é mais uma das 1.000 que o pastor planejou inaugurar nos próximos anos.

Malafaia faz parte de uma minoria entre os evangélicos que possui curso superior. Ele se formou em psicologia, mas se distingue por um estilo direto e ríspido, com casca de abacaxi. Ou "franco", como afirmam seus admiradores.

É um estilo bem diferente, por exemplo, do apóstolo Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial, que, tendo estudado até o quinto ano do ensino fundamental, tem mais criativo na abordagem aos fiéis, como no caso da invenção do trízimo – 10% da Deus, 10% para Jesus e 10% para o Espírito Santo.

Em Araruama, quando Malafaia disse que quem não desse dinheiro ficaria sem benções, uma parte dos fiéis desistiu do culto.

Com informação da Istóe e sites evangélicos.


CHUPINHADO DO BLOG:
PAULOPES

F(T)HC E CERRA SÃO UMA FARSA! O BRASIL PRECISA DELES EM UMA MOLDURA NUM QUADRO NA SALA, PARA QUE NUNCA ESQUEÇAMOS DELES.

CERRA ERA DE "ESQUERDA"

O TARTUFO ERA DE "ESQUERDA".


O CARA DE CAVALO À DIREITA NA FOTO ATÉ 1977, DIZIA LÁ USP QUE ERA DE "ESQUERDA".

DE IZAIAS ALMADA. TEXTO COMPLETO AQUI:


O que parece condenável, a meu ver, é constatar que homens minimamente dotados de conhecimentos que os credenciam à vida pública prepararem-se para o exercício do poder político mercê do jogo sujo e oportunista de se adaptarem às circunstancias de momento, a assumirem uma demagogia de linguagem rebuscada e pseudocientífica, a nadarem sempre a favor da correnteza, a dançarem conforme a música lhes é agradável e de ritmo conveniente.

Será essa, com certeza, a história política brasileira contemporânea que, entre inúmeros exemplos, evidencia o caso dos cidadãos José Serra e Fernando Henrique Cardoso, dois expoentes de uma, seja dita, esquerda política, que nada mais representou até hoje do que o sonho social democrata em ninhos de esquerda de matizes socialistas, enquanto ser de esquerda era a “moda”, ainda que arriscada e perigosa. Em particular dentro do âmbito muitas vezes elitista e acadêmico das universidades. Os caminhos do exílio e do banimento durante e após o golpe de 64 têm, a esse respeito, histórias bem diferentes para serem contadas.

A trajetória desses dois expoentes do PSDB é emblemática em vários sentidos: FHC pelo exercício aligeirado e elegante do mando político, mas desprovido de maior conteúdo; Serra pela obsessão em chegar à presidência da república, gabando-se de ser um dos brasileiros mais preparados para isso.

FHC comandou um país subalterno e dependente economicamente de empréstimos obtidos junto ao Fundo Monetário Internacional, vendendo a trinta dinheiros várias empresas públicas, incentivando o verdadeiro mensalão para a aprovação da reeleição em causa própria, deixando varrer para debaixo do tapete a grande negociata das privatizações, eliminando conquistas trabalhistas de décadas, mantendo um salário mínimo de fome, sucateando e mercantilizando a educação e as escolas e universidades, negligenciando a saúde, para lá indicando seu fiel escudeiro e até então protegido.

Essa escola de “bem governar”, que pretendeu permanecer 20 anos ou mais no poder federal (em parte conseguindo o seu intento no governo de São Paulo), foi – enquanto isso – gerando em seu ninho um quadro que levasse à frente o programa neoliberal com algumas tinturas menos ortodoxas, fazendo-o caminhar pelas instâncias do Ministério da Saúde, do governo do Estado de São Paulo e da prefeitura de São Paulo, mandatos nem todos eles concluídos, é bom lembrar, tamanha a obsessão do candidato ao cargo pretendido.

O Brasil desses dois homens, nesses tempos informatizados, em que a realidade muda com grande rapidez, se transformou também rapidamente num Brasil do passado; no Brasil dos envergonhados de serem brasileiros; no Brasil dos subalternos, da política externa submissa, dos que adoram encher a boca para falar mal do seu país; no Brasil dos arrogantes de títulos acadêmicos e de togas acima do bem e do mal, dos que comem peru e pensam arrotar caviar; no Brasil das citações de pé de página; no Brasil em que muitos insistem na justiça mais flexível para a Casa Grande e na mais rígida obediência às leis para a senzala; no Brasil dos que ainda anseiam por golpes militares; no Brasil da improvisação no lugar do conhecimento, muitas vezes maquiada de competência; no Brasil dos armários cheios de esqueletos físicos e morais; no Brasil de um passado que tem medo da verdade; no Brasil de uma imprensa chantagista e irresponsável, legando aos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Roussef, o pesado fardo de consertar muita sujeira e muita incompetência de se passado mais recente, tão evidente e tão escondido pela mídia.
Vistos os fatos por essa perspectiva, mas com os olhos confiantes postos no futuro e nas transformações que vão, pouco a pouco acontecendo interna e externamente, é que se pode afirmar: O BRASIL PRECISA DE SERRA E FHC!O Brasil precisa de Serra e FHC para esquecer o passado;

O Brasil precisa de Serra e FHC para se lembrar de não mais abaixar servilmente a cabeça para países arrogantes e de natureza imperialista;

O Brasil precisa de Serra e FHC para mostrar a si mesmo e ao mundo que outro país é possível;

O Brasil precisa de Serra e de FHC para sempre se lembrar que não é preciso chegar ao limite da irresponsabilidade;

O Brasil precisa de Serra e de FHC para, desmentindo-os, jamais privatizar sua riqueza e entregar o país a grupos internacionais;

O Brasil precisa de Serra e FHC para mostrar, na prática, que criar 15 milhões de empregos em carteira não é uma questão de promessa eleitoral;

O Brasil precisa de Serra e FHC para, paradoxalmente ignorando-os, mostrar ao povo brasileiro como é possível manter em mãos do país uma empresa como a Petrobrás, sem descaracterizá-la ou entregá-la a grupos estrangeiros;

O Brasil precisa de Serra e FHC para, ao contrário deles, perceber que o mundo começa à nossa volta, com os nossos vizinhos da América do Sul e do Caribe;

O Brasil precisa de Serra e FHC, enfim, para sacudir a poeira do atraso, o colonialismo cultural e assumir em definitivo o seu destino de grande nação.

Na parede da ante-sala desse novo país que, tudo indica, está sendo construído, será preciso colocar o retrato emoldurado desses dois personagens. E olhando-o, sem qualquer saudade, ainda assim invocarmos o grande poeta mineiro usando o tempo do verbo de nossa lamentação no passado: “E como doeu!”.
Escritor e dramaturgo. Autor da peça “Uma Questão de Imagem” (Prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos) e do livro “Teatro de Arena: Uma Estética de Resistência”, Editora Boitempo.