KAFUNGA, EX GOLEIRÃO DO GALO MINEIRO. NÃO BEBIA NÃO FUMAVA, ENFIM, UM GRANDE ATLETA.
SENADOR AÉCIO NEVES. O ÚNICO ATLETISMO QUE ELE PRATICA É O ALTEROCOPISMO E GUIAR LAND ROVER COM A CACHOLA CHEIA.
DA FOLHA DE SÃO PAULO, COM INFORMAÇÕES DO BLOG MINAS SEM CENSURA:
ombudskvinna da Folha de São Paulo criticou os textos de Aécio, por serem meramente autolaudatórios, agora foi a vez de um dos editorialistas vir rasgando em cima do senador mineiro.
Transcrevemos abaixo o editorial desta quinta-feira, 13 de outubro, em que Ricardo Melo, depois de ler a entrevista de Aécio ao “Estadão”, confirma nossas críticas: não tendo projeto, seu discurso é vazio e redundante.
Até o título é sugestivo: É isso, Aécio?
O efeito do tucano em Minas se revela amplamente: um estado quebrado, endividado, vulnerável (acima da “média” brasileira) às crises internacionais.
É importante existir oposição e que esta se manifeste. Com conteúdo. Isso ele não tem. A marca de Aécio Neves é esta: ele quer o poder pelo poder. Para isso se molda a qualquer projeto. Ou seja, ele pede cheque em branco, assinado, para todo mundo. Quem se dispõe?
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RICARDO MELO
(Folha de São Paulo, 13/10/2011)
(Folha de São Paulo, 13/10/2011)
É isso, Aécio?
SÃO PAULO - Por ossos do ofício, resolvi ler a entrevista concedida pelo senador tucano Aécio Neves ao "Estado de S. Paulo", publicada no domingo passado. Esperava identificar ali alguma ideia relevante, a favor ou contra, pouco importa, mas alguma ideia capaz de estimular o debate político. A depender do vazio demonstrado pelo eventual adversário, o PT pode dormir tranquilo por vários anos no poder.
Globalizadas ou não, até novelas e pessoas de instrução modesta incorporaram ao repertório assuntos como recessão e estratégias de crescimento; soluções para evitar o desemprego; Ocupe Wall Street; União Europeia; crise financeira global; corrupção; quebradeira de bancos.
Não seria exigir demais que alguém, no enésimo lançamento de sua candidatura à Presidência, apresentasse opiniões sobre este universo tão vasto. Duas penosas páginas depois, a decepção é absoluta.
Em vez disso, nós e a repórter somos maltratados por frases como: "Decisão correta no momento errado é uma decisão errada"; "Será o futuro versus o passado"; "Ou vamos todos unidos de verdade ou não teremos êxito"; "Política é arte de administrar o tempo"; "O projeto original que trouxe o Brasil até aqui é do PSDB, mas o que está em execução agora é um software pirata".
Ao longo do palavrório, nem mesmo a lógica fica de pé. Aécio defende a ênfase no "legado do PSDB e do nosso futuro", mas diz que o principal desafio dos tucanos é "refundar o PSDB em seu discurso". Entendeu?
Bandeira mesmo, apenas uma. "Vamos lutar contra o aparelhamento da máquina pública", como se os tucanos fossem virgens à beira do altar, ou como se dirigir um país fosse tão simples quanto escapar de um bafômetro. Ainda assim, e supondo que o desejo fosse sincero, desaparelhar a máquina a favor de que plataforma, de que propostas, de que objetivos, de que projeto social?
É mais simples convocar Carlos Lacerda para ocupar a tribuna.
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