Minha lista de blogs

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

NEO LIBERALISMO É PAPO FURADO PARTE II. ASSIM COMO O BRASIL ATÉ A ERA FHC, A GRÉCIA ENTRA NA MISÉRIA, FINANCEIRA, POLÍTICA E MORAL.

GREGOS PROCESSAM REVISTA ALEMÃ POR ADULTERAR IMAGEM DE SÍMBOLO NACIONAL.

PASMEM! EU OUVI UMA IDIOTA DE UMA JORNALISTA DA BOBO NEWS, DIZER PARA O BRASIL TOMAR CUIDADO.

 OCORRE QUE A CRISE GREGA SEGUNDO ELA COMEÇOU POR CAUSA DO PAÍS TER SEDIADO AS OLIMPÍADAS E AUMENTAR OS GASTOS PÚBLICOS.

NÓS DEVERÍAMOS SER INDENIZADOS POR TER QUE OUVIR UMA BESTEIRA DESTA.

 COMPARAR A 6a ECONOMIA DO MUNDO, COM UMA ECONOMIA, SEM PARQUE INDUSTRIAL E QUE JÁ ENTROU NA ZONA QUE É O EURO,  QUEBRADA.


PIOR. TEM IDIOTAS DA CLASSE MÉDIA QUE PAPAGAIAM ESTES  IMBECÍS DE PORCALISTAS DA BOBO NEWS.






Grécia a caminho de uma explosão revolucionária.

Por Peter Schwarz

25 de fevereiro de 2012



O pacote de austeridade conduzido pela Troika (União Europeia, FMI e Banco Central Europeu) está conduzindo a Grécia a uma revolução.

O protesto de milhares de pessoas diante do Parlamento grego na noite de domingo, 19 de fevereiro, seguido por um surto de violência depois que a Polícia agiu com bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes, marcou uma ruptura radical da disposição da população grega.


Ao longo prazo, quase ninguém mais acredita que as medidas de austeridade levará a Grécia a sair da crise.

A ameaça do governo não funciona mais, a alternativa é um Estado falido que conduzirá a um desastre econômico e social, porque as consequências das medidas de austeridade atuais são estritamente desastrosas.

 "Isso apenas nos permite escolher entre diferentes formas de morrer", comentou um manifestante de 50 anos a um jornalista.


Os dezoito meses de medidas de austeridade têm causado um declínio social sem precedentes na História.

 Os salários e ordenados do setor privado diminuiram em 20%, enquanto a do setor público reduziu até 50%.

 Dos quase um milhão gregos, um em cada cinco adultos e um em cada dois jovens estão desempregados. Eles recebem apenas um terço do salário-desemprego, que agora foi reduzido a entre 460 e 360 euros por mês.


O novo pacote de austeridade, aprovado na noite de domingo, vai derrubar a classe trabalhadora e uma grande parte da classe média na luta pela sobrevivência.

 Até 2015, 150.000 funcionários públicos serão demitidos, os salários serão reduzidos ainda mais e os cortes chegarão a 11,4 bilhões de euros.

Para atender os padrões de vida da Europa ocidental, a sobrevivência torna-se assim impossível para muitos, principalmente quando se tem que dar assistência às famílias carentes.


Não é preciso ser um gênio matemático para ver que essas medidas não resolvem a crise da dívida, mas a agravarão ainda mais.

Todos os indicadores econômicos apontam negativamente. A economia decresceu 7%no ano passado, a produção industrial em 16%. A receita de impostos caiu, apesar do aumento na alíquota do imposto em 19%, porque 60.000 pequenas empresas faliram. Mais 50.000 falências já são esperadas este ano.


O orçamento do Estado está operando no positivo, uma vez que as despesas com juros e amortização da dívida não são levadas em conta.

 Mas o serviço da dívida é tão alto que a dívida total aumentou ao longo do ano passado em torno de 140% a 160% do PIB - um poço sem fundo.


É óbvio que o tratamento drástico prescrito pela Troika à Grécia não tem como real objetivo o "resgate" do país nem o equilíbrio de suas metas orçamentárias.

 Pelo contrário, deve servir de exemplo para intimidar a classe trabalhadora em outros países europeus e deixar claro, de uma vez por todas, qual o verdadeiro poder que governa a Europa.


O caráter de classe das medidas de austeridade não poderia ser mais óbvio. Enquanto os desempregados, os trabalhadores e servidores públicos são sugados até a última gota de sangue, a elite rica do país, que há muito tempo tem sua riqueza transferida para os mercados financeiros e imobiliários internacionais, sai completamente ilesa.


As medidas de austeridade na Grécia são o pilar de uma ofensiva internacional da aristocracia financeira, que tem como objetivo descarregar todo o custo da crise financeira de 2008 sobre a classe trabalhadora.

Seja nos EUA, Grã-Bretanha, França ou Alemanha, Espanha ou Portugal, Hungria ou Romênia - toda a renda disponível, os ganhos sociais e direitos democráticos dos trabalhadores estão sob ataque.

O governo alemão, que aparece especialmente arrogante com a Grécia, prossegue com a mesma arrogância com os trabalhadores desempregados na Alemanha e vai continuar com ainda mais crueldade se a crise persistir na Grécia.


A classe trabalhadora grega tem experiência, pois não aceitou pacificamente a ocupação nazista, a guerra civil e a ditadura militar, e agora não aceita uma nova tentativa de ser subjugada a uma ditadura do capital financeiro.

 A combinação de desespero e raiva que se expressaram na noite de domingo vão inevitavelmente se intensificar e caminhar em uma direção revolucionária.


As eleições parlamentares estão marcadas para abril e nenhum partido oferece uma solução. Os dois partidos que apoiam o atual governo estão passando por uma rápida desintegração e dificilmente irão conseguir a maioria no governo.

O partido social-democrata PASOK, que ganhou as eleições de 2009 com 44%, agora tem apenas 8%, o partido conservador Nova Democracia (ND) possui cerca de 30%.


Os três maiores grupos de "esquerda" - a Esquerda Democrática (DIMAR), a Coligação da Esquerda Radical (SYRIZA) e do Partido Comunista Grego (KKE) - atualmente alcançam juntos nas pesquisas mais de 40%. Mas todos os três têm uma longa história de subordinação ao Estado burguês.


A Esquerda Democrática (DIMAR) defendeu a União Europeia e indicou certos cortes como inevitáveis e sugeriu a transferência de 60%da dívida da Grécia à UE. A Coligação da Esquerda Radical (SYRIZA) há muito tempo defendeu o PASOK e agora quer a união de toda a "esquerda" nas eleições.


Embora o partido stalinista KKE tenha agitado contra as medidas de austeridade, eles socilitam a solução por parte da União Europeia do cancelamento unilateral das dívidas e até mesmo o cancelamento das dívidas dos "trabalhadores” e das “forças populares".

 Mas este partido nunca rompeu com sua tradição stalinista e em tempos de crise promoveu diversas vezes o nacionalismo, colaborando com a classe dominante e traindo a classe trabalhadora. Em 1989 chegou até a formar um governo de coalizão com o partido conservador Nova Democracia.


Caso um ou mais destes partidos em abril se movam em direção ao governo, sua tarefa será a de manter a classe trabalhadora em uma enorme crise e impedi-la de lutar.

Diante do risco, a extrema direita tenta usar a crise para reforçar seu poder militar e novamente atingir o poder.
Esse exemplo de

 governo de "esquerda" seria comparável com o governo da Frente Popular de Léon Blum, que chegou ao poder na França em 1936 em uma onda de militância trabalhista para, em seguida, golpear a classe trabalhadora pelas costas na greve geral. A traição da Frente Popular pavimentou o caminho de retorno da extrema direita.

 Quatro anos depois, eles perceberam a traição que o seu lema "Antes Blum do que Hitler” estabeleu, permitindo a ascensão do regime autoritário de Vichy que colaborou estreitamente com a Alemanha nazista.


A fim de lutar contra as medidas de austeridade da Troika, a organização da classe trabalhadora grega precisa de um programa revolucionário independente que não sirva apenas para colaboração de classes.

Enquanto o principal trabalho do governo e dos partidos que o apoiam consiste em arruinar os padrões de vida da população, a saúde e o sistema de ensino, a classe trabalhadora deve assumir a responsabilidade de governar o país para si própria.


Nos locais de trabalho e em áreas residenciais devem ser estabelecidos comitês de acção. A organização da vida cotidiana deve ficar a cargo dos trabalhadores para organizar a luta contra as medidas de austeridade e se preparar para se defender contra ataques fascistas e militares.

 Os comitês de ação precisam quebrar a resistência do aparato sindical que colabora com o Estado e os partidos que o apoiam. Os trabalhadores precisam coordenar sua luta a nível nacional e entrar em contato com os trabalhadores da Espanha, Portugal e outros países europeus.


Eles podem lançar as bases para um governo dos trabalhadores, que exproprie as grandes propriedades, bancos e empresas; reorganize a economia em uma base socialista, a serviço da sociedade como um todo, ao invés de voltada aos interesses econômicos da aristocracia financeira.
Essa luta só pode ter sucesso em escala internacional.

 A União Europeia, os bancos e as corporações devem ser substituídos pelo Estados Unidos Socialistas da Europa. O pré-requisito é a criação de um novo partido revolucionário da classe trabalhadora. Esta é a luta do Comitê

POLÍTICA E RELIGIÃO. MAURICIO DIAS DA CARTA CAPITAL: OS "CARDEAIS BERLAMINOS" DO SÉCULO XXI.

A "SANTA INQUISIÇÃO" DA ICAR.


O CARDEAL, HOJE "SANTO BERLARMINO" , MANDOU GIORDANO BRUNO PARA A FOGUEIRA, NÃO ANTES SEM  MANDAR CORTAR SUA LÍNGUA, PARA QUE NÃO FALASSE A VERDADE, QUE A IGREJA ESCONDIA DE SEUS FIÉIS: A TERRA NÃO ERA O CENTRO DO UNIVERSO.

SILAS MALAFAIA, UM TELE EVANGELISTA DE HOJE,  UMA ESPÉCIE DE BERLAMINO DO SÉCULO XXI, SEM FOGUEIRA, QUE USA COMO MEIO DE LOCOMOÇÃO ESTE SINGELO BURRINHO AÍ ABAIXO...

JATO GULF STREAM III.

FOTOS IMAGENS E TEXTOS ANTERIORES, POR CONTA DESTE BLOG: ptremdas13e13

A POLÍTICA E A RELIGIÃO:

Por Mauricio Dias, na Carta Capital


As igrejas, sempre de costas para o futuro, continuam intolerantes às renovações. No tempo do domínio católico no Ocidente, os contestadores de falsas verdades eram atirados à fogueira, amaldiçoados pela Inquisição, que não dava trégua a supostas heresias.

 
Nos dias de hoje, impotentes para ditar condenações capitais, os inquisidores ordenam aos fiéis a punição de políticos que defendem propostas dissidentes à doutrina que pregam. O aborto e a defesa da homofobia são os exemplos mais gritantes. E irritantes. Em reação, eles promovem nas eleições a "queima" de votos dos hereges e, com isso, cerceiam a liberdade do eleitor e intimidam os candidatos.

 
Assim agem os pregadores das igrejas evangélicas. São os novos inquisidores.

Essa réplica tardia e infeliz do Tribunal de Inquisição materializou-se no Congresso, onde foi depor o ministro Gilberto Carvalho, na terça-feira 15 de fevereiro. Carvalho, secretário-geral da Presidência da República, viu-se forçado a expiar publicamente "pecados" cometidos aos olhos da poderosa bancada evangélica, transformada em braço executivo de diversas igrejas religiosas.


"O pedido de desculpas, de perdão, não foi pelas minhas palavras, e sim pelos sentimentos que provocaram", disse o ministro.


Qual foi a heresia? Gilberto Carvalho, durante o Fórum Social Mundial, manifestou preocupação política com os evangélicos: "A oposição virou pó (…) a próxima batalha ideológica será com os conservadores evangélicos que têm uma visão de mundo controlada pelos pastores de televisão".


Carvalho é católico fervoroso, mas também é militante político. Petista. Em razão do cargo, não foi cauteloso, embora tenha falado ingênuas obviedades. Não pregou o cerceamento de qualquer manifestação religiosa. Mas foi o suficiente para despertar a ferocidade adormecida da Frente Parlamentar Evangélica, na qual se destaca o senador capixaba Magno Malta, que, entre outras ofensas, chamou o ministro de "irresponsável".


Um parlamentar ateu presente ao encontro fechado à imprensa descreve assim o ambiente naquele dia: "Os olhos dos senhores parlamentares disparavam chispas de fogo, ódio, raiva e intolerância diante daquele enviado do Maligno que se tornara ministro (…). O clima era pesado. Aquela reunião e a Inquisição têm tudo a ver. Tenho certeza que não exagero. O problema para eles era não poder acender a fogueira. Restavam-lhes as línguas de fogo, prontas a queimar o demônio pecador".


Serelepe, o deputado Anthony Garotinho, ex-governador do Rio e evangélico atuante, também se destacou na ocasião. Sem sucesso, tentou forçar o ministro a assinar um documento desmentindo as declarações publicadas, mas diferentes do que falou, garantiu Gilberto Carvalho. O inquisidor fez, pelo menos, uma declaração expressiva e inteiramente adequada ao ambiente criado.


"O perdão está para a Igreja assim como a anistia está para a política", comparou Garotinho.


Igreja e política. O desempenho de Garotinho aproximou ainda mais aquela reunião no Congresso do espírito obscurantista assumido pelos evangélicos. Nesse sentido, fazem uma repetição tardia do catolicismo primitivo.


Os votos dos evangélicos, arma que usam no processo político, talvez não sejam eleitoralmente decisivos. São muitos, é certo. O suficiente para acuar candidatos em busca de votos. Com eles acuaram Dilma e Serra, na eleição de 2010, e transformaram a competição em espetáculo para exibição de medíocres Torquemadas.




domingo, 26 de fevereiro de 2012

NEO LIBERALISMO: AS ORIGENS DA CRISE DO EURO. PRIMEIRA PARTE.

ESTA CRISE VEM DE LONGE. E É FABRICADA!

As origens da crise do Euro

Parte 1

Por Peter Schwarz
25 de fevereiro de 2012
NO SOCIALISMO EUROPEU

O artigo que segue baseia-se em um relato feito por Peter Schwarz, membro da comissão editorial do Site Socialista de Interligação Mundial e secretário do Comitê Internacional da Quarta Internacional, em um encontro do Partido da Igualdade Socialista (PSG) ocorrido em Berlim em 7 de janeiro de 2012.


Nos últimos três anos a economia mundial passou por sua pior crise desde os anos 1930. Particularmente a Europa tem sido atingida a ponto de a sobrevivência do Euro e da União Europeia estarem agora em xeque.

Para se entender o significado e as consequências desta crise, não basta estudar suas manifestações econômicas imediatas. Faz-se necessário estudar as relações sociais que estão por trás dessas manifestações.


No geral, a crise é apresentada como resultado do superendividamento de alguns países da União Europeia. Afirma-se que suas dívidas chegaram a um nível em que não podem mais ser pagas ou refinanciadas.


 Essa afirmação, no entanto, não se sustenta se olharmos mais de perto. Assim, o endividamento total da União Europeia (cerca de 80% do PIB) está consideravelmente abaixo daquele dos EUA (100%), ou do Japão (220%). A dívida norte-americana aumentou seriamente durante os últimos cinco anos, de menos que 60% para mais que 100%. Porém, os EUA ainda são capazes de financiar sua dívida sem grandes problemas.


Excetuando-se a Grécia (158%), mesmo os países da EU mais afetados pela crise não estão endividados a tal ponto: na Espanha, o nível da dívida nacional é 68%; em Portugal, 102%; na Irlanda, 112%; e na Itália, 120%, aproximadamente o mesmo nível de quando se associou à zona do Euro. As dívidas governamentais alemã (82%), francesa (85%) e britânica (80%) estão no mesmo nível dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômicos (OCDE).


Deve haver outras causas para explicar o fato de a Europa ter se tornado o alvo dos mercados financeiros mundiais. Para examinar mais a fundo, é necessário levar em consideração as mudanças sociais que ocorreram nas últimas três décadas.


Polarização social.


Após a Segunda Guerra Mundial, as classes dominantes na Europa occidental foram forçadas a fazer concessões sociais para preservar o sistema capitalista. A responsabilidade do capitalismo em relação ao fascismo e à guerra ainda estava fresca na memória da população e era amplo o apoio ao socialismo.

Mesmo no início dos anos 1970, quando um movimento internacional grevista se desenvolveu no impulso do movimento de direitos civis nos EUA, das revoltas estudantis internacionais e do movimento contra a Guerra do Vietnã, a classe trabalhadora conquistou aumentos salariais e outros direitos consideráveis.


Em 1980, no entanto, a burguesia entrou em uma contraofensiva que continua até os dias de hoje. Esta contraofensiva era fortemente ligada às figuras de Ronald Reagan e Margaret Thatcher, mas não era confinada aos EUA e Grã-Bretanha.

O presidente americano Ronald Reagan quebrou o sindicato de controladores aéreos (PATCO) na época, enquanto a primeira-ministra britânica Margaret Thatcher?direcionou seus ataques sobre os mineiros britânicos.

Ambos combinaram seus ataques à classe trabalhadora com uma desregulação dos mercados financeiros e um fortalecimento dos elementos mais parasitários do capital financeiro, à custa da base industrial de seus países.


O resultado foi um aumento da desigualdade social, que havia diminuído consideravelmente no período do pós-guerra. Este desenvolvimento se confirma por inúmeros estudos estatísticos. De 1910 a 1970, a parcela da renda nacional que pertencia aos super-ricos decresceu progressivamente por todo o mundo.

 Essa tendência foi revertida dos anos 1970 em diante, sendo particularmente visível nos EUA e Grã-Bretanha, onde a proporção da renda total em mãos do 1% mais rico caiu de 20% em 1910 para 10% em 1950.

 Hoje a parcela possuída pelos super-ricos voltou ao nível de 1910.


Durante os últimos 30 anos, a renda dos 20% mais pobres nos EUA caiu 4%, enquanto a renda do 1% mais rico subiu 270%. Durante o mesmo período, a parcela do setor financeiro nos lucros de todo o setor corporativo subiu de 10% para 40%.

 Isso demonstra que o aumento na desigualdade social estava intimamente ligado com o aumento do setor financeiro.


Os números acima referem-se a renda. Em termos de riqueza, a polarização social é ainda mais gritante. Hoje 40% dos títulos globais estão nas mão do 1% mais rico da população mundial, 51% com os 2% mais ricos e 85% com os 10% mais ricos. Por sua vez, os 50% mais pobres da população mundial possuem menos de 1% da riqueza mundial.


O mesmo processo de polarização social ocorreu no continente europeu, mas com um certo atraso. Este atraso se expressa na proporção de gasto público do PIB, que chega a cerca de 46% na zona do Euro, bem acima da média de 41% da OCDE.

 Isso é motivo por que a Europa, não bastando os cortes salariais e de direitos perpetrados nas décadas recentes, ainda é vista como um paraíso do Estado de bem-estar social pela aristocracia financeira internacional.


A liderança europeia nesse quesito é a França, com uma parcela de 53% do PIB gasta pelo governo. Nos EUA, o número correspondente é de apenas 39%, e no paraíso bancário da Suíça, 33%. A proporção na Alemanha é 43%, pouco acima da média da OCDE.

Devido ao programa Agenda 2010 introduzido pelo governo de Gerard Schröder, essa porcentagem caiu 5% nos últimos dez anos.


Esses números mostram como a Europa está no meio do fogo cruzado dos mercados financeiros internacionais. Para os representantes do capital financeiro, as quantias gastas pelos Estados europeus em pensões, educação, saúde e outros serviços e estruturas públicos são muito altos.

Eles estão determinados a usar a crise para reverter todas as conquistas sociais e direitos democráticos obtidos pelo movimento dos trabalhadores ao longo de seis décadas.


A Grécia serve como campo de teste. Os representantes das altas finanças estão ameaçando o país de falência e impondo um pacote de austeridade após o outro. Salários estão sendo cortados, serviços públicos e direitos sociais estão sendo desmantelados.

Calcula-se que o padrão de vida de um cidadão grego vai diminuir dentro de poucos anos 30%, 40% ou até mesmo 50%. Fora de um período de guerra, isso representa uma queda sem precedentes.


Esta contrarrevolução social não pode ser realizada por meios democráticos. A troika composta pela União Europeia, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Central Europeu assumiu o controle do orçamento grego e repôs o governo democraticamente eleito com um governo ilegítimo de tecnocratas.

A fim de intimidar a classe trabalhadora, o partido fascista LAOS foi incluído neste governo.


Os líderes europeus decidiram transformer a Europa inteira em uma zona de austeridade na linha do modelo da Grécia. Este é o significado da decisão do reunião de cúpula da EU de 8/9 de dezembro de 2011: implementar um freio de dívida nas constituições de todos os Estados-membros.

 Critérios de legalidade estão sendo introduzidos para forçar governos europeus a implementar políticas rígidas de economia, apesar de toda a oposição popular.


Essa abordagem é herança da desastrosa política implementada pelo governo Brüning na fase final da República de Weimar.

O político do partido de direita Zentrum, Heinrich Brüning, assumiu o posto de chanceler alemão em 1930 em meio a uma crise econômica mundial e descarregou o peso da crise sobre a classe trabalhadora. Ele baseou seu governo sobre a autoridade do presidente, por um lado, e no apoio que recebeu dos Social-Democratas (PSD), do outro.

Brüning governou por meio de decretos emergenciais e contava com o PSD para dar cobertura a ele no Parlamento - como fazem os governos tecnocratas hoje na Grécia e Itália.


O governo Brüning era extremamente instável e durou apenas dois anos. Seu ímpeto por austeridade arruinou a Alemanha economicamente e provocou uma séria luta entre as classes.

Devido à falência política do Partido Comunista, os nacional-socialistas saíram como os vitoriosos dessas lutas. Em 1932, Brüning foi sucedido pelas ditaduras de curta vida dos generais Franz von Papen e Kurt von Schleicher, antes de Adolf Hitler assumir o poder em 1933.


Hoje não são insuficientes os apelos à elite dominante para retomar a consciência e desistir de sua política devastadora de austeridade na linha de Brüning.

 Toda a política do Partido de Esquerda Alemão toma essa forma. O partido reivindica uma “economia social de mercado” do período pós-guerra e proclama como modelo de conduta Ludwig Erhard, o ministro da Economia do chanceler conservador Konrad Adenauer.


Um retorno, porém, às políticas econômicas do período pós-guerra é simplesmente tão irreal quanto transformar uma pessoa de 80 anos em uma de 20 anos, uma vez que isso é impossibilitado pelas mudanças descritas acima.

 A elite financeira, que emergiu desta redistribuição de renda e riqueza, domina todas as esferas da vida social e econômica e está disposta a defender seus privilégios a qualquer custo.

NEO LIBERALISMO É PAPO FURADO!

O QUE SE APOIA NO JURACY MAGALHÃES, DIGO, FHC O DA POLÍTICA DO BEIJA MÃOS, DESREGULAMENTOU O MERCADO, DENTRO DA ÓTICA DOS NEOLIBERAIS.
TODOS SABEM NO QUE DEU.


O ARTIGO É DE SAUL LEBLON NO BLOG DAS FRASES


O neoliberalismo atropela seus mitos.


Um trem de passageiros breca na entrada da estação mas o freio não responde; a composição com mais de mil pessoas a caminho do trabalho tromba numa barreira de concreto. O segundo vagão esmaga o primeiro e assim, sucessivamente; o efeito dominó mata 50 pessoas e fere outras 700.

A decifração do desastre que abalou a Argentina esta semana inclui particularidades que materializam uma discussão recorrente nas sociedades submetidas à onda de privatizações de serviços públicos dos anos 80/90, mitigadas mas não interrompidas nas décadas seguintes pelos governantes da região. O do Brasil entre eles.

A composição argentina faz parte da concessionária Trens de Buenos Aires, a TBA, uma das vencedoras de leilões de privatização promovidos pelo governo Menén, há vinte anos, com consequências métricas autoexplicativas. A ferrovia argentina que figurava como a 10ª maior rede do mundo antes da segunda guerra foi fatiada e privatizada nos últimos anos.


Dos 50 mil kms de trilhos originais restam 7 mil kms operacionais. Dos 50 mil funcionários integrados ao sistema, sobraram 15 mil. Não é uma exceção. No caso brasileiro, por exemplo, os procedimentos e suas consequência também produziram um saldo contundente : dos 40 mil kms de trilhos existentes nos anos 60 restam 28 mil kms; a privatização sucateou enormes extensões de ferrovias, reduziu milhares de vagões e centenas de locomotivas a ferro-velho e ferrugem; o país praticamente aboliu o transporte ferroviário de passageiros, despautério logístico que a entrega do setor à lógica privada deveria justamente evitar.

O desastre argentino acrescenta duas facetas a esse acervo: ao longo dos últimos anos a TBA recebeu subsídios da ordem de US$ 3,6 bi do Estado para investir em melhorias na rede. Apenas 6% desse total, acusa-se, teria chegado na ponta final do sistema one estão os passageiros. Pior: um destino desse parco investimento teria sido remodelar vagões dos anos 60, trocando assentos originais por outros menores e precários, mas adequados à maximização da lata de sardinha. O up grade pode ter sido uma razão adicional para a matança decorrente da colisão ocorrida com o trem da TBA.

Seria medíocre reduzir o desastre ferroviário desta semana na Argentina a um desfrute ideológico do equívoco neoliberal na América Latina. É preciso ir além e não omitir a pergunta incomoda:


 por que os governos progressistas subsequentes não reverteram o processo; ao menos, não impuseram padrões de atendimento que respeitassem os usuários do patrimônio público alienado? A resposta confronta um alicerce da doutrina neoliberal e coloca em xeque crenças e argumentos que embalam as privatizações de ontem e de hoje.

O nome da viga mestra é agencia reguladora. Sobre ela apoia-se o escopo de um mito: a idéia de que é possível ter um Estado precário, frágil financeiramente, incapaz de investir, prover e contratar serviços públicos adequados mas, ao mesmo tempo, proficiente para instalar um aparato de tutela sobre concessões, a ponto de torná-las não exclusivamente mais lucrativas que o padrão anterior -- o que todas são, naturalmente.


Mas, sobretudo, mais eficientes no atendimento à população.

O desnudamento desse mito argui mais os seus discípulos à esquerda do que à direita.

As evidências cumulativas, às quais se agrega o desastre de Buenos Aires, desmontam essa sapata do edifício privatizante. No Brasil, agencias reguladoras lembram seixos perdidos na correnteza de interesses em torno das concessões e vendas de rodovias, telefônicas, sistemas elétricos, portuários e, agora, aeroportuários.

Capturadas por eles, as reguladoras, ao contrário do que sugere a ficção neoliberal são uma costela do mesmo aparato acuado, não raro, submisso, do Estado mínimo. O fato desagradável para alguns é que elas figuram como frutos da mesma família genética da qual fazem parte a supressão de direitos sociais, o arrocho trabalhista e, claro, o sucateamento do aparato público.


 Vieram para dar harmonia institucional a esse conjunto, não para afrontá-lo. A inversão do regulador capturado pelo regulado, ou avidamente associado a ele, tem nas agencias de risco do sistema financeiro uma expressão de exuberância explícita dessa lógica. Mas há versões mais sutis, não menos amigáveis a seu modo.

A brasileira Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), por exemplo, resume um padrão. Reguladora do sistema rodoviário, conta com apenas 117 funcionários para fiscalizar 5 mil kms de estradas federais privatizadas em um território de 8,5 milhões de km2. Em breve, serão 10 mil kms de pistas por conta dos leilões programados.

Protagonistas desse enredo de faz de conta às vezes lamentam o simulacro do seu ofício, como é o caso dos integrantes da Comissão Nacional de Regulação de Transportes da Argentina. Depois do acidente, eles denunciaram a impotência e inutilidade de advertências anteriores sobre a precariedade do sistema. Outros, porém, exacerbam na tarefa e dar harmonia ao conjunto.


 O governo direitista da Espanha, dotado de robusto programa de privatização e austeridade ortodoxa, anunciou nesta 6ª feira a fusão das oito agencias reguladoras do país. A partir de agora elas integram um único guarda chuva, que reduz de 52 para 9 o número total de conselheiros.

Quase um emblema do credo neoliberal no Estado mínimo, ela responde pelo pomposo batismo de Comissão Nacional de Mercado e Competência. A retrospectiva autoriza usuários a enxergarem nesse binômio um faiscante oximoro.

A OPUS DEI, A JOVEM PAN, O CERRA, O GOVERNO DE SÃO PAULO, O QUE TRAMAM?

O que a Opus Dei, o PSDB e a Jovem Pan estão tramando agora?

Mauricio Calábria




A trilha invisível das radiofrequências não é de propriedade particular. Por isso, uma emissora de rádio ou TV somente pode operar se for agraciada com uma concessão do poder público.

Para isso, as empresas de radiodifusão devem, segundo a lei, prestar serviços de comunicação social, visando sempre ao bem coletivo.

Portanto, é comum e justo que se reserve um período da programação a conteúdo de interesse do povo, verdadeiro proprietário do território em que se propagam as ondas de informação codificada.

A rádio Jovem Pan não reconhece esse direito. Por isso, move uma campanha destinada a suprimir a "Voz do Brasil".

O interesse nessa censura é antigo. Tem origem na insubordinação do baronato paulista, historicamente resistente à lei e ao pacto federativo.

A atual campanha alega que o governo federal utiliza o espaço para fins de propaganda.

Incomoda demais a esse grupo neoconservador, firmemente atrelado ao PSDB, que o público seja informado sobre o crescimento econômico brasileiro e sobre o processo de universalização de direitos.

Parte da mídia, tenta, de todas as formas, eliminar os últimos redutos de dissonância informativa.

Procura-se, a todo custo, instituir um espaço 100% dedicado a insultar, desqualificar e criminalizar o governo federal e as forças populares.

Nesse padrão, impera o radicalismo religioso, o culto ao egoísmo, o repúdio à inclusão econômica e a consolidação de mitos de intolerância que constituem obstáculos à plena integração social de negros, mulheres, homossexuais, migrantes e imigrantes.

Em São Paulo, esse trabalho de lavagem neuronal é executado dia e noite, de forma a se manter a hegemonia política neoconservadora do PSDB e de seus aliados nos setores mais atrasados da sociedade.

Para isso, a rádio tem levado ao ar depoimentos de "celebridades" como José Serra, cacique do conservadorismo ressentido; Roberto Romano, "intelectual" orgânico da neodireita; e Ives Gandra, membro da Opus Dei e aguerrido inimigo de qualquer causa popular ou progressista.

Ainda que num formato arcaico, a "Voz do Brasil" representa o outro lado, a ponta de contato que sobrou com a informação divergente. Constitui-se, portanto, na lasca da democracia que se perdeu com o atual padrão centralizado de concessões no campo midiático.

O objetivo da campanha da Jovem Pan é construir um modelo autoritário de informação dirigida, em que o interesse do baronato paulista prospera acima do direito dos brasileiros.

Diz quem fala por ti e te direi quem és!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O LUCRO PRIVADO E O INTERESSE PÚBLICO. OS URUBÚS NEOLIBERAIS DA MÍDIA FINGEM QUE NÃO VÊM.

ESTA CORJA  QUERIA AFUNDAR NÃO SÓ A P36, MAS, A PETROBRÁS INTEIRA.


LUCRO PRIVADO  E   INTERESSE PÚBLICO

 Defensores da privatização sempre argumentaram que  uma vez vendidas, as estatais prestariam contas aos mercados, o que por definição as tornaria mais eficientes, honestas, antiácidas e belas,  propiciando ganhos a acionistas, empregados e consumidores. A oferta parecia barata e bacana.

 No Brasil, o exemplo arrematado das virtudes privadas seria a Vale do Rio Doce,  que esta semana  lustrou prognósticos dourados ao registrar em 2010 o maior lucro da história das mineradoras em todo o mundo: R$ 30 bilhões, limpinhos. 

A euforia durou menos de 24 horas.  Antes que as manchetes comemorativas envelhecessem, a Petrobrás --    que também tem ações no mercado, mas é controlada pelo Estado brasileiro--  veio informar que seu lucro em 2010 foi um pouco maior: de R$ 35 bilhões. Com algumas notáveis diferenças.

 O  plano de investimentos da petroleira, em processo de  revisão que poderá ampliá-lo--  prevê inversões de US$ 224 bilhões de dólares até 2014. Por ser predominantemente pública, a empresa deu ao país a maior descoberta  de petróleo do planeta dos últimos 30 anos.

A exploração soberana das reservas do pré-sal  --com agregação de valor local e formidável demanda por equipamentos - figura como o maior impulso industrializante da história econômica brasileira.  O que seria do pré-sal se a Petrobrás  tivesse se reduzido a uma Vale do petróleo?

 Vejamos: a mineradora vai distribuir US$ 4 bi de dividendos aos acionistas este ano. Mas se recusa a investir 5% do lucro líquido, US$ 1,5 bi, em uma unidade produtora de trilhos no Brasil.

Para atender ao imediatismo dos mercados, prefere intensificar o embarque de minério bruto à China, de onde importamos  trilhos  para a expansão das ferrovias brasileiras.

O círculo virtuoso, como se vê, tem um raio mais estreito do que apregoavam os tucanos para justificar a venda da empresa por apenas R$ 3 bi, em 1997 (dez vezes menos que o lucro obtido agora).

SAUL LEBLON CARTA MAIOR 02/2011

É CHEGADA A HORA DE PULSAR O SOCIALISMO!

ZÉ MARIA ESCRIVÁ DECLARADO "SANTO" POR WOYTILA, FUNDADOR DA ORGANIZAÇÃO DE  EXTTREMA DIREITA CATÓLICA, DA QUAL PERTECEM O BISPO DE GUARULHOS E O ALCKMIM. FASCISTAS, TODOS ELES!

ESTE O É ALCKMIM, QUE ESTÁ LIGADO A ISTO TUDO AÍ ACIMA, E FAZ DE SÃO PAULO UM LABORATÓRIO DA EXTREMA DIREITA CATÓLICA.





O PÊNDULO DA HISTÓRIA ESCAPA AO CONSERVADORISMO!

Há uma travessia em curso no pêndulo da crise mundial. Sua velocidade é crescente .

A esquerda brasileira, as forças progressistas e o próprio governo devem apertar o passo para não se perderem na inútil batalha do dia anterior.

Vive-se um deslocamento de forças e percepções para fora do centro de gravidade do conservadorismo mercadista.

O discernimento da sociedade já não cabe mais em velhos perímetros calcificados pela ortodoxia.

 O campo conservador desidrata a ponto de regurgitar expoentes e agendas do centro político. Editoriais e o colunismo da chamada grande imprensa colidem diariamente com o seu próprio noticiário.

O dispositivo midiático demotucano apregoa aquilo que a página seguinte evidencia ser a catástrofe em marcha na vida das nações.

 Por mais que se desvirtue a realidade o efeito espelho percola a formação das consciência, argui certezas e desacredita receitas. A agenda que dobra a aposta na doutrina neoliberal perde legitimidade na esteira de uma contradição insolúvel: as bases sociais mais amplas beneficiadas por esse modelo estão agora sendo pisoteadas por ele.

 A classe média europeia ou a norte-americana verga sob o peso brutal da instabilidade que devora o lastro econômico e a sua contrapartida subjetiva. A mudança é abrupta e truculenta. Se a esquerda não se credenciar, a extrema direita só ocupará o vácuo pela violência, a intolerância e a xenofobia. A 2ª feira foi particularmente pedagógica na exposição dessa nova moldura. Nos EUA, o presidente Barack Obama --um exemplo de centro expelido pelo estreitamento conservador- demarcou seu campo na luta pela reeleição.

E o fez afrontando o fiscalismo suicida que ancora a doutrina do Estado mínimo.
O resumo de sua diretriz orçamentária poderia ser traçado em uma frase: Obama corta R$ 1 trilhão da guerra e quer US$ 1,5 trilhão em impostos dos ricos.
 Os republicanos acusaram o golpe duplo contra o seu altar. E voltaram a falar o idioma da guerra fria para carimbar a plataforma orçamentária de Obama de 'guerra de classes'.
A coalizão conservadora que no Brasil se opõe ao financiamento do SUS com uma taxa de 0,1% sobre operações financeiras ainda não se expressa assim. Mas age como se tal fosse.
Se  Obama afrontou o extremismo, por que haveriam de recuar as forças que expressam a angústia da fila do SUS? (leia reportagens sobre o assunto nesta pág).

O outro impulso pedagógico no pêndulo político da crise teve como alavanca a imolação final da Grécia cobrada pela ortodoxia do euro. Ao pedir mais sacrifícios a uma sociedade que arde na pira neoliberal, os guardiões da fé conservadora vestiram ostensivamente o capuz do algoz.

A tal ponto que Nouriel Roubini, o outrora mister catástrofe, ao apregoar o calote da Grécia em entrevista ao Financial Times, soou apenas como sensato, em contraposição à estridência alucinada dos que verbalizam a 'razão' dos mercados.


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

LEIA COM CALMA E ENTENDA OS CRIMES DO GOVERNO FHC, NO PROCESSO DA PRIVATARIA BRASILEIRA.

OS PRIVATAS DA AMÉRICA LATINA ESTÃO EM CANA OU FUGIRAM. MENEM NÃO PODE VER UM JUIZ QUE SAI CORRENDO, SALINAS DE GORTARI ESTÁ ESCONDIDO EM BUNKER NO MÉXICO QUE NINGUÉM SABE ONDE. AQUI NO BRASIL O TARTUFO, (SUBMISSO ATÉ EM FOTOS) DO FHC DÁ PALESTRAS A 50 MIL R$. VIVA O BRASIL!

DO LIVRO "O  BRASIL PRIVARIZADO" DE ALOYSIO BIONDI
As estatais,
sacos sem fundos?


No primeiro semestre de 1997, a Telebrás ainda era uma empresa
estatal. Mas seu lucro, naqueles seis meses, deu um salto de
250%, passando para 1,8 bilhão de reais, contra 500 milhões de
reais em igual período do ano anterior.


Fenômeno similar ocorreu
com as empresas de energia elétrica: a lucratividade da
Eletrobrás explodiu para 1,5 bilhão de reais, com praticamente
200% de avanço sobre os 550 milhões de reais do ano anterior.


Como explicar esses saltos, que desmentem desde já as afirmações
repetidas pelo governo
que as estatais são um "saco sem fundo", que devoram o dinheiro
do Tesouro?
 
Não houve "milagre" algum. Pura e simplesmente, como já visto
anteriormente, o governo havia, finalmente, começado a eli-
minar o congelamento das tarifas dos serviços das estatais, atualizando-
as.


Bastou dar início aos reajustes negados durante
anos, enquanto a inflação continuava a aumentar os custos das
estatais, para a situação se inverter e os lucros dispararem. Sem
privatização.
 
Os prejuízos que o achatamento de tarifas e preços trouxe para
as estatais teve efeitos que o consumidor conhece bem: nesses
períodos, elas ficaram sem dinheiro para investir e ampliar serviços.
 
Explicam-se, assim, as filas de espera para os telefones, ou as
constantes ameaças de "apagões" no sistema de eletricidade.

Ou, dito de outra forma: não é verdade que os serviços das estatais
tenham se deteriorado por "incompetência".

Como também é mentira que "o Estado perdeu sua capacidade de investir", como
diz a campanha dos privatizantes.

O que houve foi uma política econômica absurda, que sacrificou as estatais.
Além do congelamento das tarifas, houve outra decisão – absolutamente
incrível – que prejudicou os investimentos das estatais
de todas as áreas.

Por incrível que pareça, repita-se, em 1989 surgiu
um decreto do presidente da República, nunca revogado, pura
e simplesmente proibindo o banco oficial, o
de realizar empréstimos a empresas estatais.
FHC e pelos meios de comunicação deBNDE (hoje BNDES),Cancelando a históriaProibir um banco estatal de financiar empresas estatais, de setores
vitais para o país, é uma decisão esdrúxula.

 Mas, no caso do
próprio nome – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
(e Social) – diz, foi criado no governo Juscelino Kubitschek
exatamente com o objetivo de fornecer recursos para a execução
de projetos de infra-estrutura, que exigem desembolso de bilhões
e bilhões – e precisam de alguns anos para sua execução.


Mais especificamente, dentro da filosofia desenvolvimentista do governo
BNDES, chega à beira da insanidade, porque esse banco, como oJK
Renda (e outras fontes de "impostos", como o
permitir a construção de usinas hidrelétricas, ferrovias, rodovias, portos, sistemas de telecomunicações, enfim, toda a infra-estrutura que o processo de industrialização exigia.


Um instrumento estratégico, em resumo, capaz de viabilizar a política de desenvolvimento
de longo prazo, incumbido de dar apoio às áreas escolhidas
como prioritárias.


É, portanto, incrível que, de uma penada, o governo tenha cancelado
o próprio motivo de criação do banco, ao proibir que ele
financiasse as estatais, que passaram então a depender de seus
próprios lucros – ou de empréstimos internacionais – para a execução
de seus projetos.
 
As duas alternativas, obviamente, foram
prejudicadas pelo congelamento de tarifas e preços, notadamente
nas áreas de siderurgia (aço), telecomunicações e energia.


Para os setores em que o governo exerceu menor controle de preços, como
mineração e petróleo, os cofres dos banqueiros internacionais
continuaram abertos, desmentindo outro mito vendido pela campanha
de desmoralização das estatais, a saber, que elas tinham
"esgotado sua capacidade de financiamento no exterior".


Até hoje, a Petrobrás, mesmo em fases de grave turbulência da economia
brasileira(ANO DE 2001/2002-GRIFO MEUPTREMDAS13E13), consegue facilmente empréstimos externos.


O governo é que a tem impedido de recorrer a essas fontes para acelerar a
produção de petróleo; portanto, não é por sua culpa que o Brasil
não é auto-suficiente em petróleo até hoje,(isto no governo do tartufo,FHD, grifo meu ptremdas13e13) argumento desonestamente utilizado para abrir caminho à privatização da Petrobrás
na surdina, operação já em andamento (veja mais à frente).Lula impediu como sabemos( grifo meu).
, o BNDES disporia de recursos retirados do Imposto dePIS-Pasep), paraDividendos, mais mentirasNa campanha contra as estatais, foi insistentemente repetido o
argumento de que elas "absorvem" dinheiro do Tesouro e "rendem"
muito pouco para ele.


Divulgou-se, por exemplo, que a Vale do Rio
Doce "rendia" mais para os funcionários do que para o Tesouro
(isto é, para toda a população), apontando-se que a quantia que a
empresa destinava ao fundo de aposentadoria dos seus funcionários
era maior do que o valor pago para o Tesouro, sob a forma de
dividendos.


O argumento é vergonhoso. Pura má-fé. Por quê?


Em primeiro lugar, porque efetivamente é verdade que, para cada 1 real
de contribuição paga pelos funcionários ao fundo de pensão, a Vale
contribuía com o dobro, ou 2 reais. Absurdo?


Não. É assim que osfundos funcionam, inclusive para as empresas privadas. E atenção:
segundo os dados oficiais, a Vale até contribuía com valores
abaixo dos padrões do mercado, pois as empresas privadas costumam
desembolsar dinheiro na proporção de 2,70 reais para 1 real
dos funcionários, e não de 2 para 1.


Não havia nenhum privilégio a
"marajás da Vale", como se dizia. Ao contrário.


Mas essa não era, ainda, a principal mentira a respeito dos dividendos.
Para entender a manipulação da opinião pública, tome-se
o exemplo de qualquer empresa privada com sócios, acionistas
– como o Tesouro era da Vale.


Suponha-se que ela tem um capital de 1.000 ações, no valor de 1 real cada, ou 1.000 reais no total. Se,
no final do ano, a empresa verificar que teve um lucro de 100 reais,
o que faz com esse dinheiro?


Entrega tudo aos sócios, para que eles façam uma grande farra?
Obviamente, não. Os próprios sócios vão querer que, do lucro de 100 reais, a empresa lhes entregue
uns 15 ou 20 reais, isto é, 15% a 20%, sob a forma dos chamados dividendos.
E os outros 85% ou 80%, isto é, 85 ou 80 reais?


Por decisão dos próprios acionistas, as empresas usarão esse dinheiro
para novos investimentos, instalações, conquista de mercado.
Garantia de crescimento, expansão, lucros cada vez maiores
nos anos futuros.

 Mas como os acionistas vão participar dos
resultados dessa evolução da empresa?

 Os lucros não distribuídos,
aplicados, são usados para aumentar o capital da empresa,
no caso de 1.000 para 1.080 ou 1.085. Isto é, o acionista passa
também a dispor de mais 8% ou 8,5% de ações, que pode guardar
e, quando desejado, ou necessário, vender.


Em resumo, o que importa para o acionista é o valor dos lucros
totais da empresa a cada ano, e não apenas os dividendos retirados
desses lucros.


A Vale do Rio Doce, a Petrobrás e as demais
estatais agiam exatamente como as grandes empresas privadas,
ao menos as bem administradas: entregavam uma parte dos lucros
aos acionistas, como o Tesouro, e utilizavam a maior parcela
para aplicar em planos de expansão, que rendiam lucros maiores
no futuro – além de valorizarem suas ações, se vendidas em Bolsa.


Os críticos dos "dividendos ridículos" pagos pela Vale ou
Petrobrás sabem muito bem de tudo isso. Mentiram à opinião
pública, para jogá-la contra as empresas estatais e ganhar apoio
para a privatização.


 Na verdade, em lugar de "sugar" o Tesouro, as estatais foram
utilizadas, ou "sugadas", pelo Tesouro, para desempenhar funções
que na verdade cabiam ao governo.


Nesse papel, sualucratividade também era puxada para baixo.
Exemplos?


No próprio caso das telefônicas, como apontado em capítulo anterior,
o governo sempre teve a preocupação – antes da privatização –
de manter preços mais baixos para os serviços utilizados pela
maioria da população – como as ligações locais, as fichas dos
orelhões –, para beneficiar os brasileiros de menor renda.


A mesma coisa para tarifas de energia elétrica e água, mais baixas
para as contas de residências com menor consumo.


Nessa política de "paga mais quem ganha mais", os serviços utilizados pelos
mais ricos (interurbanos, ligações internacionais) pagam preços
mais altos, para cobrir parte dos custos ou mesmo dos prejuízos
trazidos pelos serviços mais baratos, utilizados pela população
mais pobre.


As estatais, portanto, eram utilizadas também como instrumento
de maior justiça social, ou "redistribuição de renda", como dizem
os economistas.


Em outros países, o governo adota a política de preços mais baixos
para a população mais pobre, mas é ele mesmo,governo, que "banca"
os prejuízos dessa política.


Como assim?


O Tesouro paga às empresas fornecedoras, mesmo se forem
estatais, a "diferença" correspondente à redução dos preços.


No Brasil, a população é preponderantemente pobre, e por isso os
serviços mais sofisticados – e mais caros –, cujo faturamento deveria
ser capaz de compensar ao menos em parte os serviços mais
baratos, são proporcionalmente pouco utilizados.

 Vale dizer: a  receita que eles fornecem não é suficiente para assegurar o nível
normal de lucros.


Com a privatização, o governo eliminou – antes mesmo da venda
das estatais – os subsídios cruzados nas contas de telefones e
de energia.

 Por isso mesmo, os aumentos mais violentos de tarifas
ocorreram para as chamadas locais, ficha telefônica etc.

 Não
há mais tratamento especial para a população mais pobre. Tudo
para garantir maiores lucros aos "compradores". Tratamento que
as estatais não recebiam.
Ah, a gasolina cara...De tão manipuladas, chegam a ser revoltantes as críticas à
Petrobrás e aos preços da gasolina no Brasil, "os mais altos do
mundo", como berram erradamente os críticos.


Nunca se diz à população que, ao longo dos anos, a Petrobrás sempre teve direito
a uma parcela mínima sobre o preço do litro de gasolina e de
outros produtos, com a maior parcela sendo representada por
impostos, taxas e, em determinados períodos, até por uma fatia
para "baratear o álcool".

Para se ter uma idéia da realidade: em outros países, a margem (porcentagem) de lucro das distribuidoras
é três vezes maior do que a recebida pela Petrobrás, que se limitava a 9 centavos por litro, quando o litro da gasolina estava a 59 centavos. Mas isso não é tudo.


Assim como os subsídios à população pobre reduziam os lucros das teles e empresas de energia, a Petrobrás também pagou o preço de decisões que o governo tomou em favor de outros setores, por considerá-los "estratégicos" dentro da política econômica do momento.

Para permitir que a indústria petroquímica nacional tivesse preços capazes de enfrentar
a concorrência internacional, por exemplo, a Petrobrás durante longos anos vendeu a nafta, matéria-prima do setor, a preços mais baixos, com um "prejuízo" acumulado que chegou aos
4 bilhões de dólares.


Na mesma linha, as siderúrgicas estatais, como
em até 75%, acumulando imensos prejuízos em seus balanços.

Somente quando se preparava a privatização é que o aço teve aumentos
de até 300% nos preços. Por que o achatamento?

O governo impôs preços mais baixos na venda do aço nacional para que as indústrias de automóveis, eletrodomésticos, máquinas e equipamentos, principalmente, tivessem custos mais baixos e conseguissem exportar, ou evitar importações, trazendo dólares para o país.

As siderúrgicas estatais, portanto, também foram utilizadas
como arma na guerra para obter dólares (e conter a inflação).


Por isso, ficaram arruinadas. É lamentável que os consumidores de aço ou nafta, que foram beneficiados com subsídios das siderúrgicasestatais e da Petrobrás, nunca tenham dito uma palavra para explicar à opinião pública que essa política foi a principal culpada pelos prejuízos das siderúrgicas – e pela menor lucratividade da Petrobrás –, permitindo que a população fosse convencida de que as estatais "sugavam" o Tesouro.
CSN, Cosipa, Usiminas, tiveram os preços do aço achatadosMais tecnologia, menos marajásA Petrobrás ganhou títulos mundiais de campeã no desenvolvimento
de técnicas para perfurar poços no fundo do mar, em grandes
profundidades, quilômetros abaixo da superfície.

E, graças a elas, descobriu poços capazes de produzir 10 mil barris de petróleo
por dia.


Cada poço. Recordes fabulosos que somente são igualados por poços dos países árabes.

A Vale do Rio Doce, antes mesmo da sua privatização, já era a maior exportadora de minério de
ferro do mundo.
E uma de suas em

presas subsidiárias, a Docegeo,
pesquisou e fez um mapeamento dos minerais existentes no Brasil
inteiro. Foi convidada a realizar pesquisas equivalentes em
outros países.


Graças à sua tecnologia, a Vale do Rio Doce descobriu,
em plena selva amazônica, em Carajás, a maior província
mineral do mundo, com jazidas não só de ferro, mas de grande
variedade de minérios, inclusive ouro...


A Embraer, estatal fabricante de aviões, sempre foi a única indústria
aeronáutica – existente em um país menos desenvolvido –
fora do circuito dos países ricos, com tradição na área – e capaz de
roubar mercado das empresas multinacionais no filão que explora,
isto é, a produção de aviões de porte médio.


Na área de telecomunicações, a Telebrás mantinha desde os anos 1970 um Centro
Tecnológico, em Campinas, responsável por pesquisas que resulta-
ram na produção de equipamentos com tecnologia de ponta, que
fabricantes nacionais passaram a exportar para outros países.
 
Sobram exemplos como esses para mostrar que são descabidas
as afirmações, repetidas na campanha de desmoralização das estatais,
de que elas seriam ineficientes e incapazes de desenvolver
tecnologia própria.

Por que, a despeito do prestígio internacional,
se formou essa imagem negativa aqui dentro?
Um dos principaismotivos foram, certamente, as falhas e a
deterioração dos serviçosde telefonia e energia elétrica, exatamente aqueles com os quais
o público tem contato direto.

Uma deterioração que nada teve a ver com a deficiência tecnológica e, sim, com as políticas equivocadasde governo, que trouxeram prejuízos e limitações financeiras
às estatais, como visto antes.


Mas que foi largamente explorada
na manipulação da opinião pública.
Quem pensa nos pobres?

A PETROBRAS COMO INSTRUMENTO DO ESTADO, GRAÇAS!

ELES,OS TUCANOS, CERRA À FRENTE, NÃO  ENTENDERAM NADA.

Graças à preservação da Petrobrás como instrumento do Estado, o Brasil se mantém, há anos, relativamente imune às turbulências originárias do Oriente Médio, blindagem reforçada agora pela regulação soberana das reservas do pré-sal.

Há flancos, porém, e um deles remete a eventual desaceleração das exportações aos mercados asiáticos. Mas não só. Cada vez mais, o gigantesco mercado interno brasileiro, um dos poucos em expansão no mundo torna-se o alvo cobiçado da ociosidade existente em parques fabris de todas as latitudes.

Recessão mundial: o Brasil que se cuide.

Os dados mais favoráveis exibidos pela economia norte-americana facilitam a vida eleitoral de Obama mas não podem ser confundidos com o fim da crise mundial.


Levantamentos da Comissão da UE, divulgados nesta 5ª feira, mostram que na Europa, ao contrário, a dinâmica recessiva predomina e já não se restringe à agonia de países pobres, casos da Grécia e Portugal, tendo se instalado também no coração das maiores potencias do euro, a exemplo da França, Itália e Espanha.


A previsão para este ano é de uma queda de 0,3% no PIB europeu. A maré recessiva, observa Nouriel Roubini, acossa ainda os costados da Ásia, dobrando a espinha dorsal de seu eixo ordenador, a China. O mercado imobiliário chinês está em desaquecimento. Os preços das casas começaram a cair.


O investimento do país em infraestrutura perde fôlego. Grandes projetos, a exemplo dos trens de alta velocidade, estão sendo engavetados.


O lento dobrar-se chinês gera ondas que arrebanham o restante do bloco asiático: Singapura teve queda de atividade no último trimestre de 2011; Taiwan entrou em recessão no mesmo período; a economia da Coréia do Sul, segundo Roubini, exibe o ritmo mais lento dos últimos dois anos; o PIB do Japão caiu mais que o esperado em 2011.


Diante de tanta fragilidade, os novos picos nos preços do petróleo - US$ 123,2 o barril, nesta 4ª feira - decorrentes da tensão entre Irã/Israel, no Oriente Médio, tendem a restringir o espaço para uma efetiva retomada do crescimento.


Graças à preservação da Petrobrás como instrumento do Estado, o Brasil se mantém, há anos, relativamente imune às turbulências originárias do Oriente Médio, blindagem reforçada agora pela regulação soberana das reservas do pré-sal. Há flancos, porém, e um deles remete a eventual desaceleração das exportações aos mercados asiáticos. Mas não só.


Cada vez mais, o gigantesco mercado interno brasileiro, um dos poucos em expansão no mundo torna-se o alvo cobiçado da ociosidade existente em parques fabris de todas as latitudes. Medidas protecionistas, calibradas com a maior rapidez no corte dos juros para desvalorizar o câmbio e inibir as importações ganham, assim, contornos de prioridade emergencial.


A demanda de massa, robustecida pelo ganho real do salário mínimo e das aposentadorias - a contrapelo da ladainha ortodoxa - deve ser preservada à produção nacional. Mas se as importações continuarem mais atraentes que o produto local esse trunfo se perderá: em 2011 o varejo brasileiro cresceu quase 7% enquanto a produção industrial avançou 0,3% .


 Em janeiro de 2012 veio o ajuste: o emprego com registro caiu 21,8% em relação ao mesmo período de 2011.


É a fatura da ortodoxia monetária só flexibilizada recentemente pelo BC. Se a política econômica se guiasse por ela não teríamos tampouco o colchão de investimentos públicos do PAC, do pré-sal e das obras associadas à Copa de 2014, com o qual o país afronta a contração mundial. Dados da Abimaq indicam que o investimento em bens de capital no governo Dilma passará de R$ 3 trilhões.


 Significa que o Brasil hoje está investindo mais de 11% do PIB em grandes máquinas e equipamentos, constituindo-se no 3º maior investidor do mundo numa área estratégica que gera novas fábricas e obras.


O acerto da estratégia heterodoxa em tantas frentes argui a persistência da bola de chumbo monetária, que ainda penaliza áreas essenciais, como a da saúde pública, vítima de corte de gastos para pagar juros aos rentistas do Estado brasileiro.

O ARTIGO É DE  SAUL LEBLON





A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA É A CONCLUSÃO: HÁ VIDA FORA ORTODOXIA.

UMA INDUTORA DO PROGRESSO.

HÁ VIDA FORA DA ORTODOXIA: REGULAÇÃO 
ESTATAL CONTEM PREÇOS SEM ELEVAR JUROS
 
A Petrobrás vai triplicar a participação no mercado brasileiro de etanol, atualmente na faixa de 5%. Meta é introduzir um regulador estatal no setor e evitar oscilações de preços e de oferta, habituais nos períodos de entressafra.
Mediação estatal ajudará ainda a ordenar contratos e evitar o pêndulo que desloca produção das usinas para o refino de açúcar, sempre que a exportação dessa commoditie se torna vantajosa, em detrimento do abastecimento doméstico de etanol. A solução para o mercado de etanol reduzirá a contaminação inflacionária decorrente da especulação com açúcar nas bolsas de Chicago e Nova Iorque
 
. Efeito semelhante foi obtido pela Argentina, para todos os produtos agrícola exportáveis, ao estabelecer um imposto que anula o ganho de sobrepreço propiciado pela especulação externa, evitando-se nivelamento no mercado nacional.


Esta semana, a Cepal  elogiou o modelo argentino apontando-o como uma opção às pressões inflacionárias originárias da especulação com alimentos. A vantagem evidente é que, agindo sobre as causas do problema, o país não precisa girar a manivela dos juros para destruir a demanda doméstica e, assim, conter a inflação.

SITE DA CARTA MAIOR

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

EMPREITEIRAS PILANTRAS CRITICAM EXÉRCITO, POR ENTREGAREM OBRAS DA BR 101 EM DIA.

Exército agiliza obras no país e as empreiteiras se queixam

Na transposição do São Francisco os trechos a cargo da instituição estão quase concluídos

A eficiência e a rapidez do Exército na execução de obras de construção e reforma pelo país estão incomodando as empreiteiras, que se queixam de “concorrência desleal” por parte da corporação.

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Paulo Safady Simão, reclamou esta semana da participação do Exército Brasileiro em obras desenvolvidas pelo governo federal. “O setor da construção civil não vê com bons olhos a atuação do Exército em obras como duplicação de estradas e construção de aeroportos. Não há necessidade de os militares assumirem obras desse tipo”, disse. “O Exército é hoje a maior empreiteira do país”, reclama também João Alberto Ribeiro, presidente da Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias. Segundo ele, poucas construtoras no país têm hoje uma carteira de projetos como a executada pelos batalhões do Exército. No PAC, há 2.989 quilômetros de rodovias federais sob reparos, em construção ou restauração, com gastos previstos em R$ 2 bilhões. Destes, 745 quilômetros – ou R$ 1,8 bilhão – estão a cargo da corporação. “Isso equivale a 16% do orçamento do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes neste ano”, disse.

O general Jorge Ernesto Pinto Fraxe, da Diretoria de Obras de Cooperação (DOC), do Departamento de Engenharia e Construção do Exército (DEC), rebateu as declarações dos representantes das empreiteiras e afirmou que “a atuação dos militares só ocorre quando é bom para o país e para a instituição”. O general declarou que “algumas das obras assumidas pelos militares eram consideradas prioritárias e estavam tendo problemas para serem tocadas pela iniciativa privada”. “A gente não pleiteia obras. Elas são oferecidas e aceitamos quando elas são importantes para o desenvolvimento do país e para nosso treinamento”, destacou. No auge das obras, 12 mil soldados atuaram na construção civil para o governo.

Ele lembra, por exemplo, que havia uma briga no consórcio vencedor da licitação para a duplicação da BR-101 e que as empresas fugiam do início das obras da transposição do São Francisco. A alegação para o retardamento do início das obras era que o canteiro ficava no polígono da maconha. O general conta que o Exército fez um trabalho social na área e que dois hospitais chegaram ser montados na região, para atendimento à população.

Em função de “dificuldades” desse tipo, apresentadas pelas empresas privadas, uma parte expressiva das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) estão sendo conduzidas pelos militares. Graças a convênios com o governo federal, os militares receberam R$ 2 bilhões nos últimos três anos para executar duplicações de estradas, construção de aeroportos, preparar novos gasodutos e iniciar a transposição do Rio São Francisco. No total seriam 80 obras.

A transposição do São Francisco é o caso mais emblemático. Enquanto os trechos que ficaram sob a responsabilidade do Exército estão quase prontos, a parte que cabe às empresas privadas está atrasada ou paralisada. Tanto assim que em recente visita aos canteiros da obra a presidenta Dilma cobrou melhor desempenho e agilidade. Em Floresta (PE), onde a presidenta esteve, o percentual de execução não passa de 13%. Em outros lugares chega só a 16%. Nos trechos feitos pelo Exército, a obra avançou 3 vezes mais que os das empreiteiras no Eixo Norte (80% está concluída) e 5 vezes mais no Eixo Leste. Por sua vez as empresas privadas estão pedindo mais dinheiro para continuar as obras.

As empresas privadas, algumas delas organizadas em cartéis, depois de retardarem obras importantes para o país, de exigirem reajustes absurdos nos preços, criticam quando o Exército é acionado para garantir as obras prioritárias. Elas alegam uma suposta “concorrência desleal’. Segundo os empreiteiros, a participação expressiva dos militares “inibe o investimento e impede a geração de empregos”.

Para o general Fraxe, “as obras ajudam a formar um contingente de 2.000 a 2.500 rapazes que passam pelo serviço militar obrigatório e que voltam para a sociedade com um ofício, quando são utilizados pela Engenharia dos militares”. Ele diz que também são geradas novas tecnologias: “No fim do ano passado fizemos um boletim técnico que cedemos à Associação Brasileira de Pavimentação sobre novas técnicas na construção de pistas de concreto, que ficaram com qualidade das alemãs”, informou.

Ele diz que o assédio aos cerca de 600 engenheiros do Exército prova que a qualidade do trabalho é reconhecida. Entretanto, ele diz que não há uma debandada generalizada. Ele minimiza o medo das construtoras. “O Exército não é um construtor. Quem pensa que vamos concorrer com as empresas está equivocado. Só atuamos para treinar nosso pessoal”, disse o general, que afirma que contrata empresas privadas para a construção de pontes e viadutos.

Os militares também fizeram obras para estatais - como as clareiras na selva para a construção do gasoduto Coari-Manaus, e para outros níveis de governo, como a atual construção do Caminho da Neve, estrada que Santa Catarina quer abrir para unir Gramado (RS) a São Joaquim (SC), favorecendo o turismo de inverno.

Estima-se que, ao serem concluídas, as obras entregues ao Exército terão um custo até 20% menor para os cofres públicos. “A corporação não pode lucrar com os serviços que presta”. Como emprega os próprios oficiais e soldados, já remunerados pelo soldo, o custo da mão de obra deixa de ser um componente do preço final da empreitada. Por tudo isso, o Exército está desempenhando um papel fundamental na infraestrutura necessária para o Brasil sediar a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.


DO JORNAL DO PPL:HORADOPOVO