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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O GHOST WRITER DO AÉCIO ENDOIDOU. OU SERÁ QUE AS BALADAS DO FINAL DE SEMANA AÍ NO RIO FOI PESADA, E O GHOST TAMBÉM PARTICIPOU, HEIN SENADOR? PÓ PARÁ?

AÉCIO E O SEU FESTIVAL DE BESTEIRA SOBRE CUBA:


A SURDEZ DO AÉCIO.
"Um aparte, senador?"
O senador tucano criticou o “silêncio do PT” (FSP 06/02/2012). Referia-se ele à recente visita da presidenta Dilma Rousseff à Cuba. Como sempre, fingindo fazer oposição em alto nível, o texto que ele assina é carregado de insinuações, ataca o PT, sem citar diretamente a presidenta, e quando o faz, usa como escudo a dissidente Yoany Sanches que teria dito que “Dilma foi a Cuba com a carteira aberta e olhos fechados”.
Mas vamos lá. O pretexto de Aécio é falar do “silêncio” do PT e de Dilma acerca da “ditadura” cubana.

 Direitos humanos, a sucessão dinástica entre os irmãos Castro e a suposta penúria do povo da ilha caribenha são citados. Ao acusar a mudez dos outros, Neves revela sua surdez e cegueira. Conforme o vídeo cujo link oferecemos abaixo, a presidenta brasileira expressou em alto e bom som, combinado com imagem: direitos humanos são um problema do mundo; a começar pelo Brasil, chegando aos EUA e passando por Cuba.

E ela termina citando o paradoxo de Guantánamo, prisão política em solo cubano, mas pertencente aos Estados Unidos e “administrada” pela CIA.
Falar de direitos humanos em Cuba, sem citar a masmorra que é Guantánamo é um grande sinal de oportunismo e pusilanimidade.

Há presos em Guantánamo que nem sequer foram acusados formalmente, que nem processos em andamento tem, nem direito a contato com advogados etc. Isso para não falar em soldados estadunidenses urinando em cadáveres no Afeganistão, no “Patriot Act” que vige nos EUA desde 2001 e que é a maior expressão da ditadura “democrática” do capitalismo ianque (direitos civis, em solo americano, são suspensos pelas autoridades, sem qualquer processo judicial) e, para não dizer que não falamos das flores, do “apoio” oferecido pela CIA à ditadura militar no Brasil, inclusive com treinamento de torturadores.

 Falar de direitos humanos e se omitir sobre esses temas é, como diria Bertold Brecht, um crime. Sobretudo, quando se tem o episódio de Pinheirinho em São José dos Campos, SP, na agenda tucana: lá o judiciário estadual (desembargador Rodrigo Capez), o legislativo estadual (Fernando Capez), a Polícia Militar tucana e a guarda municipal da prefeitura do PSDB, todos unidos “supervisionando” e confrontando – in loco - a Justiça Federal e a presidência da República, no episódio da expulsão de gente pobre de sua moradias, em favor dos interesses de Naji Nahas.
Cuba, certamente, tem graves problemas. Mas, Aécio não é a pessoa mais autorizada a falar disso.
Dilma, por sua própria personalidade e trajetória política, fez aquilo que Chico Buarque sintetizou magistralmente: de que adianta um presidente falar grosso com a Bolívia e fino com os Estados Unidos?
Quanto à dinastia Castro, ele teria razão se não fosse Neves. Filho de Aécio Cunha, neto de Tristão da Cunha, ex-deputados federais, e neto de Tancredo Neves. Aécio era uma nulidade política até ser guindado a secretário particular do avô às vésperas das eleições de 1982. Nunca teve trajetória partidária no MDB, nem no PMDB.



E só se elegeu deputado federal em 1986, no rastro da agonia do avô.

 E se manteve como uma nulidade. Noves fora isso, ele só é o típico herdeiro de duas dinastias políticas em Minas Gerais.

Agora ele atropela as lideranças do PSDB do estado e coloca a simpática irmã, respeitadora da liberdade de imprensa, na rota da sucessão mineira: candidata a governadora em 2014!
Aliás, ele é apenas mais um dos muitos exemplos das tais ilegítimas “sucessões” familiares na política brasileira. Filhos, netos, sobrinhos, esposas, pelo simples fato de acompanharem titulares de mandatos eletivos em eventos, se tornam seus sucessores na política, mesmo que não tenham representatividade social e partidária para tanto.

Aliás, ele que fala tanto em reforma política, deveria agir para impedir esse viés conservador e regressivo da representação pública.
Sentar no próprio rabo é condição para falar do rabo dos outros, diz a sabedoria popular mineira.

 Dinastia Castro? Só se for a de Danilo de Castro e Rodrigo de Castro, aqui nas Gerais. Esse Aécio Neves é um cara de pau.

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