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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O GHOST WRITER DO AÉCIO NEVER DEVE TER IDO EM OUTRA BALADA COM O CHEFE, O CARA TRINCOU O CABEÇOTE.

DEIXOU MINAS PENDURADA EM UM PAPAGAIO DE 73 BI, SEU AJUDANTE DE ORDENS PEDE PENICO AO GOVERNO DILMA E O SENADOR CARIOCA CHEIO DE LIBAÇÕES, DÁ UMA DE MODERNO. TE MANCA AÉCIO!


Um aparte senador!


O tema do texto semanal (FSP, 13/02/2012) é a concessão de gestão de aeroportos, via certame licitatório, para consórcios privados. Aécio começa festejando o “avanço” do PT, segue desancando o PT e termina fazendo piada com o PT.

 Duas de suas “habilidades” são reiteradas aí: não cita Lula ou Dilma, nem partidos aliados.

Seu foco é o PT. Esperteza e prudência.
Despreza ele a distinção conceitual entre alienação de patrimônio e concessão. Para a análise rasa, tudo dá no mesmo. Assim, a Vale, vendida por menos de 4 bilhões de Reais, equivale a um aeroporto como o de Brasília, concedido por 4,5 bi, por duas décadas e com forte poder de veto do governo, via o mecanismo de Golden Share.

O pouco difundido termo quer dizer: mesmo minoritário, o poder público pode exercer restrições a qualquer ousadia que os consórcios privados tentem perpetrar.

 É disso que reclama os privatistas tucanos. Para eles, o correto seria alienar o patrimônio físico representado pelos aeroportos. Ou seja, vender, literalmente, as edificações, equipamentos, pistas etc.

 Essa história de participação do poder público, com poderes restritivos, é um horror para o tucanato.
Como um adolescente se embrenhando nas matas do pequeno Parque Municipal de Belo Horizonte, ele se julga um grande explorador de uma “floresta amazônica” de contradições do PT. Errou. A então candidata Dilma afirmou, em campanha e em debates, ser a favor da abertura de capital da Infraero. Que por sinal manterá 49% da gestão dos aeroportos.

 Assim, Aécio não passa de um explorador de contradições miúdas. E ainda ousa exigir pedidos de desculpas ao PT, pelas críticas que esse partido teria feito à privataria tucana. Muito corajoso o rapaz: além das substantivas diferenças conceituais e práticas, temos ainda os efeitos da privataria tucana relatada em livro de Amaury Ribeiro Jr.
Ele, sim, deve pedidos de desculpas ao Brasil ao traficar informações mentirosas acerca do “choque de gestão” ou do “déficit zero”, agora desmentidos pelo Movimento Minas Sem Censura: um “papagaio” de 73 bi foi escondido do eleitorado mineiro nas eleições de 2010.
É verdade que as concessões são uma forma de privatização.

É mentira que a Infraero fosse “estatal” como o são as Forças Armadas.

Controle acionário governamental de uma empresa pública, com personalidade jurídica de direito privado, autonomia administrativa e financeira, não a faz “estatal”, no sentido clássico.

A Infraero, há décadas, licitava amplamente serviços e obras junto ao setor privado. Ou seja, a apropriação dos excedentes econômicos gerados pelos aeroportos já era, majoritariamente, privada. O que muda é a forma de apropriação. Isso faz diferença.
Tanto que Aécio, divertindo-se com sua própria indigência intelectual, acha engraçado o PT disputar quem “privatiza” melhor.

Certamente, ele explodiu em gargalhadas quando soube que seu amigo Roger Agnelli, ex-presidente da Vale, contratou 2,5 bilhões de dólares em navios na China que, até agora, nem sequer podem entrar... na China.

Agnelli criou empregos nos estaleiros chineses, em desfavor dos estaleiros nacionais. Muito engraçado. Ah, Ah, Ah.
Aí está a diferença: a Vale, vendida pelo preço da concessão do aeroporto de Brasília, faz negócios da China, para a China.

 Ah, e a Vale não volta para o controle acionário do estado ao término da concessão, porque não houve concessão.

 Foi vendida, definitivamente, fraudulentamente, a preço de banana. Eis a diferença imperceptível ao nosso aprendiz de comediante do CQC.
Samuel Beckett disse certa vez: “Tenta. Fracassa. Não importa. Tenta outra vez. Fracassa de novo. Fracassa melhor”.

Sem moedas podres, sem venda de pistas, de banheiros, de radares, de computadores, de detectores de metais, de hangares, de salas de desembarque e embarque etc, os aeroportos foram concedidos à administração privada, mas com forte controle governamental.

Se a presidenta Dilma errou, “errou melhor” que FHC. Menos pior para os cofres públicos.

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