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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Dedicado ao ex, prefeito? Mourão da UDN/PSDB de governador Valadares, sobre suas besteiras publicadas a respeito da dívida pública brasileira no Diário da UDN.


  O Ex, prefeito? Mourão e suas besteiras no Diário da UDN.

O ex, prefeito? De Governador Valadares MG da UDN/PSDB, José Bonifácio Mourão,  deu uma de economista de botequim e deu pitaco sobre a dívida pública brasileira. Falando um monte de bobagens, para os nécios leitores do PIG local.



Alguns idiotas acreditaram nos pitacos dele. Como sempre o pessoal da classe mérdia. Os urubólogos. Que acreditam que esta coisa aí abaixo é um jornal que não faz reporcagens  que possam desgastar o governo Dilma/Lula.




Este Jornal? Foi criado nos anos 60, por um grupo de oligarcas de mierda, (como diria Evita) para contrapor-se ao grande jornal do jornalista Carlos Olavo “ O Combate”.



Oh Deus como eu sofro! Pessoas me citam este jornal, que publicou um artigo sobre a dívida  pública brasileira , escrita por quem não entende porra nenhuma de economia, dívida pública e macro economia.



Não é à toa que este senhor da UDN/PSDB deixou um rombo(garfada mesmo) de 2 milhões na prefeitura de governador Valadares MG.

O processo corre sobre segredo de justiça. Vá lá saber o por que?



Portanto meus amigos jornalistas, professores, membros da classe média, leitores do PIG e quetais me poupem.



Vão se informar, Oh raios! Deixem o PIG de lado. Meu cachorro não aceita na casinha dele nenhum destes jornalões e nem o jornaleco aqui da cidade, o órgão oficial de informação da UDN/PSDB, o Díário da UDN.




De Correio Braziliense



A dívida líquida do setor público chegou a R$ 1,492 trilhão, em maio, segundo dados do Banco Central (BC), divulgados nesta sexta-feira (29/6). Esse saldo corresponde a 35% de tudo o que o país produz - Produto Interno Bruto (PIB), o menor nível da série do BC iniciada em 2001.

 Em relação ao mês anterior, houve redução de 0,7 ponto percentual. Esse resultado ficou pouco acima da previsão do BC para o mês, que era 34,8% do PIB.

Essa queda na dívida líquida é explicada, principalmente, pela alta do dólar. Isso ocorre porque o país é credor em dólar, ou seja, as reservas internacionais e outros ativos são maiores do que a dívida externa.

Outro indicador fiscal divulgado pelo BC é a dívida bruta do Governo Geral (governos federal, estaduais e municipais), muito utilizado para fazer comparações com outros países.

 No caso da dívida bruta, em que não são considerados esses ativos em moeda estrangeira, mas apenas os passivos, a relação com o PIB é maior: em maio ficou em 56,9%, um pouco acima da projeção do BC (56,7%).

No período, a dívida bruta chegou a R$ 2,425 trilhões.

Parte superior do formulário

A oposição do PSDB/UDN tentou o golpe branco contra Lula em 2005. NãO TIVERAM APOIO DO vIce nem culhões para enfrentar o povo nas ruas.


A gênese é a UDN. UDN lembra golpe.



Numa manhã de 2005, no auge da crise do mensalão, o então vice-presidente, José Alencar, chegou contrariado ao seu gabinete. Ele estava irritado e repetiu algumas vezes que iria combater veementemente se quisessem tirar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva do cargo.

Quem conta isso é um amigo de Alencar, que disse ter presenciado a explosão daquele dia. "Ele deu a entender que tinha sido procurado por gente da oposição e também por gente de outros setores e que não aceitaria, que não entraria numa dessa e que combateria qualquer iniciativa de apear o Lula da Presidência", disse ao Valor esse interlocutor de Alencar que pediu para não ter seu nome citado.As informações são do jornal Valor Econômico

A frase que o então vice-presidente (morto em 2011) usou naquele momento e que ficou na memória do amigo foi: "Tem gente da oposição e também mais gente querendo tirar o Lula". Quem ouviu isso naquela hora ficou com a sensação de que Alencar se referia aos partidos de oposição e a pessoas da área empresarial, lembra o amigo.

O episódio envolvendo Alencar foi relatado esta semana em um artigo escrito pelo ex-ministro de Lula e atual governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT). O texto foi veiculado pela agência "Carta Maior" sob o título "Um golpe de novo tipo contra Lugo". Genro fala do que chama de "uma conspiração de direita" que votou na semana passada pelo impeachment do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, e que, segundo o petista, deu um novo tipo de golpe de Estado, "pelas vias legais".

O governador compara a situação de Lugo com as pressões sofridas por Lula durante a crise do mensalão - o esquema de compra de votos de parlamentares que abalou o primeiro mandato do então presidente. E escreve que se tivesse isolado, Lula certamente teria sido afastado em meio ao uso político do mensalão.

E prossegue: "Acresce-se que aqui no Brasil - sei isso por ciência própria pois me foi contado pelo próprio José Alencar - o nosso vice-presidente falecido foi procurado pelos golpistas "por dentro da lei" e lhes rejeitou duramente."

A sensatez está à esquerda.





A SENSATEZ ESTÁ À ESQUERDA

A escassa disponibilidade de tempo, lógica e bom senso para evitar o pior levou Paul Krugman, um moderado, ao ponto de apelar para o instrumento de um manifesto global de economistas, no qual adverte:


 "Como resultado de suas ideias erradas, muitos políticos ocidentais estão impondo sofrimento em massa aos seus povos.


 Mas as ideias que eles defendem para lidar com as recessões foram rechaçadas por quase todos os economistas depois dos desastres de 1930.


É trágico..."




O gesto de Krugman indica que não há mais tempo , nem espaço, para qualquer solenidade na crise. Nesse momento, a Espanha --secundada pela Itália-- implora, esse é o termo, aos gerentes do euro,em Bruxelas, por uma linha de recursos para salvar seus bancos, sem que isso signifique o funeral do Estado, imolado em endividamento insustentável.


A lógica da ortodoxia que alimenta a grande de depressão do século XXI, retruca seu mantra: 'Se os bancos necessitam socorro, a sociedade pagará por eles'. Será longa e áspera a noite do século XXI, avisam autoridades do centro à periferia.


 A crise se espalhou. Sombras ofuscam a China, invadem o Brasil.


 Dos Brics ricocheteiam de volta à UE, sangrando empregos e exportações.


Onde está a sensatez? A sensatez está à esquerda, expressa, por exemplo, no enunciado simples e reto do Syriza -- 'Se não crescermos, não pagaremos".


 Mas a sensatez é demonizada pelo terrorismo ortodoxo, o mesmo que levou à vitória dos yes men em 17 de junho,na Grécia.


No dia seguinte, lá estavam os mercados usando a conquista de Atenas para devorar Madrid, até o osso; condição na qual Rajoy se apresenta agora aos pés de Bruxelas.


 O descarnado suplicando ao açougueiro, que chance ele tem?


(Carta Maior; 6ª feira/29/06/2012)


Governo da Dilmais se precavem da crise europeia. Que sorte o Brasil ter se livrado do Cerra.






 
Quarta-feira, 27 de junho de 2012





Os efeitos da crise europeia estão se espalhando pelo mundo todo, esfriando a economia e cortando empregos em países como a Espanha. Para evitar que os problemas internacionais atinjam o Brasil, a presidenta Dilma Rousseff anunciou uma série de medidas para aumentar os investimentos na produção e manter a criação de empregos no Brasil – que ainda gera muitos postos de trabalho.

O programa foi batizado de PAC Equipamentos. Além de estimular a economia, com o aumento da participação do governo nas compras e queda na taxa de juros, a iniciativa vai combater a seca e beneficiar escolas por meio da compra de ônibus e mobiliários.

A primeira medida é o aumento de R$ 6,6 bilhões nas compras governamentais já em 2012. No total, serão R$ 8,4 bilhões gastos no PAC Equipamentos. Assim, as empresas brasileiras podem investir porque terão mais um mercado para sua produção. O governo vai dar preferência a quem produzir no Brasil na hora de fazer a licitação de compras oficiais.

A segunda iniciativa foi baixar de 6% para 5,5% ao ano a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), usada para empréstimos às empresas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com isso, as empresas brasileiras terão crédito ainda mais barato para investir e tirar do papel seus projetos.

Vitória do meio ambiente – Na semana passada outra conquista brasileira foi comemorada pela presidenta Dilma Rousseff. O documento final na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, foi elogiado pela secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton. Segundo ela, a liderança brasileira permitiu que todos os países se reunissem para debater questões essenciais para todo o mundo.

“Esse documento é um ponto de partida, não de chegada. Não significa que os países não possam ter sua própria política. É um documento sobre o meio ambiente, desenvolvimento sustentável, biodiversidade, erradicação da pobreza. É necessário ter um ponto de partida. O que nós temos de exigir é que, a partir daí, as nações avancem”, afirmou a presidenta Dilma.

Saiba mais:

Dilma: Rio+20 é um ponto de partida

Dilma anuncia medidas para aumentar investimentos



OU SEJA, ENQUANTO OS URUBUS DO PIG PREGAM O CAOS O GOVERNO DILMA TRATA DE FORTALECER O MERCADO INTERNO  MANTENDO E CRIANDO EMPREGOS. ISTO NOS LEVA A PENSAR: COMO O BRASIL SE LIVROU DA DESGRAÇA,  AO LIVRAR-SE DO PADIM PADE SERRA E DA UDN/PSDB/DEMO.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

TERROR DO NORDESTE: Eduardo Campos é traíra na eleição da prefeitura de Recife. Qualquer semelhança com M. Erda do PSB de BH não é mera coicidência..

Marcio Lacerda. PSB, começa com M termina com Erda. Fez uma limpa nos petistas da prefeitura de Bh.

O PT mineiro ou junta os cacos ou junta-se com traíras. O PT mineiro faz uma sociedade Karaku, onde o PSB entra com a 1a parte, a exemplo de do PSB do recife.

Eduardo Campos é um traidor:








Agamenon Magalhães, ex-governador de Pernambuco, ex-Ministro da Justiça de Getúlio Vargas, dizia que “numa eleição, feio é perder”.

 
 
Eu não acho concordo, no meu entender, pior que perder uma eleição é ser traído antes, durante ou depois dela.


 
O PT foi traído sem dó nem piedade por Eduardo Campos.


Eduardo Campos, dia desses, a pretexto de unificar a Frente Popular de Pernambuco, lançou, por debaixo dos panos, o deputado Maurício Rands para concorrer com o prefeito João da Costa nas prévias do PT.


Como sabido, João da Costa ganhou as prévias do PT em vista às eleições da Prefeitura do Recife.
 
 
Por conta de irregularidades no correr da prévia, a eleição foi anulada, Rands renunciou à candidatura e foi imposto, pelo Diretório Nacional do PT, o nome do senador Humberto Costa, o grande caçador/caçador de bandido tipo Demóstenes Torres.Pela lógica eduardiana, e pelo bom senso o PSB apoiaria Humberto Costa, já que Humberto e Maurício Rands são da mesma corrente política.



Após o nome de Humberto Costa ser aprovado pelo DN do PT, Eduardo, sem mais nem menos, ao invés de abraçar a candidatura Humberto, começou a dizer que a candidatura do senador não era automática, que era preciso unir os partidos da Frente Popular.Papo furado.Eduardo queria a união, desde que o candidato cabeça-de-chave fosse do PSB, até porque, atualmente, o vice-prefeito é filiado ao PSB.
 
 
Eis que, quase uma mês após o lançamento de Humberto Costa, Eduardo Campos tira do colete um candidato de sua estrita confiança, o técnico Geraldo Júlio, e lança a sua candidatura para concorrer à eleição de Outubro.Pronto! A tal unidade foi alcançada! A serviço dea Eduardo, claro! Para se ter uma ideia o PSB vai se coligar com mais de 17 partidos políticos, que vai do PSD ao PC do B.O PT ficou de fora da Frente Popular, tendo o apoio de pouquíssimos partidos-talvez uns quatro pequenos- na coligação petista.
 
 
Eduardo é tão maquiavélico que, com o único objetivo de derrotar o PT na eleição de Outubro, coligou-se com o PMDB de Pernambuco, de Jarbas Vasconcelos, seu maior desafeto político. Jarbas Vasconcelos, notório antipetista, está feliz da vida por ter se coligado com o PSB de Eduardo Campos.


 
O argumento de Eduardo é que, como o PT não se uniu internamente, não restou alternativa à Frente dita Popular senão fazer um chapão feita à sua imagem e semelhança. Balela! Todo mundo sabe que em todos partidos há divisão interna, isso não é exclusividade do PT.Na verdade, o objetivo maior de Eduardo é se cacifar para um eventual candidatura presidencial no ano de 2014, em disputa com Dilma ou Lula.



 
A bem da verdade, Eduardo Campos é um ingrato.Eduardo Campos só faz hoje um governo bem avaliado graças ao presidente Lula, que trouxe toda sorte de investimentos para o povo de Pernambuco, tais como a Refinaria Abreu e Lima, o Estaleiro Atlântico Sul, a HEMOBRAS, a montadora FIAT, deu início às obras da Transposição do Rio São Francisco e da Ferrovia Transnordestina, que há décadas estava parada.Graças também os investimento do governo Lula em educação, como as dezenas de escolas técnicas federais, as dezenas descentralização do Campus universitário.Eu queria que Eduardo tivesse sido governador de Pernambuco na época que FHC foi presidente.Jarbas Vasconcelos, eterno aliado do corno manso, que o diga.O velho Miguel Arraes, avô de Eduardo Campos, também.Como diz um velho arenista aqui de Pernambuco:quem governou Pernambuco de 2006 a 2010 foi Lula.Eduardo está colhendo no governo Dilma tudo que Lula deixou para este estado.

Eduardo Campos diz que Geraldo Júlio, seu candidato, vai colocar no Recife o "modelo Eduardo de administração".O modelo Eduardo de administração é transferir a gestão dos hospitais públicos para fundação privada, como fez com o IMIP, cujo secretário da Saúde de Eduardo é filho de um dos fundadores.O Estado de Pernambuco despeja todos meses milhões de reais nas contas da aludida fundação.O modelo Eduardo de administração é querer privatizar a COMPESA-Companhia Pernmambucana de Saneamento.Se ainda não privatizou é por conta da pressão popular.o modelo Eduardo de gestão é privatizar presídios.O modelo Eduardo de gestão é privatizar estradas estaduais.O PiG pernambucano adora esse formato de administração de Eduardo Campos.O povo do Recife não merece isso.


Em relação ao PT, só resta ao partido entregar os cargos que têm no governo Eduardo Campos, já que o PSB não é mais aliado do PT.O PSB agora é aliado do PMDB de Jarbas Vasconcelos.
 
 
 
Em relação à eleição, só vejo uma chance de o PT vencer a eleição de Outubro:lançar João Paulo a prefeito do Recife.É muito difícil Humberto Costa derrotar o rolo compressor armado por Eduardo Campos.Nem a presença de Lula exclusivamente no palanque do PT, conforme tem dito Rui Falcão, garantirá a vitória de Humberto.

Esquerda X direita.Hélio Doyle: E a velha, antiga luta continua…


O Estado do Vaticano sede da ICAR.


Eles sempre são lembrados, quando há um golpe de direita.


Hélio Doyle: E a velha, antiga luta continua…

A velha luta continua




Direita e esquerda continuam presentes no cenário político e ideológico, em todo o mundo. Prova disso é o golpe dado pela direita contra a esquerda no Paraguai. Em resumo, foi isso que aconteceu: dentro da lei e da formalidade jurídica, a direita paraguaia, que domina o Congresso, derrotou a esquerda paraguaia, que havia elegido o presidente da República. Em termos mais amplos, a direita sul-americana infligiu uma derrota à esquerda do continente.

 Agora, nas políticas internas e externas da América do Sul, a luta continua entre direita e esquerda.
A direita e a esquerda se subdividem em diversas correntes, algumas mais extremadas, outras mais moderadas, há uma centro-direita como há uma centro-esquerda, e muitas vezes a direita assume políticas de esquerda e vice-versa. Mas isso não acaba com a essência da divisão política e ideológica cujas denominações remontam à Revolução Francesa.
Direita e esquerda vêm travando batalhas de ideias e de armas ao longo dos anos.

Disputam eleições, dão golpes de estado, fazem revoluções, recorrem a ações armadas, digladiam-se em guerras civis.
Quando um lado ganha o poder, por eleições ou não, o outro cuida de derrotá-lo o mais rapidamente possível.

 E usa todas as armas, as literais, as políticas e as econômicas, de que dispõe. Há 52 anos os Estados Unidos e aliados internos fazem de tudo para derrubar o governo de Cuba e restaurar o poder da direita.
 Há 48 anos as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia lutam contra a direita que governa a Colômbia.
A direita leva uma boa vantagem nesta luta, em países governados por ela ou pela esquerda – em seus diversos matizes, com exceção de Cuba, onde houve uma revolução que hoje não se repetiria.

 A direita tem o poder econômico, praticamente detém o monopólio da imprensa, consegue ser maioria nos parlamentos graças às práticas clientelistas e à força do dinheiro e da mídia nos processos eleitorais, consegue, pelas ideias conservadoras, ter forte influência entre militares e religiosos.

 E ainda tem o apoio dos Estados Unidos e dos governos de direita da Europa.
Mesmo com todo esse aparato, ao qual se soma a presença histórica nos tribunais, e com a máquina pública trabalhando por ela, a direita vem perdendo eleições e assim presidentes de esquerda ganham alguns governos.

 A questão é que ganham o governo, mas não o poder, que continua nas mãos dos que têm o capital e controlam a economia, a imprensa e instituições consolidadas no domínio da direita.

 Daí, ou a esquerda aceita moderar seus projetos e reduzir as contradições com o poder verdadeiro, o econômico, ou radicaliza o processo, o que só é viável com forte apoio popular e de pelo menos alguns segmentos das forças armadas.
A direita convive com a esquerda no governo enquanto não sente seus interesses ameaçados de fato ou não tem condições objetivas e subjetivas de derrotá-la.

 Tentou derrubar Hugo Chávez, da Venezuela, com um golpe militar apoiado pelos estadunidenses, mas não conseguiu, pois havia militares e forças populares apoiando o presidente.
Teve sucesso ao derrubar Manuel Zelaya, em Honduras, e Fernando Lugo, no Paraguai, com golpes baseados na institucionalidade criada por ela própria e não desmontada, legalmente, pelos dois ex-presidentes. Tenta derrubar Evo Morales, da Bolívia, com a mesma tática com que derrubou Salvador Allende, do Chile, em 1973.

Teria derrubado Lula, em 2005, se o presidente brasileiro não tivesse forte apoio popular e poder de reação. Preservou-o para derrotá-lo eleitoralmente em 2006, mas não deu certo.


Assim funciona a política, não a superficial do dia a dia parlamentar, mas a que busca o poder. Direita e esquerda não acabaram, ao contrário do que dizem ingênuos, desinformados e pretensos pensadores pretensamente modernos.
 Basta ver quem apoia o golpe no Paraguai: donos de terras (inclusive grileiros brasileiros), empresários do agronegócio, banqueiros, a Igreja Católica, políticos e militares conservadores, muitos deles colaboradores ativos do general Alfredo Stroessner.

Com o cada vez mais claro respaldo da embaixada estadunidense e da agência local da CIA.

Basta também ver quem apoia, no Brasil, o golpe no Paraguai: a direita raivosa e a moderada que, se pudessem, fariam a mesma coisa aqui, mesmo não tendo muito a reclamar.
O golpe “constitucional e legal” no Paraguai, porém, foi tão descarado que até países governados pela direita sul-americana, como Chile e Colômbia, sentem-se obrigados a adotar medidas que demonstrem sua reprovação e condenação.

 Até que ponto, ainda não se sabe.

Os outros sete presidentes de países latinos sul-americanos são de esquerda, mas a esquerda tem diversos matizes e cada um desses países tem uma realidade interna diferente. Também não se sabe ainda até que ponto vão na reação ao golpe paraguaio.


E a velha luta continua.







quarta-feira, 27 de junho de 2012

UDN o estandarte da hipocrisia.



Estandarte da hipocrisia

por Mauricio Dias, em CartaCapital

O senador Demóstenes Torres é uma figura mais emblemática do que ele próprio imagina. Essa derrocada que sofreu, após assumir o papel de guardião da moral pública, tem sido típica da oposição conservadora há mais de meio século.

Caso houvesse um lema na bandeira desses oposicionistas – sem dúvida representada pelo lábaro udenista  (foto)– ele seria composto de duas palavras: “Moralidade e Legalidade”, e poderia ser apelidado imediatamente de “Estandarte da Hipocrisia”.

Esse espírito da UDN, hipocritamente moralista e legalista, assombra a democracia brasileira desde a fundação, em abril de 1945. Na esteira da participação militar do País na Segunda Guerra Mundial, os udenistas encarnaram o papel de principal oposição ao Estado Novo. Muita gente, à esquerda e à direita, foi presa e sofreu no cárcere. Não se sabe, no entanto, de nenhum udenista preso ou torturado durante o regime varguista.

No DNA da UDN, além de uma ideologia que varia do conservadorismo ao reacionarismo golpista, consta também a célula de rejeição ao que de melhor fez o ex-presidente Getúlio Vargas. A construção das bases do moderno Estado Nacional e das regras de proteção aos trabalhadores.



Principalmente por essas decisões Vargas pagou com o suicídio, em 1954, quando o arauto da oposição era Carlos Lacerda. Ele segurou o estandarte da moralidade quando criou a expressão “Mar de Lama”, que supostamente corria sob o Palácio do Catete. Nada provado, mas perfeitamente executado e ampliado pelas trombetas da mídia.



Na eleição de 1950, Vargas deu uma surra eleitoral no udenista Eduardo Gomes, um brigadeiro identificado como reserva moral do País. Gomes já tinha perdido, em 1945, para o candidato Eurico Gaspar Dutra, apoiado por Getúlio. Em 1955, a UDN empurrou para o páreo o marechal Juarez Távora. Ele perdeu para Juscelino Kubitschek, que tinha como vice o getulista João Goulart.



A UDN tentou ganhar no tapetão. Renomadas figuras do partido, como Afonso Arinos, tentaram um golpe branco com o argumento, não previsto na legislação, de que JK não havia conquistado a maioria absoluta de votos. Não deu certo.



Em 1960, os udenistas ganharam a eleição presidencial na garupa da vassoura do tresloucado Jânio Quadros.



Ele renunciou após sete meses, mas levou a faixa presidencial na esperança de voltar ao poder com o apoio dos militares. Prevaleceu, no entanto, a resistência democrática, comandada por Leonel Brizola, então governador do Rio Grande do Sul.



A esquerda saiu fortalecida do episódio e com a bandeira da legalidade nas mãos.





O udenismo chegou ao poder em 1964. Dessa vez a reboque dos militares, com a deposição de João Goulart.



Por uma sucessão de erros políticos do presidente, e com uma parte da esquerda alimentando-se de fantasias revolucionárias, entregou de mão beijada aos golpistas o discurso da legalidade.



Era falsa.



A legalidade udenista abriu caminho para uma ditadura que durou 21 anos.





O mote da ética levou o espírito udenista, encarnado pelo ex-presidente Fernando Henrique, a propor o impeachment inicialmente e, posteriormente, a renúncia à reeleição ao ex-presidente Lula. Não levaram.





Os conservadores de agora, com o processo democrático fortalecido, sem o discurso da legalidade, acabam de perder a bandeira da moralidade sustentada pela hipocrisia de Demóstenes Torres.



Com que bandeira eles vão à luta eleitoral?


terça-feira, 26 de junho de 2012

1945, o maior naufrágio do mundo, e as loucuras da II Grande Guerra.

O Wilhelm Gustloff. 



No inverno de 1945, bem no final da 2ª Guerra Mundial, um navio alemão que transportava milhares civis refugiados da guerra, o Wilhelm Gustloff, foi afundando por um submarino soviético nas águas do Mar Báltico. Quase todos os que estavam a bordo pereceram afogados ou devido a hipotermia provocada pela baixíssima temperatura do mar. O número de vítimas foi tamanho – é tido como o maior naufrágio civil do mundo - que superou em muito as do transatlântico Titanic, cujo afundamento ocorreu em 1912, sem porém que provocasse a mesma comoção.

 

Fuga pelo Báltico 



“Matem! Matem!.. Usem a força e quebrem o orgulho racial dessas mulheres alemãs. Peguem-nas como legítimo botim. Avante como uma tempestade, galantes soldados do Exército Vermelho.”
Ilya Ehrenburg, jornalista soviético, 1945.


Numa daquelas noites prussianas gélidas do Norte europeu, em 30 janeiro de 1945, com o termômetro marcando 10° abaixo de zero, o ex-cruzeiro de luxo alemão M/S Wilhelm Gustloff, de 25 mil toneladas - desde 1940 transformado em hospital flutuante - , deslocava-se apinhadíssimo de gente pelo Mar Báltico.

 Projetado para levar duas mil pessoas, carregava naquele momento mais de nove mil, a maioria mulheres e crianças que fugiam da invasão russa. O Exército Vermelho vinha , por assim dizer, nos calcanhares deles, seguindo a mesma rota que os seus antepassados mongóis, no século 13, usaram para atingir o Ocidente.

 Os que escapavam eram civis alemães que até então moravam na Prússia Oriental e nos Estados Bálticos que, apavorados, fugiam pelo Golfo de Danzig da vingança dos soviéticos. Organizaram para eles uma espécie de solução de emergência, recolhendo-os dos portos do leste da Alemanha para que alcançassem, por mar, as áreas mais seguras do Ocidente. 

Os que iam a bordo não tinha a mínima idéia que seriam os protagonistas da maior tragédia marítima de todos os tempos, quase superior seis vezes as vitimas do transatlântico Titanic, naufrágio ocorrido 32 anos antes (1.517 mortos). 


                                    
O naufrágio


 O naufrágio do W. Gustloff, janeiro de 1945.

 
Quando haviam cumprido a metade do caminho, um pouco depois das 21 horas, três torpedos do submarino russo S-13 os atingiram. O Wilhelm Gustloff logo adernou. A multidão que se agarrava no convés começou a ser jogada na água.

Outros, apavorados, saltavam diretamente lá do alto. A gritaria no convés era acompanha de tiros dos que preferiam suicidar-se ou atirar nos familiares antes.

Os soldados feridos, imobilizados, despediam-se uns dos outros. Como distribuir os parcos botes salva-vidas para 9.343 passageiros, sendo que muitos deles estavam cobertos de gelo?

O SOS foi lançado e aos poucos começaram a chegar os auxílios. Os faróis dos barcos e das lanchas de socorro vararam a noite inteira em busca de sinais de vida, enquanto corpos, milhares deles, vagavam sem destino em meio aos blocos de gelo, boiando salpicados de neve.
Os que conseguiam ser resgatados estavam enregelados, as mãos azuladas e encarangadas e o olhar petrificado. Ao amanhecer as equipes de salvamento haviam retirado 1.239 náufragos ( outros reduzem-nos para 996) daquele horror.

 A situação só não foi pior porque eles estavam próximos ao litoral da Pomerânia, mesmo assim supõe-se que oito mil pereceram.


Os submarinos soviéticos continuaram por perto praticando a caça e, dez dias depois, afundaram o General von Steuben (3 mil mortos) e ainda, em 16 de abril de 1945, puseram a pique o Goya (cerca de 7 mil, a maioria soldados).

 Portanto, em matéria de matança de civis o M/S Wilhelm Gustloff, realmente empunhou a taça da desgraça.


Se bem que a operação de remoção do maior número possível de civis alemães orientais foi tida como um sucesso, pois conseguiram o translado de 2 milhões deles para fora da órbita soviética, a tragédia daquele barco de turismo adaptado para às pressas para a fuga, perdurou no tempo como um desastre que poderia ter sido evitado, não fosse o clima de revanche que embalava os soviéticos.

 Revanche que se estendeu para os maus tratos da grande parte da população civil do Leste da Alemanha, com ondas de estupros, pilhagens, saques, desordens, espancamentos e brutalização geral dos vencidos. 

Um roteiro de atrocidades



Na época dizia-se que era merecido. Que os alemães haviam se portado do mesmo modo quando adentraram na URSS em 1941.

 Quem começou a reverter esta opinião entre eles, foi Alexander Soljenitsine.

Cada vez mais furioso com o regime comunista, Soljenitsine que fez parte das tropas de ocupação – era oficial de artilharia - pessoalmente testemunhou as atrocidades que seus conterrâneos haviam cometido.

 Envergonhado, acabou por denunciar aqueles horrores num longo poema intitulado Prosskie Nochi (Noites Prussianas, 120 páginas, 1974), revelando à opinião pública da então URSS, o que de fato acontecera na Alemanha naqueles meses de conquista e ocupação, quando pelotões inteiros de soldados russos submetiam as alemãs, dos oito aos sessenta anos, a estupros coletivos, cortando o pescoço daquelas que resistiam ou se lhes opunham.

Ele acreditou que tudo aquilo decorreu, que deu-se tal roteiro de atrocidades, devido os comunistas “ terem afastado a Rússia de Deus”, retirando do soldado raso, dos Ivans que passaram a acampar na Alemanha, qualquer sentimento de piedade ou compaixão para com os derrotados.

Ao contrário, incitou-os aos barbarismos a pretexto de estarem lutando contra o decadente mundo burguês em sua forma fascista.