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sexta-feira, 29 de junho de 2012

A sensatez está à esquerda.





A SENSATEZ ESTÁ À ESQUERDA

A escassa disponibilidade de tempo, lógica e bom senso para evitar o pior levou Paul Krugman, um moderado, ao ponto de apelar para o instrumento de um manifesto global de economistas, no qual adverte:


 "Como resultado de suas ideias erradas, muitos políticos ocidentais estão impondo sofrimento em massa aos seus povos.


 Mas as ideias que eles defendem para lidar com as recessões foram rechaçadas por quase todos os economistas depois dos desastres de 1930.


É trágico..."




O gesto de Krugman indica que não há mais tempo , nem espaço, para qualquer solenidade na crise. Nesse momento, a Espanha --secundada pela Itália-- implora, esse é o termo, aos gerentes do euro,em Bruxelas, por uma linha de recursos para salvar seus bancos, sem que isso signifique o funeral do Estado, imolado em endividamento insustentável.


A lógica da ortodoxia que alimenta a grande de depressão do século XXI, retruca seu mantra: 'Se os bancos necessitam socorro, a sociedade pagará por eles'. Será longa e áspera a noite do século XXI, avisam autoridades do centro à periferia.


 A crise se espalhou. Sombras ofuscam a China, invadem o Brasil.


 Dos Brics ricocheteiam de volta à UE, sangrando empregos e exportações.


Onde está a sensatez? A sensatez está à esquerda, expressa, por exemplo, no enunciado simples e reto do Syriza -- 'Se não crescermos, não pagaremos".


 Mas a sensatez é demonizada pelo terrorismo ortodoxo, o mesmo que levou à vitória dos yes men em 17 de junho,na Grécia.


No dia seguinte, lá estavam os mercados usando a conquista de Atenas para devorar Madrid, até o osso; condição na qual Rajoy se apresenta agora aos pés de Bruxelas.


 O descarnado suplicando ao açougueiro, que chance ele tem?


(Carta Maior; 6ª feira/29/06/2012)


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