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domingo, 29 de abril de 2012

UDN, HIPOCRISIA,HIPOCRISIA E HIPOCRISIA.

SE ELES SUBIREM  RAMPA, ENTREGAM DE PORTEIRA FECHADA AOS USA. 


DE MAIO: A GÊNESE DO PELEGUISMO 


"Cada patrão mandou dez funcionários para cá. A gente tem que ficar até o fim [do evento] e levar o comprovante de que veio, para não descontar o dia de trabalho" .

 A confidência foi feita por um dos participantes do primeiro congresso do "núcleo sindical" do PSDB, realizado em São Paulo, na última sexta-feira, conforme relato da Folha (28-04). Uma espécie de avant-première do 1º de Maio, o encontro liberou caciques tucanos para o feriadão prolongado com a consciência do dever cumprido. 

A lotação proletária foi assegurada pelo engajamento natural das bases: donos de construtoras e empreiteiras que prestam serviços ao Estado convocaram seus trabalhadores à luta, com direito a sanduíche de queijo, suco, biscoito e maçã. Mediante comprovante de comparecimento, a militância teria o dia abonado trocando o saco de cimento pela faiscante oratória tucana. 

Cada empresa foi convocada a encaminhar pelos menos dez operários ao meeting. Serra nem gaguejou ao afirmar aos presentes que a relação do PSDB com sindicatos 'não é novidade'; em seguida, pediu apoio à candidatura a prefeito de SP. 

"Temos nossa primeira tarefa: mobilizar nossos sindicalistas para a campanha eleitoral deste ano", disse o ex-governador com indisfarçável mal humor diante do rival Aécio Neves (leia mais aqui : 'Por que Serra está nervoso?'). Alckmin foi de longe o mais combativo; sapecou um 'companheiros e companheiras' na saudação e arrematou com a frase cuja autenticidade sintetiza a de todo o evento: 

"O PSDB é um partido que dá prevalência ao trabalho sobre o capital".


(Carta Maior; Domingo/29/04/201


sábado, 28 de abril de 2012

ATENTADO À LIBERDADE DE IMPRENSA!

COM INFORMAÇÕES DO AZENHA E DO SÍTIO DO BRIZOLA NETO






Qualquer jornalista sabe a diferença entre receber informações de um bicheiro sobre algum caso e a de, sistematicamente, receber dele material clandestino que incrimine os policiais que lhe criem problemas. Sobretudo, durante anos e sem qualquer menção à luta de submundo que se desenvolvia nestes casos.


No primeiro caso, é jornalismo. É busca da informação e sua apresentação no contexto em que ela se insere.


No segundo, é cumplicidade. É uma associação para delinquir, criminal e jornalisticamente.


No crime, porque viola, de forma deliberada, direitos e garantias constitucionais. No caso Murdoch, o escândalo foi seu jornal ter grampeado telefones por razões políticas. Neste, o de ter utilizado por anos gravações clandestinas fornecidas por um terceiro, um contraventor.

Sob o ponto de vista jornalístico, a pergunta é: se o “grampeador” de Murdoch tivesse trabalhado de graça, o seu jornal, News of the World, teria menos culpa?

Cachoeira trabalhou “de graça” para a revista, mas a revista sabia perfeitamente de seus lucrativos interesses em fornecer-lhe “o material”.

Seria o mesmo que o repórter de polícia, durante anos, saber que a fonte das informações que recebia as transmitia por estar interessado em “tomar” outros pontos de bicho e ampliar seu império zoológico.



É irrelevante se o repórter fazia isso por dinheiro ou por prestígio.



Repórter que agia assim, no meu tempo, chamava-se “cachorrinho”. E tinha o desprezo da redação.



Não se ofenda a profissão confundindo as duas coisas e nem se diga que o sr. Policarpo é mero repórter. É alguém, que pelo seu cargo, tem relações diretas com a administração empresarial da revista.



Não tem sentido falar em “preservação de fontes jornalísticas” quando a fonte e o relacionamento entre ela e um editor – não um simples e inexperiente repórter – já são objeto de registro policial devidamente autorizado pela Justiça.



Sobre o que Veja e Cachoeira conversavam está no processo, não há sigilo a se quebrado aí.



O que se quer saber é como e porque Veja e Cachoeira viveram esta longa relação mútua e que benefícios para uma e outro advieram dela.



Por isso, o senhor Policarpo Júnior deve prestar, como testemunha, declarações à CPI.



Poderá alegar preservação de fontes quando for perguntado se a direção da editora sabia a origem do material que publicava?

Não parece que isso seja sigilo profissional, do contrário Murdoch escaparia ileso.



As gravações hoje pelo jornalista Luis Carlos Azenha,no Viomundo, reveladas a partir dos documentos publicados pelo Brasil 247, são uma pá de cal no tal segredo de justiça que, todos estão vendo, não existe mais.







Dois bandidos assumem que dirigiam as publicações de “escândalos” na Veja.


E isso é um escândalo, que não pode ficar oculto.


Ocultar fatos, sim, é que é um atentado à liberdade de imprensa.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

O BRASIL JÁ É O 3o MAIOR CREDOR DOS ESTADOS UNIDOS. PIG SE CALA.!

ELE NÃO SALVA NINGUÉM!

O ARTIGO É DE MAURO SANTAYANA


BRASIL JÁ É O TERCEIRO MAIOR CREDOR DOS ESTADOS UNIDOS





Até agora, ninguém deu a notícia.
Com 372 bilhões de dólares em reservas internacionais, o Brasil acaba de se converter, aplicando mais da metade delas em “treasuries”, no terceiro maior credor individual externo dos Estados Unidos, como pode ser visto na própria página oficial do tesouro norte-americano, cujo link publico abaixo.
O acúmulo de reservas internacionais, cujo custo de carregamento tem caído em linha com a redução da taxa SELIC, serve para valorizar o dólar com relação ao real, favorecendo nossas exportações,e é, sobretudo, uma arma geopolítica, que mantêm em situação positiva a imagem do Brasil frente às agências internacionais de classificação de risco e em uma posição de força em organismos como o G-20, o Banco Mundial e o FMI.



Conheço empresários brasileiros de linha mais desenvolvimentista, no entanto, que pensam que a política de acúmulo de dólares poderia ser complementada com a emissão de moeda, no mercado interno, destinada a investimentos diretos do governo na área de infraestrutura, por exemplo.
Tal medida, com uma pequena expansão administrável da inflação, derrubaria o valor do real frente ao dólar, favorecendo as exportações, injetaria dinheiro em todos os níveis da economia produtiva, e criaria milhões de empregos.





CARTA ABERTA A AÉCIO NEVER.

AÉCIO: CORAGEM DE BLEFAR!
P.S.: TÍTULO, FOTOS SÃO GRIFOS DO BLOG.

Ney Carvalho

TENDÊNCIAS/DEBATES


Carta aberta a Aécio Neves


Senador, que prazer ver o senhor e o PSDB defendendo as privatizações. Mas por que vocês não vendem logo Cemig, Sabesp e Sanepar também?


Prezado senador Aécio,



Foi com prazer que li o seu artigo "Coragem", publicado nesta Folha no dia 23 de abril. Ele traz merecidos elogios à privatização das telecomunicações no governo FHC.


Percebo que o senhor, assim como os seus colegas tucanos, animou-se ao ver os adversários petistas aderirem a métodos de gestão que antes combatiam.


Entretanto, o senhor e os outros tucanos devem à opinião pública uma descida do largo muro ideológico em que se abrigam. Vocês são, afinal, a favor de maior privatização na economia brasileira ou não?


Se as "restrições ideológicas à privatização são, hoje, página virada na história do país", por que os governadores tucanos resistem em privatizar as empresas estatais de Minas Gerais, São Paulo e Paraná?


Veja que coincidência: seus companheiros Antônio Anastasia, Geraldo Alckmin e Beto Richa controlam as maiores companhias estatais estaduais de capital aberto do país.


Minas tem a Cemig (energia elétrica) e a Copasa (saneamento), duas megacompanhias. Alckmin comanda as análogas Cesp e a Sabesp, ambas com patrimônio líquido de cerca de R$ 10 bilhões. Nos mesmos setores, Richa tem a Copel e a Sanepar.

Essas seis empresas são negócios maduros, consolidados, adultos, que não mais demandam a proteção de ventre, os cuidados maternos.
Onde está "a coragem para fazer o que precisa ser feito", alegada pelo senhor no seu texto?

Tais empresas já têm ações negociadas em Bolsa. Mas existem profundas incompatibilidades na existência de companhias ao mesmo tempo estatais e com capital aberto.

Empresas privadas têm como objetivo maximizar os lucros de seus acionistas. O alvo maior de companhias públicas é exercer metas governamentais.
 Isso cria incongruências. Há exemplos bem atuais disso.

A Petrobras é um. Importa derivados a preços mais caros do que os revende no país. Outro exemplo: bancos públicos usados para forçar a baixa dos "spreads".

Essas atitudes obedecem a políticas de governo, não ao interesse dos acionistas.

Mas não se preocupe, senador. O saneamento dos lares não ficaria à mercê de ganhos exagerados. Uma sólida regulação cuidaria do tema.

Não esqueça também que a busca do lucro e a competição são as molas da eficiência, como se verifica no setor de telecomunicações, tão bem enfatizada pelo senhor.

Senador, está mais do que na hora de o PSDB oferecer ao Brasil um segundo salto de modernização da economia, tanto quanto fez com as privatizações dos anos 1990.

E veja o senhor que, naquela época, por causa da fraqueza do mercado de ações brasileiro, não foi possível dispersar o capital das empresas privatizadas. O mesmo não se pode dizer dos dias de hoje.

A Bolsa está pujante como, o senhor me perdoe a citação, "nunca antes na história deste país".

Os sucessos alcançados nos 1990 com a siderurgia, os bancos estaduais, a Vale e as telecomunicações podem ser multiplicados, alterando visceralmente a feição do saneamento básico no país pela criação de megaempresas nacionais de capital aberto, competitivas e não monopolistas.

Basta que o senhor e os seus colegas governadores do PSDB transformem as poderosas estatais que comandam em autênticas "corporations", vendendo-as ao público investidor.

 O controle pode ser difuso, como é o da Embraer.

Por sua influência e posição, senador, o senhor deveria liderar naturalmente tal processo.
 
NEY CARVALHO, 71, historiador, é autor de "A Guerra das Privatizações" (Editora de Cultura) e de "O Encilhamento: Anat
omia de uma Bolha Brasileira" (CNB/Bovespa)


POR QUE O PADIM CERRA, ANDA TÃO NERVOSO?

O EX CANDIDATO A SANTARRÃO, PADIM PADE CERRA. 

DA SÉRIE: POR QUE SERRA ESTÁ NERVOSO?

Algumas hipóteses pinçadas das páginas dos jornais esta semana:

 I) a política social do ciclo Lula reduziu à metade a mortalidade infantil no país na década passada, informa o Censo de 2010 do IBGE. No Nordeste a taxa caiu 58,6% entre 2000 e 2010.

 II) o governo Dilma acionou os bancos estatais e emparedou a banca privada entre a concorrência e a execração pública: os juros estão em queda sem que a inflação escape ao controle. 

III) No primeiro trimestre, as cartas consultas para financiar investimentos industriais junto ao BNDES cresceram 37% em comparação com janeiro/março de 2011 . 

IV) Um governo de coalizão entre bicheiro e tucanos foi flagrado em Goiás pela operação 'Monte Carlo', da PF. Carlinhos Cachoeira, em escuta da PF: "nós pusemos ele" (Perillo, fiel aliado de Serra no PSDB)" lá" (no Palácio das Esmeraldas).

 V) Sob a administração Kassab aumentou em 6% o número de moradores de rua em SP: de 13.66, em 2009, para 14.458, em 2011.


VI) Faltam professores em 32% da rede estadual de ensino em SP, administrado há 17 anos pelo PSDB. 

VII) Serra, 70 anos, em tom jovial: 'Modéstia à parte, sempre fomos muito inovadores'. Por exemplo: ao assumir o governo do Estado em 2006, o tucano ' inovou' nos serviços de desassoreamento do rio Tietê, interrompendo-os por quatro anos seguidos.
 A 'inovação' pôs a perder R$ 1,7 bi em gastos realizados com a limpeza do rio durante os quatro anos anteriores.

 Hoje a meta do Estado é recuperar a vazão do Tietê existente antes de Serra assumir o governo, período em que 3 milhões de m³ de detritos se acumularam no leito do rio.

 O espírito inovador agravou a frequência e a gravidade das inundações na capital, cuja prefeitura Serra agora vai disputar.

 Em setembro de 2009, por exemplo, mesmo fora da temporada de chuvas, uma tempestade naufragou São Paulo.

Desde então, a cada verão o rio transborda. No ano passado, ao final de fevereiro, o Tietê já havia transbordado três vezes, o que levou o governo Alckmin a tomar a decisão de voltar a investir em obras de desassoreamento para recuperar uma vazão de 1.048 m³ por segundo.

A mesma capacidade de sete anos atrás, quando Serra 'inovou'.

(Carta Maior; 6ª feira/27/04/2012)



NEOLIBERALISMO TEM CHEIRO DE MOFO. GUIDIN É O PROFESSOR GUIDINHO!

EUGÊNIO GUIDIN: ESTE NOVO LIBERAL ERA MOFADO DE VELHO E MENTIROSO, DIZIA QUE SÓ TOMAVA VINHO, O QUE SE FOSSE VERDADE, NÃO TERIA NOS DADO O DESPRAZER DE SUA COMPANHIA ATÉ AOS 102 ANOS. A MAIOR MENTIRA E QUE DEMONSTRA QUE ELE JÁ ERA VELHO ASSIM EM 1953, ERA DE QUE O BRASIL SÓ SERVIA PARA CARPIR CAFÉ, E ESTA NOTINHA NO "O GLOBO" DIZENDO O QUE ELE TERIA DITO SOBRE O 13o SALÁRIO.. ELE É DESDENHADAMENTE DENOMINADO POR PHA OU PELA GEÓRGIA, COMO PROFESSOR GUIDINHO, DADO À SUA INTENÇÃO DE TRANSFORMAR O BRASIL NUMA "HACIENDA" DOS U.SA. COMO NÃO PODERIA SER UMA EXCESSÃO DOS VIRA-LATAS, ELE ERA UDENISTA!(GRIFO MEU PTREMDAS13E13)
A UDN É ISTO AÍ, ESTA TCHURMA DA OPOSIÇÃO, DA IMPRENSA  CORRUPTA, GOLPISTA, ENFIM , O PSDBDEM, PCPFL,  



Uma notinha, na seção “Há 50 anos” do jornal O Globo, que não escapou ao ao olhar atentíssimo do amigo Ápio Gomes, mostra com,o não há nada de novo na cantilena de que os direitos sociais dos trabalhadores inviabilizam a competitividade das empresas brasileiras.

Há 50 anos, portanto, o Congresso aprovava e o presidente trabalhista João Goulart sancionava um benefício que se incorporou á vida brasileira e não provocou nenhum “desastre” como previa Eugênio Gudin, então a fina flor do reacionarismo econômico de então.

Como os que arranjaram a cobertura dos militares para derrubar Jango do Ministério do Trabalho, em 1953, por defender a elevação do salário mínimo, esta gente acha, há muito mais do que 50 anos, que o problema da economia é mesmo o trabalhador.

Se bobear, até a Princesa Isabel entra na lista dos “populistas”.

GRIFO MEU PTREMDAS13E13: E DEPOIS ELES NÃO ENTENDEM POR QUE O NUNCA DANTES E A JK DE SAIAS DÃO DE 10 X 0 NA UDN , NA IMPRENSALONA E NOS GOLPISTAS.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

JUROS! TEM DÚVIDA? DEIXA DE SER BURRO!

 
À SUA DIREITA UMA SENHORA QUE PEITOU BANQUEIROS, À SUA ESQUERDA, UMA MULHER QUE DEFENDEU BANQUEIROS, QUE FELIZMENTE, PERDEU! 


Os bancos e o conto da inadimplência dos clientes


Demonstrativos de resultados ainda são as ferramentas mais confiáveis para avaliar a saúde financeira de uma empresa. Mas qualquer alfabetizado nas artes contábeis sabe que os números são letras, balanços são histórias – e histórias estão sujeitas à vontade de quem as escreve e à interpretação de quem as lê.

Por André Siqueira, na CartaCapital


É a partir desta perspectiva que vale a pena observar os resultados apresentados pelos maiores bancos privados brasileiros – Itaú e Bradesco – no primeiro trimestre do ano.

O vilão da vez responde pelo nome de inadimplência. Coincidentemente (ou não, como veremos a seguir), a onda de preocupação com os calotes surgiu justamente quando o governo tenta atrair as atenções para o elevadíssimo spread bancário – diferença entre o custo do dinheiro para as instituições financeiras e a taxa cobrada por elas ao emprestá-lo aos seus clientes.


 Em nome dos calotes, as ações dos bancos brasileiros teriam sido duramente castigadas no pregão de quarta-feira 25 da Bovespa. 

A queda, no caso do Itaú, foi de quase 6% – perto de 7 bilhões de reais em perda de valor de mercado.

Ninguém nega que houve aumentos nos atrasos nos pagamentos nos últimos meses, mas o patamar atual está longe de ser historicamente preocupante. 


O Itaú, por exemplo, registrou alta de 0,2 ponto percentual entre o último trimestre do ano passado e o primeiro deste ano. O que provocou a queda de 2,96% no lucro do banco nos três primeiros trimestres do ano – o ganho líquido fechou em “meros” 3,43 bilhões de reais – foi a decisão tomada pela administração de elevar substancialmente as provisões para a cobertura de créditos de difícil recuperação.

A cada trimestre, as instituições financeiras abrem mão de parte de seu lucro para se garantir frente às possíveis perdas provocadas por clientes que não pagam suas dívidas. Trata-se de um sinal que o banco emite para os acionistas sobre a saúde de seu negócio. 

O Bradesco também ampliou essa reserva no primeiro trimestre, e por isso seu lucro cresceu “apenas” 3,4%, para 2,80 bilhões de reais. O percentual de dívidas vencidas há mais de 90 dias subiu de 3,6% para 3,9% de dezembro a março, ou seja, 0,3 pontos percentuais. Já a provisão foi elevada em 20%.

Ou seja, apontar a inadimplência como causa primária da volatilidade é, no mínimo, uma leitura precipitada. A queda nas ações foi puxada por uma indicação dos bancos de que esperam dias mais difíceis pela frente na relação com os devedores. Uma questão de percepção. O relatório de crédito do Banco Central, divulgado na manhã desta quinta-feira 26, já evidencia a desaceleração da inadimplência no mês de março. Na verdade, o volume de calotes caiu 0,1 ponto percentual no mês passado. Nos empréstimos a pessoas físicas, os que mais parecem preocupar os bancos, a queda foi de 0,2 ponto percentual, a primeira melhora no indicador desde dezembro.

Os próprios bancos, embora sigam firmes com o discurso da inadimplência em alta, mantêm as previsões de ampliação de suas carteiras de crédito na casa dos dois dígitos até o fim do ano. Esse comportamento soaria contraditório, não fosse pelo segundo fator determinante do mau humor do mercado: as pressões da área econômica do governo pela redução dos juros cobrados nas operações de crédito.

Não é nada bom, para os bancos, abrir mão de suas gordas margens de lucro no repasse do dinheiro, mesmo que isso represente a possibilidade de ampliar significativamente o volume de operações. Os bancos públicos, mais uma vez (a primeira foi na sequência da eclosão da crise financeira americana, no fim de 2008), foram chamados a puxar um processo de expansão do mercado de crédito, desta vez ao baixar o custo dos empréstimos. E, novamente, os bancos privados se veem obrigados a seguir a carruagem, mas não sem alertar o mercado (e a mídia) para a “temeridade” das intenções do governo.

 

Do ponto de vista da equipe econômica, que em geral não é o que se vê nos editoriais, a hora certa de incentivar a queda dos juros é justamente quando o crédito se retrai – um movimento chamado, no jargão do setor, de contracíclico. 

Em síntese, quando a economia se retrai, ou cresce menos, a política econômica a estimula. Forçar a queda dos juros quando a população está ávida por se endividar é assumir o risco de criar bolhas de consumo.

Os bancos, por sua vez, vão tentar mostrar que o momento não é bom para baixar os juros, já que a inadimplência representa um fator de custo a mais para os empréstimos. Nas reuniões recentes em Brasília, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, levou uma série de reivindicações para o governo.


 Assim como a indústria, os bancos se queixam da carga tributária e do custo Brasil, e querem ser desonerados antes de desonerar os clientes. Se conseguirem obter algumas benesses, ou ao menos conter o ímpeto dos bancos públicos, as recentes perdas no mercado não terão ocorrido em vão.

A verdade é que o ambiente financeiro no Brasil melhorou, e não foi pouco, nas últimas duas décadas. Resta muito a fazer, mas as instituições são sólidas, a economia é estável e os juros básicos estão em patamares historicamente baixos. 


Nunca foi tão fácil retomar um carro ou um imóvel de inadimplentes.

 Sem falar na Lei de Falências, que favorece a recuperação de créditos financeiros. 

Até mesmo o cadastro positivo – pleito antigo dos bancos para facilitar a identificação dos bons pagadores – está saindo do papel. Foi o avanço do mercado de crédito (também iniciada pelos bancos públicos) que permitiu aos bancos atingir o patamar atual de lucratividade.

Posta de lado, portanto, a cortina de fumaça da inadimplência, o fato é que a contrapartida mais esperada dos bancos nos últimos anos está muito aquém da possível: eles não largam o osso, ou melhor, a gordura do spread.



quarta-feira, 25 de abril de 2012

CACHOEIRA- CAMBALACHE



VÍDEO DO YOUTUBE
JUAN MANUEL SERRAT- CAMBALACHE


FONTE DA FORMATAÇÃO E TRADUÇÃO:PAIXÃO E ROMANCE- O TANGO:
Este tango foi encomendado pelo produtor de cinema Ángel Mentasti a Enrique Santos Discépolo.

Apesar disto ele foi apresentado pela primeira vez por Sofia Bozan numa revista musical no Teatro Maipo, em 1935, contra

a vontade do produtor Ángel que o incluiu em seu filme “El Alma del Bandoneon” cantada por Ernesto Fama.

Com o sucesso obtido várias gravações foram feitas:

Roberto Maida com

Orquestra de Francisco Canaro(1935),

Tania(1936),

Roberto Arrieta(década de 40),

Alberto Echague(década de 40),

Tita Merelo(1956),

Edmundo Rivero(1959),

Virginia Luque(1973),

Julio Sosa(1973),

Rubén Juárez(1973),

Susana Rinaldi(1976)

e Julian Plaza(1976).

Tantas gravações dão idéia do sucesso

desse tango.

Indicando a confusão reinante no século

XX Discépolo mistura, na letra, figuras contrastantes e famosas do começo da década de 30:

o golpista Alexander Stavisky, que se suicidou num cárcere em 1934;

Dom Bosco, fundador da Ordem dos Salesianos e canonizado pelo Papa em

1934;

“La Mignon” que parece ser uma forma

usual de tratamento na época,

significando “querida” ou “amante”;

Don Chicho, apelido do chefe da máfia argentina, Juan Galiffi, que foi preso

e processado em 1932;

Napoleão, da França;

Primo Carnera, boxeador

italiano campeão mundial peso pesado

em 1933-1934 e

San Martin, herói da libertação de

vários países sul-americanos.

A letra que utiliza uma linguagem coloquial

é repleta de gírias.

Sobre o caráter revolucionário deste

tango basta dizer que, quase meio século depois de seu surgimento, a ditadura

militar que governou a Argentina a partir

de 1976 decidiu “recomendar” que ele não fosse executado.



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CAMBALACHE




Que el mundo fue y sera una porqueria,

Que o mundo foi e será uma porcaria,


ya lo se;

já sei;


en el quinientos seis

em quinhentos e seis


y en el dos mil también;

e em dois mil também;


que siempre ha habido chorros,

que sempre tem havido safados,


maquiavelos y estafaos,

malandros e gatunos,


contentos y amargaos,

contentes e descontentes,


valores y dubles,

sinceros e falsos,


pero que el siglo veinte es un despliegue

porém que o século vinte é uma piada


de malda insolente

de turma insolente


ya no hay quien lo niegue;

ja não há quem negue;


vivimos revolcaos en un

merengue

vivemos revirados em um merengue


y en un mismo lodo todos manoseaos.

e em um mesmo lodo todos manuseados.


Hoy resulta que es lo mismo

Hoje resulta que dá no mesmo


ser derecho que traidor,

ser direito ou traidor,


ignorante, sabio, chorro,

ignorante, sábio, safado,


generoso, estafador.

generoso, gatuno.


Todo es igual; nada es mejor;

Tudo é igual; nada é melhor;


lo mismo un burro que un gran profesor.

igual um burro que um grande professor.


No hay aplazaos ni escalafon;

Não há ralé nem bacanas;


los inmorales nos han igualao.

os imorais nos igualaram.


Si uno vive en la impostura

Se um vive na mentira


y otro roba en su ambición,

e outro rouba na sua ambição,


da lo mismo que si es cura,

dá no mesmo ser padre,


colchonero, rey de bastos,

mendigo, rei de paus,


caradura o polizon.

malandro ou honesto.


Que falta de respeto,

Que falta de respeito,


que atropello a la razon;

que atropelo à razão;


cualquiera es un señor,

qualquer um é um senhor,


cualquiera es un ladron.

qualquer um é um ladrão.


Mezclaos con Stavisky

Misturado com Stavisky


van Don Bosco y la Mignon,

estão Dom Bosco e La Mignon,


don Chicho y Napoleon,

Dom Chicho e Napoleão,


Carnera y San Martin.

Carnera e San Martin.


Igual que en la vidriera

irrespetuosa

Como na vitrine desrespeitosa


de los cambalaches

dos cambalachos


se ha mezclao la vida

misturou-se a vida


y herida por un sable sin

remaches

e ferida por um sabre sem piedade


ves llorar la Bíblia contra un bandoneon.

vês chorar a Biblia contra um bandoneom.


Siglo veinte, cambalache

Século vinte, cambalacho


problematico y febril;

problemático e febril;


el que no llora, no mama,

o que não chora, não mama,


y el que no roba es un gil.

e o que não rouba é um otário.


Dale no mas, dale que va,

Venham leis, venham e vão,


que alla en el horno nos vamo a encontrar.

que lá no inferno vamos nos encontrar.


No pienses mas, sentate a un lao,

Não penses mais, senta-te a um lado,


que a nadie importa si naciste honrao.

que a ninguém importa se nasceste

honrado.


Que es lo mismo el que trabaja

Que é o mesmo o que trabalha


noche y día como un buey

noite e dia como um boi


que el que vive de los otros,

que o que vive dos outros,


que el que mata que el que cura

que o que mata ou o que cura


o esta fuera de la ley.

ou esta fora da lei.





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Letra e Música de Enrique Santos Discépolo

Tradução por Elesta e Leo.

Contamos também com o inestimável auxílio de Marcial Salaverry na tradução das inúmeras gírias contidas na letra.

Criação de Fundo e Formatação de Leo