CRISTINA DIZ NÃO AO CAPITAL TRANSNACIONAL.
Argentina diz basta à espoliação da Repsol

A Argentina foi a economia ocidental que mais cresceu na última década. Entre 2003 e 2010 o consumo argentino de petróleo e gás aumentaria respectivamente 38% e 25%. A oferta cairia no entanto 12% e 2,3%. A assimétrica evolução evidenciou o descompromisso do capital estrangeiro com o desenvolvimento do país. Os atritos entre o Estado e a Repsol se intensificaram. Em 2010, as importações de petróleo resultaram num déficit de US$ 3 bi na balança comercial argentina. Em 2011 a Argentina gastou US 11 bi com a conta petróleo.
O país tem reservas para atender as suas necessidades. Encontra-se em solo argentino a 3ª maior reserva de gás de xisto do mundo: a Repsol, em que pesem os apelos da Casa Rosada, sempre ignorou essa fronteira de soberania energética. Agia em relação ao xisto como a Vale do Rio Doce agiu, durante a gestão do tucano Roger Agnelli, diante dos apelos de Lula para que a empresa investisse na prepdução siderúrgica acional.
Nos últimos três anos o governo Cristina fixou um imposto sobre exportações de petróleo, a exemplo do que fez com as commodities agrícolas. O objetivo era justamente reter no país os ganhos extras gerados pela especulação internacional com matérias-primas. No Brasil, esses ganhos extras eram repassados pela Vale aos acionionistas e festejados pela caixa de ressonância tucano-midopatica.
A Repsol não furou um único poço de petróleo na Argentina desde 2009. Na Espanha, o governo do direitista PP disse que vai reagir à 'expropriação'. Não demonstra a mesma e energia ante a ação predatória que o capital financeiro mundial exerce sobre a sociedade espanhola nesse momento: hoje, o cartel rentista global exigia da Espanha um ganho extra de cinco e meio pontos acima da rentabilidade dos títulos alemães para continuar financiando a austeridade suicida de Mariano Rajoy.
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