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segunda-feira, 16 de abril de 2012

FMI E O "CHOQUE DE LONGEVIDADE". TAL QUAL O XOQUE DE JESTÃO DE MINAS E MITO DO DÉFICIT ZERO.

EU FERREI VOCÊ!


 A UDN VIA FHC E  AÉCIO, SEMPRE SEGUIRAM O COROLÁRIO ECONÔMICO DO FMI.

 DEU NO QUE DEU.

 FHC QUEBROU O BRASIL E O AÉCIO QUEBROU MINAS, COM O XOKI DE JESTÃO E O MITO DO DÉFICIT ZERO, MINAS TÁ PASSANDO O PIRES, ATÉ PROPAGANDA NA TV PREGANDO A REDUÇÃO DE SUA DÍVIDA COM O GOVERNO FEDERAL, O GOVERNADOR ANASTÁCIA TÁ FAZENDO.



 
FMI propõe gatilho para elevação
contínua da idade para aposentar
HORADOPOVO
Essa carcomida instituição, que sempre esteve contra qualquer gatilho automático para correção de perdas salariais, acabou de descobrir sua utilidade quando se trata de achacar os idosos

Enquanto no mundo inteiro multidões vão às ruas contra os aumentos nas idades mínimas para aposentadoria impostos nos pacotes de “ajustes”, o FMI veio a público recomendar a adoção em lei de gatilho para tornar automático esse aumento sempre que cresça a expectativa de vida da população de um país.

A medida foi apresentada durante a divulgação do quarto capítulo do Relatório do FMI sobre Estabilidade Financeira Global, que trata do “risco do aumento da longevidade” e que inclui a proposta de criação de novo mercado de derivativos para lidar com tal “risco”.

Embora o capítulo não cite expressamente a lei do gatilho, o vice-diretor da Divisão de Estabilidade Financeira do FMI, Erik Oppers, abriu o jogo e foi direto ao ponto: “Não basta aumentar a idade uma vez e ficamos por isso.

É um processo dinâmico: as pessoas continuam a viver mais, cada vez mais. Não se trata apenas de aumentar a idade uma vez, é preciso continuar aumentando”. “Isto pode ser um processo difícil do ponto de vista político, mas se houver uma regra que institua uma mudança automática proporcionalmente à longevidade, (os políticos) não teriam de revisitar o tema”, complementou.


DERIVATIVOS

Com os bancos empanturrados de derivativos podres tentando açambarcar a maior quantia possível de recursos públicos para se manterem à tona, a caça ao dinheiro da previdência se tornou um dos aspectos centrais das políticas de ajuste, especialmente, no momento, na Europa.

O que é feito através do corte propriamente dito das pensões – como já ocorreu na Grécia e Portugal -, do aumento da idade mínima para se aposentar – caso dos dois países e também a Espanha, Itália, França e Holanda -, e ainda do aumento do tempo de contribuição.

 A reação popular tem sido intensa, com grandes manifestações e greves gerais.

Assim, o FMI, que sempre foi contra qualquer gatilho automático para correção de perdas salariais, acabou de descobrir sua utilidade quando se trata de achacar os idosos.

O relatório ameaça ainda os países que não arrocharem os aposentados de “ficar sem dinheiro para pagar as aposentadorias” e nada diz sobre a fragilidade dos fundos de pensão privados nos países centrais, após a crise financeira de 2008, com suas ações que viraram pó. Só falta dizer que o problema é que os velhinhos estão insistindo em viver demais e pondo em risco a “estabilidade”.

Mas insinua.

O capítulo chega a fazer a previsão de que “se os indivíduos viverem três anos mais que o esperado os já grandes custos do envelhecimento poderiam aumentar em 50%, representando um custo adicional até 2050 [acumulado] de 50% do PIB de 2010 nas economias avançadas e 25% do PIB de 2010 nas economias emergentes”.

As despesas com a previdência, assevera o documento, “praticamente dobrariam” em 2050 em relação à proporção atual, chegando a 11,1% do PIB nos países ricos e 5,9% nos países em desenvolvimento.

E isso aconteceria com a expectativa de vida aos 60 – os anos que ainda vai se viver ao completar essa idade -, subindo para 26 anos em 2050, segundo a ONU, e para 22 anos nos países em desenvolvimento.

O capítulo também cria uma definição para “risco de longevidade”: “o risco de que a vida de indivíduos ou de uma população inteira exceda a expectativa”. Toda essa peroração é para esboçar um novo mercado de derivativos, o de “risco de longevidade”, com transações over-the-counter. “Buy-outs” e “buy-ins” de pensões, swaps e outros contratos de derivativos, esclarece o capítulo.

Ou seja, se os aposentados vão viver mais, o negócio é especular até que morram. Naturalmente os fundos de pensão em que os membros vivam mais sofreriam de “risco maior” e teriam de pagar um ágio maior.

Como em todo o bestialógico neoliberal, não poderia faltar o “choque de longevidade”.

 E tem.

Um quadro assinala que ‘o advento de drogas antiretrovirais para pessoas infectadas com HIV no meio dos anos 1990 criou um positivo choque de longevidade para os pacientes mas desfez as expectativas financeiras dos investidores de ‘viatical settlements’. Consulta à Investopedia permitiu esclarecer do que tratava tais “expectativas financeiras”.

O “viatical settlement” é um arranjo no qual uma pessoa em estado terminal vende a um escroque sua apólice de seguro de vida, recebendo menos que o valor de face.

“Se você investe em ‘viatical settlement você basicamente está especulando com a morte. Quanto mais a pessoa viver, menor o retorno. Esta é indubitavelmente um dos mais mórbidos investimentos que alguém pode comprar”.

ANTONIO PIMENTA

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