DIAS DESTES FUI À CASA DE AMIGOS TOMAR PROSAICA E SINGELAMENTE UMA CERVEJA GELADA E OBSERVEI UMA ENORME TV LIGADA, EM CIMA DE UMA BANCADA DE MÁRMORE. LÓGICO QE PENSEI NA POSSIBILIDADE DELES ESTAREM ESPERANDO UM JOGO OU QUALQUER OUTRA BESTEIRA, POIS SEI QUE NESTA CAIXA PRETA NÃO PASSA NADA SÉRIO, NADA QUE PRESTE, SÓ CIRCO E DIVERTIMENTO.
NADA ALI É SÉRIO, NADA QUE INTERESSE À VIDA DAS PESSOAS É DISCUTIDA NESTA CAIXA. O OBJETIVO DELA É TIRAR O CIDADÃO DO FOCO DO QUE REALMENTE LHE INTERESSA.
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E QUANDO ESTA CAIXA PARTE PARA INFORMAR, A MULTIPLICIDADE DE INFORMAÇÕES DESINTERESSANTES SÃO TANTAS, QUE O QUE REALMENTE INTERESSARÁ AO GRANDE PÚBLICO, SERÁ RETIRADO DO INCONSCIENTE COLETIVO.
EU FIQUEI ESTÁTICO QUANDO VÍ O QUE ELES ESPERAVAM. ESPERAVAM UMAS LUTAS EXTREMAMENTE VIOLENTAS E O PIOR TORCIAM PARA UM OU PARA OUTRO DOS TROGLODITAS E ENTRAVAM NUMA ESPÉCIE DE CATARSE COMO OS FREQUENTADORES DA IURD DO PEDIR MAISCEDO, SÓ FALTAVAM CAIR.
FIQUEI IMPRESSIONADO COM A CAPACIDADE, O PODER DESTE MEIO MIDIÁTICO, DE, EMBRUTECER, CIMENTAR, MENTES, IDIOTIZAR PESSOAS, NÃO QUE ELAS SEJAM IDIOTAS, AO CONTRÁRIO, SÃO INTELIGENTES E BEM SUCEDIDAS, FINANCEIRA E SOCIALMENTE FALANDO, MAS COMO ANDY DIZIA QUE TODOS TERIAM SEUS 15 MINUTOS DE FAMA, A TV ESTÁ FAZENDO A NOSSA CLASSE ALTA A TER SEUS 15 MINUTOS DE IDIOTICE.
LI UM POST NO CAF DO PHA
EM QUE PARTE DELE ILUSTRA BEM O QUE ACONTECE NESTA SOCIEDADE DO ESPETÁCULO:
John Gray, autor do clássico “O Falso Despertar”, que, em
1998, previu a falência do neolibelismo (**), lembrou, então, em Brasília, que,
um dia, se encontrou com o principal executivo da empresa de televisão do
Berlusconi na Itália.
Berlusconi estava no auge do poder.
E se sustentava no global alcance do controle da mídia italiana.
(Tinha tanto poder que botou a TV Montecarlo da Globo para correr da Itália.)
Gray perguntou ao executivo berlusconiano: o que que ele queria fazer com tanto poder ?
A resposta foi imediata: realizar a “sociedade do espetáculo” do Guy Debord.
“The Society of the Spectacle”, de 1967, do francês Debord, é a condenação mais impiedosa “de toda a vida nas sociedades em que prevalecem as modernas condições (neolibelês (**)) de produção e que se apresenta como a acumulação de ‘espetáculos’.
“Espetáculos” que apresentam uma visão parcial da sociedade como se fosse um pseudo-mundo-à-parte em que o engano engana a si mesmo.
O “espetáculo” oferece uma concreta inversão da vida, como um movimento autônomo de não-vida.
Em todas as suas manifestações específicas – no noticiário, na propaganda ou no próprio consumo do entretenimento – o “espetáculo” contém, reúne a vigente estrutura social.
O “espetáculo” cria um mundo em que a REALIDADE (ênfase do autor) vira de cabeça para baixo, em que a realidade é apenas um momento da mentira.
Berlusconi estava no auge do poder.
E se sustentava no global alcance do controle da mídia italiana.
(Tinha tanto poder que botou a TV Montecarlo da Globo para correr da Itália.)
Gray perguntou ao executivo berlusconiano: o que que ele queria fazer com tanto poder ?
A resposta foi imediata: realizar a “sociedade do espetáculo” do Guy Debord.
“The Society of the Spectacle”, de 1967, do francês Debord, é a condenação mais impiedosa “de toda a vida nas sociedades em que prevalecem as modernas condições (neolibelês (**)) de produção e que se apresenta como a acumulação de ‘espetáculos’.
“Espetáculos” que apresentam uma visão parcial da sociedade como se fosse um pseudo-mundo-à-parte em que o engano engana a si mesmo.
O “espetáculo” oferece uma concreta inversão da vida, como um movimento autônomo de não-vida.
Em todas as suas manifestações específicas – no noticiário, na propaganda ou no próprio consumo do entretenimento – o “espetáculo” contém, reúne a vigente estrutura social.
O “espetáculo” cria um mundo em que a REALIDADE (ênfase do autor) vira de cabeça para baixo, em que a realidade é apenas um momento da mentira.
(**) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro(PHA) aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.
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