O compromisso com os manuais dos jornalões e revistas, de maior circulação, nunca foi algo plenamente aplicado pelos autores de textos ou meros signatários de matérias impostas por suas respectivas direções. Para adversários, ataques diretos e economia no uso do adjetivo suposto e dos recomendáveis futuros do pretérito. Para os amigos, excesso de zelo.
A revista Veja é a puxadora de tais incoerências. Quando é para atacar o governo do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma a referência quase sempre é direta: quadrilha, comparsa, fraudador, falsário e por aí vai. Já na edição desta semana, Demóstenes é tratado como “possível” beneficiário do esquema de Carlos Cachoeira.
No portal UOL, Folha.com, o tratamento dado a Demóstenes neste domingo cheira a medo de alguma coisa.
"Demóstenes é acusado de suposto envolvimento em negócios ilícitos e de tráfego de influência com o empresário de jogos clandestinos, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira."
Olhem o zelo "jornalístico". Se você escreve que ele é acusado, fica dispensado o "suposto". Porque acusado não é culpado, nem condenado. Fora a reiteração de empresário de jogos clandestinos (quando se legalizarem...).
A precaução aí, portanto, não é jurídica. Há algo de estranho no trato da mídia comercial, tanto com Cachoeira, quanto com Demóstenes.
Parece que Demóstenes tratou de garantir uma imagem legal do “empresário de jogos” e foi elo de encontros de Carlinhos Cachoeira com jornalistas variados
. Alguns blogueiros, inclusive. Agora, todos que lhe apertaram a mão dormem menos tranquilos. As sucursais de Brasília estão muito próximas de Goiânia.
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