Mal me quer, bem me quer!
A herança maldita.
O governo Lula recebeu uma herança
maldita do governo FHC, refletida numa profunda e prolongada recessão, no
desmonte do Estado, na multiplicação por 11 da dívida pública, no descontrole
inflacionário.
O controle da inflação jogou-a para
baixo do tapete: transferiu-a para essa multiplicação da dívida pública.
O povo entendeu, rejeitou FHC e derrotou os seus candidatos: Serra duas vezes e Alckmin.
Isso é história, tanto no sentido que é
verdade incorporada à história do Brasil, como história porque o governo Lula, com grande
esforços, superou a recessão profunda e prolongada herdada e conduziu o Brasil
ao ciclo expansivo que dura até hoje.
Para não aguçar o clima de instabilidade que a direita pretendia impor no começo do seu governo, Lula preferiu não fazer o dossiê do governo FHC, que incluísse tudo o que foi mencionado, mais os escândalos das privatizações, da compra de votos para a reeleição, da tentativa de privatização da Petrobras, entre outros.
Não por acaso FHC é o político mais
repudiado pelos brasileiros.
Já na eleição de 2002, Serra tratou
de distanciar-se do FHC.
Em 2006, as privatizações, colocadas
como tema central no segundo turno, levaram a uma derrota acachapante do
Alckmin.
Em 2010, de novo o Serra nem
mencionou FHC, tentou aparecer como o melhor continuador do governo Lula, para
a desmoralização definitiva do governo FHC.
Ao lado disso, economistas da ultra esquerda esposaram a bizarra tese de que não havia herança maldita, que o governo Lula era continuidade do governo FHC, que mantinha o modelo neoliberal.
Além de se chocarem com a realidade
das transformações econômicas e sociais do país, foram derrotados politicamente
pelo total falta de apoio a essas teses no final do governo Lula, quando o
candidato que defendeu essas posições, apesar de toda a exposição midiática,
teve 1% dos votos.
FHC não ouve ninguém, despreza os que o cercam, mas sofre da teoria da dependência da dor de cotovelo.
Dedica as pouco claras forças mentais
que lhe restam para atacar Lula, cujo sucesso – espelhada no apoio de 69,8% dos
brasileiros que querem Lula de volta como presidente em 2014 e nenhuma pesquisa
sequer faz a mesma consulta sobre o FHC, para não espezinhá-lo ainda mais –
fere seu orgulho à morte.
Esses amigos tentam convencê-lo a não escrever mais, a não se expor ainda mais à execração publica – com efeitos diminutos, porque ele não ouve, seu orgulho ferido é o maior dos sentimentos que ele tem, mas também porque ninguém lê seus artigos – a se retirar definitivamente da vida pública.
Cada vez que ele se pronuncia,
aumentam os apoio ao Lula e à Dilma.
A historia diz, inequivocamente, que o Lula é um triunfador e FHC um perdedor.
Isso a direita e seu segmento midiático não
perdoam, mas é uma batalha perdida para todos eles.
Nenhum comentário:
Postar um comentário