Civitta na Argentina: senhor Vitor, o senhor tem 48 horas para deixar a Argentina.
Que azar.Vieram publicar o Tio Patinhas, a mando dos americanos logo aqui no Brasil!
Em pronunciamento no Senado Federal nesta terça-feira, o Senador Fernando Collor voltou a acusar três Procuradores da República – Léa de Oliveira, Daniel Salgado e Alexandre Camanho de Assis – de entregar, a mando de Roberto Tênue Gurgel, os inquéritos das operações Vegas e Monte Carlo a dois jornalistas da Veja, Gustavo Ribeiro e Rodrigo Rangel.
Os inquéritos corriam em segredo de Justiça.
(Clique aqui para ler “a defesa de Dirceu contra o tênue Gurgel”.)
O encontro – segundo Collor – se deu por volta de meio dia, no edifício Meliá Brasil 21, perto da redação da Veja, o detrito de maré baixa.
Clique aqui para ler sobre as incongruências no depoimento da Procuradora.
Depois do encontro com os repórteres da Veja, Collor assegura que os três procuradores foram “prestar contas” a Gurgel.
No mesmo depoimento da tribuna do Senado – que o PiG (*) fez questão de ignorar -, Collor acusa o diretor da sucursal da Veja em Brasília, Policarpo Junior, de ser empregado de Carlinhos Cachoeira.
Policarpo mantem com Cachoeira, segundo Collor, uma “relação laboral” há uma década.
A acusação de Collor se sustenta no testemunho do Juiz Alderico Santos, da 5ª Vara de Goiás, que mandou prender Carlinhos Cachoeira.
No dia 26 de julho, nas folhas 2 e 24 do depoimento do Juiz, Andressa Mendonça, mulher de Carlinhos, ameaça publicar na Veja um dossiê contra o Juiz, elaborado por Policarpo.
Caso o Juiz não revogasse a prisão de Carlinhos.
Ali, segundo o Juiz, Andressa disse que o marido, Carlinhos Cachoeira, “tem como empregado o Policarpo Junior”.
Collor reproduz uma conversa entre Cachoeira e Policarpo, em 15 de agosto de 2011.
Policarpo pergunta: mas, está tudo certo ?
Cachoeira responde: foi dificílimo, mas, tá tudo OK. Tá ?
Então, maravilha !, responde Policarpo.
A conversa tratava dos vídeos ilegais com autoridades nos corredores do Hotel Nahoum, para incriminar o ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu.
Pouco depois, a Veja publicou reportagem de capa com os vídeos obtidos de forma criminosa.
Que “sigilo da fonte” é esse ?, pergunta-se Collor ?
Que “liberdade de imprensa” é essa ?
O escritório da Veja em BrasÍlia é “um escritÓrio de arapongagem”, acusa Collor.
Segue Collor: Robert(o) Civita, o dono da Veja, cumpre ordens de uma organização criminosa !
Por isso, insiste Collor, é preciso quebrar os sigilos dos Procuradores da República envolvidas na relação com a Veja.
E chamar Civita e Policarpo para depor à CPI.
Se, numa das democracias mais maduras do mundo – raciocina Collor -, o Reino Unido, jornalistas são presos por fazer escuta ilegal, e diretores de redação vão para cadeia – por que Civita e Policarpo, o Caneta, são blindados no Brasil ?
Collor revelou que chegaram à CPI mil megabytes de gravações em áudio e vídeo de Carlinhos Cachoeira.
Deve ser por isso, que hoje, a Folha (**), diz na primeira página que a CPI está com cheiro de pizza.
É porque a coisa já esteve melhor para o PiG (*), como diria o Galvão Bueno, depois que a Holanda empatou.
Clique aqui para ler a reportagem de Leandro Fortes na Carta Capital, em que mostra que os filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – fizeram uma sugestão a Michel Temer (e Miro Teixeira a segue à risca, na CPI) : quando ouvir falar em “Veja”, entenda “imprensa”; quando ouvir falar em “imprensa”, entenda “Globo”.
Terá sido por isso que a TV Globo entrevistou a ex-mulher do Collor ?
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
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