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quinta-feira, 25 de abril de 2013

Juros, 2014: Onde o bicho pega.

TUJA( Turma do juro Alto)

Gloelbels, o braço midiático da tuja.

De SAUL lEBLON:



Entre 2009 e 2011, o patrimônio líquido  de 7% das famílias mais ricas dos EUA cresceu 28%; o dos restantes 93% encolheu em 4%.

Em plena desordem neoliberal, as 8 milhões de famílias mais ricas dos EUA viram sua riqueza média saltar de US$2,5 milhões para US$ 3,5 milhões.

As  restantes  111 milhões  tiveram queda de patrimônio: de US$140 mil para US$ 134 mil.

No Brasil na última década, a renda dos 10% mais pobres cresceu 91%.

 A  dos 10% mais ricos aumentou 16%.

 Acúmulo de patrimônio não é o mesmo que fluxo de renda, mas um interfere no outro.

Uma das pontes é a taxa de juro real.

 O juro real no país hoje, mesmo com o recente aumento da Selic, é de 2,3%.

Ainda um dos maiores do mundo.

Mas está precisamente 10 vezes abaixo dos 23% que atingiu em meados de 2002. É aí que o bicho pega.

Daí deriva o jogral dos vigilantes do tomate. 

E o coral dos que prometem 'fazer mais', com menos intervencionismo.

O Brasil  tem um dos jornalismos de economia mais prolíficos do mundo; ao mesmo tempo, um dos menos dotados de discernimento histórico em relação ao seu objeto.

Aqui os desafios do desenvolvimento são tratados como crimes contra o mercado.

 Aliás, o Brasil, em si, é um crime contra o mercado. 

 Ampliar o  poder de compra da população, gerar empregos, expandir o investimento público alinham-se entre os  ‘ingredientes da crise', segundo a pauta dominante. 

Solução é subir juro.

Os exemplos se sucedem como folhas de um manual suicida.

 A cantilena diuturna contra o investimento público e o descrédito na agenda de obras públicas enquadra-se nesse adestramento da sociedade contra ela mesma.


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