A última flor do fascio.
Por Robertog no NASSIF
Acho que também seria interessante pensar "do outro lado do
balcão":
Nos últimos dez anos cresceu uma vasta indústria cultural cujo
principal produto é falar mal do Lula e de tudo que pode representar os
governos petistas.
Com o tempo muita gente percebeu que falando mal deles, das
cotas, de qq política que possa representar um avanço civilizatório (como o
casamento gay, a liberação da maconha, o reconhecimento de direitos difusos,
etc..) dá sempre ibope numa determinada faixa da população que se confunde com
os leitores de veja e as camadas rancorosas das classes médias e altas.
Esses segmentos são relevantes como consumidores de cultura e de
outras mercadorias, além de elevarem o patamar de prestígio dos jogadores de
lama que alimentam & açulam a raiva deles.
Logo ele atrai e vai continuar atraindo alguns, ou muitos,
jornalistas & intelectuais que, como quaisquer outros grupos, tb querem
"se dar bem".
No universo intelectual, que conheço um pouco melhor, sempre
sobra gente no caminho e não só a ganância, como também a vaidade acabam
empurrando indivíduos para o caminho da vociferação bem pagante e auto congratulatória.
A coisa funciona mais ou
menos assim: "não dou a mínima para aqueles colegas que não me
reconhecem, já que o merval me cita na coluna que é lida por milhões e, de
quebra, ainda me chamam para dar umas palestras bem remuneradas ou, pelo menos,
posso ter certeza que as coisas que eu publicar vão ser recomendadas na veja e
vão vender bem".
Assim, se estou certo, a indústria do antilulismo vai continuar.
Tem, e vai continuar tendo, tanto produção quanto freguesia...
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