Criança palestina e os horrores dos terroristas de Estado. Foto AFP.
Jornalões se colocam ao lado de Israel em conflito com palestinos
A
reprodução do discurso sionista e a consequente opressão discursiva à
causa palestina são marcas importantes da mídia dominante brasileira.
O
atual conflito entre Israel e Palestina tem trazido às capas dos
principais jornais do país novos reflexos desse posicionamento.
Enquanto
os ataques palestinos são noticiados com fotos – algumas
substancialmente fortes –, grandes manchetes e subjetividade que aponta
ataques às populações civis, as ações israelenses são narradas sem fotos
– ou ao menos sem fotos que impressionem – e como simples ações
militares contra terroristas.
Vejamos, por exemplo, as chamadas de Estadão que, nos últimos dias, fizeram referência à situação no Oriente Médio:
Estadão 15/11 – “Ataque de Israel mata líder militar do Hammas” (chamada secundária, sem foto)
Estadão 16/11 – “Tel-Aviv é atingida por míssil pela primeira vez em 21 anos” (manchete principal, com foto)
Estadão 17/11 – “Ataque põe Jerusalém em alerta” (chamada secundária, foto principal da capa)
A Folha de S. Paulo, por sua vez, destacou apenas uma vez, nos últimos dias, com o mesmo sentido:
Folha 17/11 – “Jerusalém sofre 1º ataque desde 70; Israel cogita invasão a Gaza”
Em O Globo, as manchetes principais dos últimos dois dias (16 e 17) constroem o discurso da mesma forma:
O Globo 16/11 – “Tel Aviv é atingida por foguetes palestinos”, (com foto de civis israelenses se protegendo)
O Globo 17/11 – “Israel prepara invasão terrestre de Gaza” (com foto de militares israelenses)
Algumas manchetes que não estão nas capas dos jornalões:
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