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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O HIGIENISMO DO GOVERNO TUCANO DE SÃO PAULO. UMA ELITE A SERVIÇO DOS PODEROSOS.

ESTE É UM PAULIISTA DE MACAÉ RJ, TRATA-SE DE WASHINGTON LUIZ, UMA DAS GÊNESES DO HIGIENISMO PAULISTA. 
LACERDA, O CORVO DA RUA CHILE, A INSPIRAÇÃO DO TUCANO FHC, QUE CHEGOU A EVOCÁ-LO EM UMA REUNIÃO. O NOME VERDADEIRO ERA MATA-MENDIGOS, ELE TAMBÉM ORDENOU OS VÔOS DA MORTE. JOGAVA OS MENDIGOS DO CENTRO DO RIO A CENTENAS DE KILÔMETROS DA COSTA.
O GOVERNADOR DE SÃO PAULO, ALCKMIM,UM MEMBRO DA OPUS DEI HERDEIRO DISTO TUDO AÍ!







Em 1914, o então prefeito de São Paulo, Washington Luís (que viria a ser presidente da República, usou as seguintes palavras para justificar a violenta expulsão da população pobre da Várzea do Carmo para a construção do parque D. Pedro, no centro da capital:

“O novo parque não pode ser adiado porque o que hoje ainda se vê, na adiantada capital do Estado, a separar brutalmente do centro comercial da cidade os seus populosos bairros industriais, é uma vasta superfície chagosa, mal cicatrizada em alguns pontos e ainda escalavrada, feia e suja, repugnante e perigosa, em quase toda a sua extensão (...).


É aí que, protegida pela ausência de iluminação se reúne e dorme, à noite, a vasa da cidade, numa promiscuidade nojosa, composta de negros vagabundos, de negras emaciadas pela embriagues habitual, de uma mestiçagem viciosa, de restos inomináveis e vencidos de todas as nacionalidades, em todas as idades, todos perigosos (...).

Tudo isso pode desaparecer sendo substituído por um parque seguro, saudável e belo. Denunciando o mal e indicado o remédio, não há lugar para hesitações, por que a isso se opõem a beleza, a higiene, a moral, a segurança, enfim, a civilização e o espírito de iniciativa de São Paulo.”

Tirando uma palavra ou outra, parece discurso proferido pelas atuais autoridades paulistas.

Gilberto Maringoni, jornalista e cartunista, é doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP) e autor de “A Venezuela que se inventa – poder, petróleo e intriga nos tempos de Chávez” (Editora Fundação Perseu Abramo).

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