O vendilhão da pátria, não está satisfeito, com o progressismo de Dilma.
no sítio da CARTAMAIOR
UM DIA DE DESAGRAVO A VARGAS, JANGO
E BRIZOLA
Em seu discurso de despedida do
Senado, em dezembro de 1994, o presidente eleito Fernando Henrique Cardoso
anunciou o fim da Era Vargas.
Foi generosamente elogiado pelas corporações
midiáticas, saudado pelos bancos, aplaudido pelo capital estrangeiro,
incensado, enfim, pelo dinheiro grosso e seus áulicos de escrita fina. Era
preciso sedimentar o estigma maniqueísta para legitimar o projeto
conservador.
Foi o que se fez e ainda se faz. Não escapa
ao observador atento a entrevista 'oportuna' de FHC esta semana à Folha para
advertir a Presidenta Dilma em corajosa ofensiva contra os bancos pela
redução dos juros."Vá devagar, não se brinca (sic) com o mercado
financeiro", protestou o tucano. É coerente.
Pelos quase dez anos seguintes seu governo
negociaria barato o patrimônio público construído, na verdade, por
décadas de lutas de toda a sociedade brasileira. Inclua-se nesse moedor a
Vale do Rio Doce, mas também algo de incomensurável importância simbólica:
a auto-estima da população, seu discernimento sobre quem tem o direito e a
competência para comandar o destino de uma sociedade e do desenvolvimento.
Entorpecida a golpes de tacape midiático,
essa consciência seria desqualificada para a entronização dos 'mercados
desregulados' --sobretudo o capital especulativo que desmonta as referências
e compromissos comartilhados do desenvolvimento-- como o portador
autossuficiente do futuro, da eficiência e do que restaria como
sentido à história. Esse tempo acabou e Dilma,ontem, fez do seu réquiem
um desagravo à história da luta pelo desenvolvimento brasileiro
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário