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quarta-feira, 9 de maio de 2012

Operação las Vegas: Quatro ministros do STF e 9 do STJ, envolvidos. Santos do pau oco.








Operação Vegas envolve nove ministros do STJ e quatro do STF.





Não por outro motivo que o conselheiro Tito Amaral, levado para o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) com o apoio decisivo do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), promotor de Justiça em Goiás e ex-assessor do parlamentar, criticou o vazamento de informações que comprometem o antigo chefe. Na sessão do órgão, Amaral falou em punir com “pena de morte” os procuradores da República responsáveis pela Operação Monte Carlo, que seriam coniventes ou responsáveis pelo vazamento de informações que apontam ligações entre Demóstenes e o contraventor Carlinhos Cachoeira. Porém, o medo de Tito Amaral tinha outro nome “Operação Las Vegas”


Do mesmo acordo celebrado para indicação de Tito, participou e foi indicado o ex-procurador geral de justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares, para o CNMP. Todo medo está relacionado com o que virá a tona no material da “Operação Las Vegas” da Polícia Federal entregue nessa quarta-feira a CPMI. Embrião da Monte Carlo, que levou à prisão de Carlinhos Cachoeira, a “Las Vegas” é considerada, por autoridades que tiveram acesso a seu conteúdo, "mais letal para agentes políticos".


Também é essa a operação que pode constranger o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Sua assessoria confirmou nessa quarta-feira que ele não pediu diligências à PF quando recebeu o material da “Las Vegas”, em 2009. A justificativa é que não havia "elementos suficientes para qualquer iniciativa no âmbito do STF".


Polêmico, Gurgel optou por engavetar temporariamente o caso. Membros do próprio Ministério Público contestam essa decisão em privado. Acham que, com as informações em mãos, o procurador-geral tinha de arquivar, denunciar citados sem foro privilegiado ou pedir abertura de inquérito no STF.


O relatório da Las Vegas foi enviado pela PF à subprocuradora-geral Cláudia Sampaio Marques, mulher de Gurgel, e depois "subiu" para ele. Com a paralisação, três anos depois foi deflagrada a Monte Carlo.

A requisição e agora entrega para exame da CPI dos autos da Operação Vegas, iniciada pela Polícia Federal em 2007 e concluída no início de 2009, é tida como essencial por integrantes da comissão mista já instalada para investigar as ramificações do chamado esquema Cachoeira.


Fatos mais graves do que os apurados pela operação Monte Carlo (da PF, criada para investigar Demóstenes e Cachoeira) foram apuradas na Operação Vegas, que trata de ligações do Cachoeira com a cúpula do Judiciário.


Considerada a “mãe” da Operação Monte Carlo, que resultou na prisão do bicheiro Carlos Augusto Ramos, pôs fim à carreira do personagem encarnado pelo senador Demóstenes Torres e motivou à criação da CPMI, a Vegas pode levar à ampliação das investigações para caminhos ainda não explorados.


Segundo informações, haveria material incriminando (em maior ou menor grau) nove ministros do STJ e quatro do STF. Só que o STF há um ano requisitou toda a documentação a respeito, determinando que a PF não ficasse com cópia, e sentou-se em cima da papelada. Porém, cópia da "Operação Las Vegas" já tinha sido tirada e encaminhada ao grupo de Lula.


Ciente deste fato e diante da possibilidade de vazamento da mesma pela imprensa a exemplo do que ocorreu com a Operação Monte Carlo, não teve como o STF evitar seu envio, chegando nessa quarta-feira na CPMI uma cópia que imediatamente foi trancada, vedando aceso a mesma pelo presidente da comissão aos integrantes oposicionistas.


Evidente que cópias já se encontram nas mãos de integrantes da oposição assim como da imprensa. O que antes era tido como suposição agora se torna realidade.

A CPMI pode sim evitar que o mensalão seja julgado pelo STF, pensar diferente é admitir que haja uma crise institucional devido o envolvimento da metade dos ministros do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, além de Gurgel, sua esposa e mais diversos integrantes da Procuradoria Geral da República.

Um comentário:

  1. Gente, esse Tito Amaral é de uma integridade. Perguntem aos jornalistas de Goiás. Ele já enfrentou cada barra como promotor do júri, pedindo absolvições quando ficou provado que o reu confessou sob tortura. Não aceita nenhuma falha processual, é duro com delegados corruptos e vocês estão detonando o cara sem sabem quem ele é. É um técnico, tanto que já foi elogiado publicamente por Demóstenes, Agripino, Casagrande, Marta Suplicy, Mercadante, Randolfe, Flexa Ribeiro, Geraldo Mesquita, Eunício, Magno Malta (sim, rarara) e Tasso Jereissati. Foi o mais votado em eleição realizada pelos Promotores e Procuradores de Justiça de Goiás e por TODOS os Procuradores-Gerais de Justiça do Brasil. Entrem no site do Jornal Opção de Goiás e vejam o perfil dele ou conversem com um ex-aluno dele da Unip. Vejam o conteúdo dos votos dele no CNMP. É um jurista respeitadíssimo e de um bom humor e de uma humildade impressionantes. No Senado era chamado de vade mecum, por conta dos seus conhecimentos jurídicos. Ele diz que o apelido é porque andava sempre com um livro grosso debaixo do braço. Gosta de Sheakspeare e de Machado de Assis e torce para o Flamengo (matou a pau). O único defeito dele, apesar de ter trabalhado com Demo Torres, é ser PeTista. Também não se pode exigir que uma pessoa seja perfeita em tudo, né?

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