Ciro Gomes: Cerra em uma campanha é sinal de baixaria.
Luís Nassif em seu BLOG
Jose Serra, no Estadão de hoje
O sr. ficou com alguma mágoa da campanha de 2010?
Não. Eu preferia ter ganhado, mas... Em eleição, você tem que ter um mínimo de preparação para assimilar resultados, porque a decisão não é você que toma. A decisão é das pessoas, milhões de pessoas. Pode parecer frase feita, mas faz parte. A derrota é um ingrediente importantíssimo de uma eleição quando você vai para a disputa. Por outro lado, eu acredito que, nas duas eleições (presidenciais), a minha campanha condicionou muito o próprio desempenho do governo posterior. Agora, muitas das coisas que o governo faz, sem dúvida nenhuma, foram resultado da minha campanha.
O sr. fala especificamente da política de juros do governo Dilma?
Juros, infraestrutura, mesmo a defesa da liberdade de imprensa... Uma série de questões variadas. Dar exemplos sempre é ruim. Sem dúvida nenhuma, o grosso das teses que nós defendemos em 2010 eram corretas e o governo incorporou muitas delas. É normal que isso aconteça. Eu não acho que, na vida pública, cópia seja plágio. Cópia, se bem feita, de maneira honesta e não eleitoreira, é uma virtude.
Por Luís Nassif
Há duas hipóteses para essas fantasias de Serra. Se acredita no que diz, é doente; se não acredita, é mentiroso.
Quando surgir a cura da AIDS, ele dará uma entrevista dizendo que partiu dele a sugestão para que a doença fosse pesquisada.
Foi o mais medíocre governador da história recente de São Paulo, mais ausente da gestão do dia a dia do que Luiz Antonio Fleury. No campo das propostas, tendo à sua disposição o mais rico laboratório administrativo - o Estado de São Paulo, com sua infraestrutura, instituições, empresas, capital intelectual - foi incapaz de deixar uma obra duradoura, a não ser pontes geridas por Paulo Preto.
Não apenas obras. Foi incapaz de trazer uma ideia inovadora sequer na área de gestão, inovação, políticas sociais.
Na mais ampla tragédia ambiental de São Paulo - as enchentes do Tietê - não se reuniu UMA VEZ sequer com a defesa civil. Na grande crise de 2008, aumentou os impostos da indústria e só aceitou receber associações empresariais quando estas ameaçaram uma manifestação na porta do Palácio Bandeirantes. Sumiu, simplesmente sumiu de cena em todos os momentos conturbados: invasão da USP, greve da Polícia Civil, enchentes etc.
Produziu a campanha mais obscurantista da história, sepultando a história do PSDB com o esgoto mais fétido que se tem notícia.
Mas, agora, graças às obviedades que falou na campanha eleitoral, Dilma conseguiu mudar o Brasil.
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