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sexta-feira, 22 de julho de 2011

MAURO SANTAYANA: ITAMAR IMPEDIU A PRIVATIZAÇÃO DE FURNAS, QUE O TARTUFO DO FHC QUERIA DOAR.

E PENSAR QUE ESTE JORNALISTA FOI UM DOS FUNDADORES DO DRD, PORQUE O DRD NÃO HONRA SEU FUNDADOR E PASSA A FAZER JORNALISMO.


Mauro Santayana:

Seu grande orgulho foi o de haver impedido, de forma corajosa, a privatização do complexo hidrelétrico de Furnas.

A desestatização da grande empresa já estava decidida, quando Itamar reuniu o alto comando da Polícia Militar de Minas e deixou claro que iria resistir - com a força de que dispunha - à alienação das usinas instaladas em Minas. Ele sabia como agir: a cota da represa só fora alcançada mediante um dique, que continha as suas águas na divisa entre a bacia do Rio Grande – tributário do Paraná – e a do São Francisco.


Se o dique se rompesse, mediante uma carga de explosivos, as águas da represa verteriam no São Francisco, e não moveriam as turbinas da usina principal à jusante. A fama de que ele era louco, difundida pelos jornais, quando ele decretou a moratória das dívidas de Minas, conteve seus adversários.


A organização francesa ATTAC e o jornal Le Monde Diplomatique convidaram-no a participar de reunião internacional na França, contra a globalização financeira. Ele foi o único governante estrangeiro a participar do encontro, em razão de sua resistência à ditadura do novo capitalismo liberal.


Outra medida que tomou, e que o fez merecedor da gratidão dos mineiros, foi recuperar o controle sobre a Cemig. A Cemig é a primeira e grande realização de Juscelino, e início da grande tarefa de modernização do Brasil nos anos que se seguiram.

Mais do que uma empresa, a Cemig significa, para os mineiros, um ato de inteligência técnica e autonomia política. O governo anterior, submisso ao Planalto, entregara um terço da empresa aos norte-americanos, mediante a intervenção do Banco Opportunity. Dantas, com 3% do capital, e mediante um acordo de acionistas, tinha o poder de veto sobre as decisões da empresa.

Como só lhes interessassem os lucros, esses acionistas minoritários imobilizavam a empresa e impediam o reinvestimento em novas hidrelétricas. Itamar foi à Justiça, ao mesmo tempo em que tomava outras providências de caráter político.

Os escândalos de Wall Street, que atingiram os investidores norte-americanos da Cemig, levaram-nos a não pagar os empréstimos obtidos junto ao BNDES, o que facilitou a transferência de suas ações a investidores brasileiros.

Itamar e Tancredo tinham, em comum, a convicção de que governar é vigiar.

É uma idéia de que participaram, outros governadores de Minas, homens como João Pinheiro, Artur Bernardes, Raul Soares, Benedicto Valadares e Aureliano Chaves. Todos eles rigorosos na defesa do erário, e todos nacionalistas, como Itamar.

Como se recorda, ele criou uma Comissão de alto nível, externa ao serviço público, a fim de investigar denúncias contra a administração federal – que seu sucessor( FHC, grifo meu, ptremdas13e13) dissolveu como um de seus primeiros atos.





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