O deputado Mourão PSDB/DEMO não quer que o país gaste e crie empregos, ele escreve artigos no PIG sobre dívida interna. O negócio dele é o neo liberalismo. O "Estado Mínimo". Ele esqueceu completamente do governo FHD (d de doar). Aos números:
Delfim Netto: FHC surfou sobre o Plano Real e quebrou o país
Ex-ministro denuncia desastre e “métodos absolutamente heterodoxos para se reeleger”
O deputado federal Delfim Netto (PMDB/SP) afirmou que Fernando Henrique “surfou sobre o plano real” para se eleger presidente da República por dois mandatos, aplicando um “duplo estelionato eleitoral” no povo brasileiro.
“Elevou para 29% a carga tributária bruta e aumentou de 31% para 49% do PIB o endividamento. Não fez o menor esforço para controlar as despesas, reduzindo o superávit a zero no primeiro quadriênio. Em apenas quatro anos, acumulamos um déficit em conta corrente da ordem de US$ 100 bilhões! O resultado foi trágico”, ressaltou o deputado, assinalando que essa política levou o Brasil a quebrar em 1998 e recorrer ao FMI “com o chapéu na mão, pedir um socorro de US$ 40 bilhões!”. Foi o primeiro “estelionato”, disse Delfim.
O deputado continuou, afirmando que no segundo mandato – depois de se eleger e procurar, “com métodos absolutamente heterodoxos, a sua reeleição sem desincompatibilização, o que seria o segundo ‘estelionato eleitoral’” – diante da exigência de arrocho fiscal feita pelo FMI “descarregou o problema sobre o setor privado, aumentando a carga tributária bruta para 32% já em 1999” .
“Puxado pelo nariz, o governo perdeu o controle do câmbio para o ‘mercado’. Instalou-se depois uma nova e melhor política monetária. Mas o fim foi melancólico. Terminamos 2002 com uma inflação de 12,5% e um crescimento de 1,9%. Acumulamos mais US$ 80 bilhões de déficit em conta corrente. Com reservas de US$ 16 bilhões, e o Brasil ‘quebrado’ pela segunda vez”, observou.
Delfim Neto destaca também que o último surto de desenvolvimento experimentado pelo Brasil ocorreu no governo Itamar Franco (1993/94), “quando crescemos 5,4% ao ano, com equilíbrio externo”. “A carga tributária bruta era de 27% do PIB, e a dívida líquida do setor público, 31% – graças ao vigoroso superávit primário de 3,7% ao ano, em média, no período. As reservas internacionais eram de US$ 40 bilhões, correspondentes a um ano de importação”, completou.
A devastação do Brasil no governo tucano-neoliberal: uma memória (1)
No recente relatório da Fitch Ratings, tão aplaudido por alguns, está a afirmação de que os supostos avanços da economia brasileira que motivaram a “elevação” do rating do país no conceito (ou no apetite) dos bancos externos foram aqueles do governo Fernando Henrique - o que, para uma “agência” que obedece aos interesses estrangeiros mais espoliadores e parasitários da face da Terra, é compreensível. Muito menos compreensível são certas afirmações, por quem não é tucano nem fez parte daquele infeliz governo, de que o sucesso do presidente Lula em seu segundo mandato foi devido à continuidade em relação àquela época catastrófica para o Brasil.
Quando Lula assumiu a Presidência, em 2003, o país estava à beira do colapso - e foi a ruptura com o período anterior que possibilitou, sob a liderança de Lula, que o país se reerguesse, assim como foram os elementos que ainda restavam desse malfadado período que mais obstaculizaram esse reerguimento.
Tudo isso nos parece óbvio, mas, infelizmente, a memória às vezes falha a alguns - e de tanto ouvir a mídia repetir o seu cantochão sobre os supostos “fundamentos” que alguns devastadores do país teriam assentado, há quem faça, inconscientemente, coro a essa infâmia.
Além disso, existem os jovens, alguns que são tão jovens que mal viveram aquela época. Por todas essas razões, veio-nos a idéia lembrar, brevemente, o que foi aquela aflição para o país e seu povo - para os trabalhadores, para os empresários, para os estudantes, para as mulheres, crianças e homens deste país.
Não encontramos forma melhor de isto fazer do que apresentar uma condensação do relato e análise de Nílson Araújo de Souza em seu livro “A Longa Agonia da Dependência”.
Chamamos a atenção do leitor para o fato de que se trata de obra volumosa - mas acessível a todos os interessados em melhor conhecer a economia e, de resto, a História de nosso país. O que apresentamos aqui é apenas uma amostra - mas suficiente para que conheçamos (ou refresquemos a nossa memória) sobre um dos mais terríveis períodos que o Brasil já passou.
O seu desfecho, com a derrota da reação, do atraso e dos destruidores da nação, apesar das marcas que ainda não foram inteiramente superadas, é uma advertência presente aos inimigos do país. Não há continuidade possível e não há volta possível àquela época. Os que o tentaram, aliás, receberam do povo o seu saudável e bem colocado repúdio.
(jornal A Hora do Povo)
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