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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

COCAINA: TRIBO DE TUCANOS NÃO LARGAM O VÍCIO!

TRIBO DE TUKANOS NÃO LARGAM O VÍCIO DA EPADU(COCAINA).
 
Origens do uso da coca.
 

O envolvimento humano com substâncias psicoativas, em especial a cocaína, retornam a um passado longínquo. O abuso de cocaína tem suas raízes nas grandes civilizações pré-colombianas dos Andes que, há mais de 4500 anos, já conheciam e utilizavam a folha extraída da planta Erythroxylon coca ou coca boliviana, como testemunham as escavações arqueológicas do Peru e da Bolívia. A planta de coca cresce na forma de arbusto ou em árvores ao leste dos Andes e acima da Bacia Amazônica.
 
Cultivada em clima tropical e altitudes que variam entre 450 m e 1.800 m acima do nível do mar, continua sendo usada pelos nativos da região que a mascam. Numerosas lendas se referem a ela em associação aos mistérios sagrados da fertilidade, da sobrevivência e da morte, assim como de práticas curativas.

O nome coca deriva de uma palavra aimará, "khoka", cujo o significado seria "a árvore".1 Para os incas, a planta era sagrada, um presente do Deus Sol (Inti), relacionada à lenda de Manco Capac, o filho do sol, que desceu do céu sobre as águas do lago Titicaca para ensinar aos homens as artes, a agricultura e para presentear-lhes com a coca.2 Até a chegada dos espanhóis à América, seu uso era privilégio da nobreza Inca. No período colonial, porém, o consumo entre os índios se popularizou, apesar da oposição da igreja católica.3-5 No Norte do Brasil, também é chamada de epadu. Muitas tribos da Bacia Amazônica, na região fronteiriça entre Venezuela, Colômbia e Brasil, mantêm o hábito de mascar o "epadu" ou "ipadu" como forma de preparo das folhas torradas de coca misturadas com elementos alcalinos, transformadas em pó e agrupadas em pequenas bolinhas.
Os homens e as mulheres mais idosos, principalmente da tribo dos Tucanos, ingerem o pó várias vezes ao dia, utilizando colheres de osso. Além do valor nutritivo, esses indígenas buscam o bem-estar e a ação euforizante que fazem parte de seus cotidianos. Esse uso está intimamente integrado à cosmovisão dessas tribos. Assim, a palavra que designa a coca, "ahpi", também denomina leite, leite materno, via láctea, e o próprio nome da nação indígena habitada pelos índios Tucanos.3,4 Quando efeitos danosos ocorriam, não eram notados. Índios peruanos que utilizavam cronicamente cocaína apresentavam-se doentes e desnutridos.
ESTES INDIOS TUKANOS...SÃO MUITCHO DJOIDOS  CARA!

A cocaína na medicina.

Como a heroína, a cocaína é uma droga relativamente recente no arsenal das substâncias de origem vegetal. Em 1855, o químico alemão Friedrich Gaedecke conseguiu o extrato das folhas de coca, o erythroxylene.

Quatro anos mais tarde, em 1859, o químico alemão Albert Niemann conseguiu isolar, entre os seus numerosos alcalóides, o extrato de cocaína, representando o principal deles (80% do total). Os demais alcalóides compreendem a nicotina, a cafeína e a morfina.

 Também são encontradas, em concentrações menores, a tiamina, a riboflavina e o ácido ascórbico. Aproximadamente 100 gramas de folhas podem suprir as necessidades diárias dessas vitaminas. Somente em 1898, foi descoberta a fórmula exata de sua estrutura química. Em 1902, Willstatt (prêmio Nobel) produziu cocaína sintética em laboratório. Sob a forma de cloridrato de cocaína, a cocaína forma um pó branco cristalino.

No início, a cocaína foi considerada um fármaco milagroso,( EU ACHO QUE OS INDIOS TUKANOS AINDA CONSIDERA, GRIFO MEU PTREMDAS13E13) e os americanos começaram a prescrevê-la para enfermidades particularmente difíceis de tratar. Tentaram empregar a cocaína no tratamento como um antídoto radical da morfina. Freud contribuiu de maneira decisiva para a divulgação da nova droga, quando, em 1884, publicou um livro chamado "Uber coca" (sobre a cocaína), no qual defendeu seu uso terapêutico como "estimulante, afrodisíaco, anestésico local, assim como indicado no tratamento de asma, doenças consuptivas, desordens digestivas, exaustão nervosa, histeria, sífilis e mesmo o mal-estar relacionado a altitudes".

6,7 O próprio Freud utilizava cocaína em doses de 200 mg por dia. Ele recomendava doses orais da substância entre 50-100 mg como estimulante e euforizante em estados depressivos. Freud utilizou cocaína para tratar um amigo, o médico Ernest von Fleischl Marxow, que havia se tornado dependente de morfina, prescrita para um quadro de dor intensa, por ter amputado a perna. O resultado foi um quadro de dependência dupla. Ernest von Fleischl Marxow desenvolveu delírios paranóides e alucinações de formigamento, tornando-se intratável. Freud também tratou o amigo Karl Koller, que recebeu o apelido de Coca-Koller devido à dependência desenvolvida com esse fármaco.

 Após quatro anos de sua publicação original, Freud voltou atrás, rendendo-se às evidências de que a "droga milagrosa" tinha uma série de inconvenientes, começando pelo seu potencial de criar dependência - "cocainomania"- que, em muitos casos, substituía a "morfinomania" ou mesmo se combinava com ela. Em 1892, Freud publicou uma continuação de "Uber coca", modificando seu ponto de vista, originalmente favorável à cocaína.

2-5 Não obstante, alguns autores, como Bucher (1992), defendem a tese de a cocaína ter contribuído indiretamente para que Freud realizasse a descoberta dos processos inconscientes, permitindo a criação da psicanálise. Dessa forma, Freud teria resgatado sua dívida com a humanidade, oferecendo um novo e poderoso instrumento para a autocompreensão sem toxicidade, embora não tão inofensivo para o "sono tranqüilo", baseado na ignorância sobre o próprio respeito da sociedade.
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Em 1884, Karl Koller descobriu que o olho humano tornava-se insensível à dor com o uso de cocaína,( EU ACHO, E VOU FICAR SÓ NO ACHISMO, QUE É POR ISTO, QUE EU VEJO PELA TV, ALGUNS DISCURSOS DE POLÍTOCOS, COM OS OLHOS IMÓVEIS, VIDRADOS.) representando o primeiro passo para a anestesia local. Wiliam S Halsted, que seria conhecido como um dos pais da cirurgia moderna e um dos fundadores da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, também pesquisou a cocaína por volta de 1880.

Na tentativa de estabelecer o uso da droga como anestésico local, não ficando restrito à oftalmologia, Halsted passou a administrar cocaína em si mesmo e em outros. Ele e seus colegas obtiveram sucesso no bloqueio da dor, iniciando a era das cirurgias oculares, entre outras, mas o preço desse achado foi uma intensa dependência e, conseqüentemente, a deterioração profissional. Acreditando (incorretamente) que a morfina e a cocaína pudessem substituir uma à outra, Halsted utilizou morfina para tratar sua dependência de cocaína, tornando-se, também, dependente de morfina até o final de sua vida.5
 

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