ELES ESTÃO UNIDOS AO NEOLIBERALISMO ATÉ A MORTE!
ELES CRITICAVAM A ALATA DE JUROS, MAS, NA VERDADE ESTVAM É EUFÓRICOS.
O SENADOR BOTX DIAS É O QUE MAIS CRITICA A FALTA DE "DEPENDENCIA" DO BACEN, PELO FATO DE TER HAVIDO A BAIXA DE MEIO PONTINHO. POIS EU DIGO AO SENADOR HIPÓCRITA, FALTA CAIR MAIS 6 PONTOS, PARA QUE POSSAMOS ATINGIR UM PATAMAR DE JUROS QUE NÃO TRAVE O CRESCIMENTO DO BRASIL
Em julho, quando o BC aumentou os juros, a reação do PSDB foi esta: "O Brasil sobe seus juros num momento em que todo o resto do mundo – todo mesmo – corta suas taxas. Estamos na contramão". Mas bastou uma pequena redução da taxa Selic para os tucanos tirarem a máscara e se mostrarem quem realmente são, os defensores fiéis da banca internacional. A encenação tucana acabou quando o assunto é baixar os juros. Apenas meio pontinho a menos e aí foi um tal de tucanos e a mídia banqueirista que lhes abana mandarem o pajem lhes trazerem os sais. Foi um deus nos acuda. Agora, para eles, o BC sofreu "pressão política" do Palácio do Planalto.
Nas últimas cinco vezes em que o BC aumentou a taxa deu para fingir que estavam contra, mas agora, baixar juros? Que audácia! Tirar dessa forma meio ponto dos especuladores, de jeito nenhum! Para eles, quando aumenta os juros a "decisão é técnica", mas, quando os juros caem é "pressão política", é "atropelo", é "desrespeito à autonomia do BC". Afinal, que farra é essa? Só pode aumentar juros, baixar nunca.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique da Silva Santos ironizou a reação dos tucanos à redução dos juros. "É engraçado. Nas últimas oito vezes em que a Selic aumentou, não ouvimos falar de problema de falta de autonomia", disse.
Além de pregarem que o Banco Central só é "autônomo" quando aumenta os juros, tucanos e demistas repetem à exaustão a velha cantilena de que a redução da taxa Selic vai causar inflação. "O grande risco é a inflação", alertou com pompas o senador e combatente antinflacionário de primeira linha Álvaro Dias (PSDB-PR). Eles só não explicam por que as taxas de juros estão perto de zero ou negativas na grande maioria dos países e não há inflação nenhuma explodindo em suas economias. Pelo contrário, o ambiente internacional, como disse a presidenta Dilma, esta semana, é de deflação. Mesmo com os juros negativos.
Nos EUA, então, onde os juros nominais, por exemplo, estão entre zero e 0,25%, pelo raciocínio dos tucanos e demais capachos, a inflação deveria estar disparada, mas não é o caso. Não há crescimento da inflação por lá. Ela deve ficar entre 2% e 3% em 2011. Esse fato mostra que os tucanos e os demistas estão acenando com a ameaça inflacionária para advogar a favor da agiotagem internacional em detrimento do país e da produção.
E essas declarações todas, feitas pelos porta-vozes dos banqueiros no Senado nada têm de novidade. São meras repetições esfarrapadas, monótonas e já bastante batidas dos que defendem o cartel financeiro e seus comentaristas econômicos de aluguel. "Tem que manter os juros altos para desaquecer a economia e combater a inflação", aconselham os filoneoliberais. "Tem que cortar gastos públicos e garantir os ‘superávits primários’, (ou seja, os pagamentos aos bancos)", acrescentam a receita do modelo neoliberal, que redundou nesse maravilhoso e estupendo crescimento econômico que se observa lá fora nas economias dos EUA e do fantástico Velho Mundo.
Vejam só o que diz uma das figuras mais oferecidas para os bancos estrangeiros na mídia: "(...) Ao fazer isso [baixar os juros], o BC prova que se rendeu às pressões e está disposto a aceitar um pouco mais de inflação". Foi o que disse a alquimista Miriam Leitão. E a nota do PSDB não teve dúvida: transcreveu inteira essa "opinião", como sendo uma "visão" do partido. "Nunca o BC fizera mudança tão brusca de trajetória. A autoridade monetária brasileira sempre adotou uma estratégia gradualista, ou seja, os ajustes e as alterações de rumo nas taxas básicas de juros sempre foram feitas de maneira suave", prossegue a nota do PSDB. Esse tom amargo, frustrado do PSDB, será que reflete a decepção dos especuladores por não terem sido avisados a tempo da baixa para poder justamente... especular?
Só que, desde o começo do ano, foram feitos cinco aumentos, elevando os juros reais da casa dos 4,5% para 6,5%. Aumentos muitos "gradualistas", como se pode ver. Várias vezes houve elevações de meio ponto percentual da taxa Selic e ninguém falou em "mudança brusca". Ninguém do PSDB ou Dem ou do chamado "mercado" reclamou. Bastou cair um pouquinho os juros para começar a gritaria: "brusco, radical, destemperado", etc. "Poucas coisas são tão perigosas para a inflação quanto um BC capturado pelos interesses do governo. O guardião da moeda se transforma em cúmplice do populismo eleitoreiro, alimentando o dragão inflacionário", criticou Rodrigo Constantino, mais um advogado de bancos disfarçado de "consultor".
"O Globo" também saiu em socorro aos bancos: "Todos os dados ‘técnicos’ não são, portanto, suficientes para justificar a decisão do BC de cortar a Selic". E o PSDB, de novo, não fez por menos: "As edições de hoje dos jornais são unânimes em afirmar que os juros caíram ontem por pressão do Planalto, à qual o Copom cedeu". "Dilma está convencida de que a inflação vai ceder com o quadro de recessão global e que, por isso, o BC deveria se antecipar. Essa pressão foi fundamental para a mudança de rumo", sustenta a nota tucana. Essa turma só admite a pressão do "mercado", isto é, dos bancos estrangeiros, principalmente. Já a sociedade, o povo, trabalhadores, empresários, etc, não podem dizer nada, têm que se conformar em ser espoliados por meia dúzia de bancos que se locupletam com os juros estratosféricos estipulados pelo BC.
A mídia pró-banqueiros e os arautos da agiotagem do PSDB não conseguem enxergar o Brasil desatrelado desse cassino que faz os especuladores amealharem mais de duas centenas de bilhões de juros em menos de um ano.
Vejam como isso fica claro neste trecho, dito por mais um dos consultores pró-bancos, de quem o PSDB simplesmente xerocou sua nota. "Primeiro, ninguém sabe ao certo como será o comportamento das economias americana e europeias mais atingidas pela crise econômica. Nem eles mesmos. Segundo, até agora os impactos no Brasil têm sido moderados e não autorizam prever quedas significativas nos preços e desaceleração robusta da atividade econômica suficientes para frear a inflação. Quem contar com a crise externa para isso [a queda da inflação] corre sério risco de se decepcionar", avisa Alexandre Schwartsman. Com disse o ex-presidente Lula, essa gente sofre do "complexo de vira-lata", pois para eles o Brasil tem que sacrificar o seu crescimento e ficar à mercê do que acontecer lá fora, esperando os países ricos para poder agir.
Não é essa a opinião da grande maioria da nação brasileira que, não só aprova a redução dos juros do BC, como acha que ela foi tímida. Deveria ser maior, é a opinião de todos. Empresários e trabalhadores estão exigindo mais queda nos juros. O país está sendo sangrado pela especulação com essas taxas de juros, que são as maiores do mundo. Com elas, os agiotas de todos os recantos, e particularmente os de Wall Street, que estão cheios de dólares despejados pelo governo americano, vêm aqui jogar na ciranda do BC. Isso provoca a alta artificial do real e prejudica intensamente a economia nacional, particularmente a indústria brasileira. Reduzir ainda mais os juros, portanto, é o caminho para impedir essa enxurrada de dólares especulativos e o consequente desmantelamento da produção nacional.
SÉRGIO CRUZ.
JORNAL HORA DO POVO- PPL- PARTIDO PÁTRIA LIVRE.
Escudeiros dos agiotas, PSDB e Dem criticam baixa dos juros
Para eles, BC tem que ter autonomia do povo e se manter a serviço dos bancos
O PSDB e o DEM reclamaram da queda de meio ponto percentual nas taxas de juros básicos da economia, anunciada pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM), na quarta-feira passada. José Agripino, do Dem e Duarte Nogueira e Álvaro Dias, do PSDB, saíram em defesa dos especuladores dizendo que a decisão representa "um arranhão" na autonomia do BC. "O Comitê de Política Monetária (Copom) dobrou-se à pressão do governo, fez uma aposta arriscada, baseada em avaliações extremadas da crise externa, comprometeu sua credibilidade e rifou seu compromisso com a estabilidade da moeda", diz a nota do PSDB.
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