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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Aos UDENISTAS críticos da Geopolítica brasileira na África.

Do New York Times


Na foto o chanceler eleito como o melhor do mundo em 2010. O empresariado colhe os frutos de sua ação sobre a geopolítica brasileira na África. 



Sílvio Guedes Crespo


Os projetos brasileiros de ajuda à África têm aumentado a influência do País no continente e ajudado empresas a fechar negócios, segundo uma reportagem do jornal novaiorquino.

“O Brasil, país com maior número de afrodescendentes, está aumentando sua presença na África, na indústria, na infraestrutura e no comércio”, afirma o jornal na primeira página, sob a chamada “Brasil se afirma na África”.


O País destinou US$ 23 milhões para construir uma fábrica de medicamentos contra Aids em Moçambique, onde 2,5 milhões de pessoas têm a doença mas apenas 300 mil têm acesso à droga que a fábrica produzirá.


No Kenia, o Brasil ofereceu um empréstimo de US$ 150 milhões por meio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para construção de estradas e mais US$ 80 milhões para ajudar a mecanização da agricultura local.


Projetos como esses abrem espaço para a entrada de empresas brasileiras no países. O New York Times afirma que a Odebrecht, por exemplo, já é um dos maiores empregadores da Angola, a Vale está investindo US$ 6 bilhões no setor de carvão em Moçambique e o banco BTG Pactual lançou um fundo de US$ 1 bilhão para investir na África.

 A corrente comercial entre o Brasil e os países africanos cresceu de US$ 4,3 bilhões em 2002 para US$ 27,6 bilhões em 2011.


Atualmente, 55% do US$ 1 bilhão desembolsado pela Agência Brasileira de Cooperação, do Ministério das Relações Exteriores, são destinados à África.
Além do aspecto comercial, existe a cooperação que aumenta a influência diplomática.

O País tem hoje 36 embaixadas no Continente Africano – mais do que, por exemplo, o Reino Unido – e agendou para este ano a abertura da 37ª, no Malawi.


Na Angola, um acordo de segurança assinado recentemente tem o objetivo de expandir o treinamento de militares do país africano no Brasil.


O Times acredita que, diferentemente de outros países latino-americanos, como Venezuela e Cuba, que se baseiam em uma espécie de solidariedade entre países em desenvolvimento, “a crescente presença do Brasil na África é mais complexa, envolvendo a ambição de transformar o País em uma potência econômica e diplomática.


A reportagem aponta, ainda, críticas às incursões do Brasil na África. Por exemplo, por causa da aproximação do País com líderes associados a violações de direitos humanos, como é o caso do presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Mbasogo.


Outra crítica vem de jovens africanos que participam de um projeto para estudar no Brasil.


Alguns reclamam de discriminação no País. O moçambicano Eleutério Nhantumbo, que ganhou uma bolsa para estudar no Rio, disse que estava saindo de uma loja e foi abordado por policiais, que lhe pediram para levantar a camisa.

 Quando perguntou por que estavam fazendo, conta o estudante, ouviu como resposta um insulto racista.

Os policiais perguntaram, ainda, de onde ele era. Depois que respondeu, os policiais teriam dito: “Onde é Moçambique?”. “Eles não sabiam que existe um país chamado Moçambique”, afirmou Nhantumbo ao jornal.





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