Haja alucinógeno.
texto assinado por Aécio Neves, neste 13 de agosto de 2012, é mais ácido.
Trata-se de uma torrente de números divulgados nos últimos dias e criticados por
comentaristas “interessados” na privatização da Petrobrás.
Aécio reproduz aquilo
que tais analistas disseram, e que nada mais é que a velha gororoba
desqualificante do PT e de sua gestão à frente de áreas importantíssimas para o
país.
Seu texto leva o provocativo título: PTbrás.
A Petrobrás é grandinha o suficiente para explicar ao
público mais amplo o impacto das escolhas feitas durante o governo Lula, em
áreas da economia, omitidas pela mentirobrás aeciana.
Nós que sabemos como ele
bacharelou-se economista pela PUC/MG o perdoamos: não tem ele a mínima
capacidade de fazer simples cálculos contrafactuais, com as devidas
simulações de impacto das “ausências” daquelas estratégias adotadas pela
empresa, ou de adoção de outros caminhos. Assim, só lhe resta
blefar.
Nosso aparte ao texto do senador
parisiense, na verdade, é uma denúncia de mais uma propaganda enganosa veiculada
à exaustão na mídia regional e na nacional, acerca de um “grau de investimento”
supostamente alcançado por Minas nos últimos dias.
Na propaganda que foi divulgada pelo
governo tucano fala-se que Minas Gerais ganhou a maior classificação da agência
“Standard & Poor's”, em relação aos demais estados.
Esclareça-se: grau de investimento é uma classificação
de riscos acerca da capacidade de uma empresa ou governo ter ou não ter
capacidade de quitar suas dívidas.
Nesse sentido, temos várias mentiras na
propaganda aeciana.
A classificação global de Minas, ou
mundial, foi “BBB-” (o hífen aí tem sentido de “menos”). Nosso estado está,
portanto, na mais precária classificação da faixa que as agências chamam de
“grupo de especulação”.
Que é um grupo intermediário de instituições acima
daquelas que são de alto risco de inadimplência e abaixo das que são de
baixíssimo risco.
Ou seja, Minas está no grau mais baixo do grupo intermediário,
classificado, repetimos, como “grupo de especulação” para o restante do planeta
Terra.
Enfim, isso é um aviso a investidores estrangeiros: cuidado com Minas
Gerais!
A classificação (brAAA), a nacional,
que teria colocado Minas em vantagem na relação com outros estados, no que diz
respeito à capacidade de pagar seus papagaios baseou-se nos números
fornecidos... pelo próprio governo estadual.
Trata-se de uma evidente
“gentileza” da S & P.
Para os
estrangeiros a tal agência diz: cuidado com Minas; para consumo interno, Minas
“bomba” frente aos demais estados.
Ouçam a mísoca de Falcão A Multa. Música em homenagem a todos os motoristas bêbados, tanto de carros como de Estados, ou de cadeiras no Senado Federal.
Nada mais
esquizofrênico.
Nesse quesito, vejam o que diz a S & P:
“Os ratings
refletem a base econômica bem diversificada do estado que favorece sua
capacidade para continuar arrecadando tributos, bem como para manter um
desempenho fiscal adequado e um histórico de sólida administração
financeira.”
Ora, a base econômica diversificada do
estado é histórica e pouco evoluiu com o governo Aécio. Sua “capacidade” de
arrecadação de tributos tem a ver com o quadro econômico nacional e com sua
própria fúria arrecadatória.
Mas são nos quesitos “desempenho
fiscal” e “sólida administração financeira” que o blefe aparece. Como pode um
estado que deve mais de 70 bilhões de Reais, que pede empréstimos para pagar
empréstimos, que frauda o Piso Nacional da Educação e os limites postos pela
emenda constitucional 29 (gastos mínimos com saúde) dizer que tem boa saúde
financeira?
Aécio e Anastasia inauguraram um
movimento nacional de calote desta dívida criada por FHC e ampliada desde 2003.
Soma-se a isso o artifício da contabilidade criativa, com o qual eles
mentem ao mundo sobre o tal “déficit zero”.
Enfim, ambos criaram a “calotebrás”.
Empresa tucana que dá calote em dívidas e calote na
verdade!
Veja abaixo os
links que trazem o texto de Aécio Neves e a matéria sobre a tal classificação de
riscos de Minas Gerais.
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