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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O JORNALISMO ONANISTA.



O  JORNALISMO ONANISTA

Tome-se uma melodia qualquer; durante cinco anos martele-se a letra e a música no consciente e no subconsciente da sociedade.

 Na TV repita-se sempre o título da canção, divulgue trechos com caras e bocas sugestivas.

 Debulhe-se os versos de forma intermitente nas colunas de jornalistas 'de prestígio'; durante cinco anos dê a eles a oportunidade de ecoar suas colunas nas emissoras de TV e nos noticiários das rádio pela manhã, à tarde e à noite; dissemine-se os bordões à exaustão ao longo desse período em artigos e entrevistas; dedique-se a eles dúzias de manchetes , capas e escaladas em telejornais.

 Finalmente, numa 5ª feira de agosto, (09-08) vá a campo e pergunte a 2.562 pessoas se elas conhecem a melodia e que opinião tem sobre os estribilhos massificados durante cinco anos.

No domingo seguinte (12-08) espete-se os resultados em manchetes impactantes': 73% da população tem a mesma opinião da mídia sobre a cantilena em questão.

 A saber, assegura o Datafolha: 73% dos brasileiros acham que os acusados do chamado 'mensalão' devem ser condenados à prisão.

 Ah, sim, a partir da 2ª feira, (13-08), acione-se a etapa seguinte; o mesmo dispositivo midiático põe-se a martelar o resultado da pesquisa como sendo 'a vontade da Nação'.

Sugere-se que não pode ser outro o discernimento da Suprema corte do país, sob risco de perder a 'credibilidade perante a opinião pública'.

 Dê a esse onanismo midiático o nome de liberdade de imprensa e classifique como chavista quem ousar arguí-lo.
 A  propósito, leia nesta pág. o artigo de Tarso Genro sobre o linchamento inédito em curso na democracia brasileira.

Editorial  CARTAMAIOR,  13.08.2012.


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