"Vicios Sociaes Elegantes", livro dos drs Pernambuco Filho, e Adauto Botelho, sobre o consumo de opiáceos, que eram liberados nas décadas de 900, 10, 20, 30, e 40.
A alta sociedade carioca consumia às pamparras. Depois descobriu-se o mal que tais substâncias faziam ao cérebro.
ALUCINATIONS!
A
propósito do Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (IDEB), criado em 2007
pelo governo Lula, o senador parisiense traça... suas mal traçadas linhas desta
segundona, 27 de agosto de 2012.
A
prosa é a mesma: Minas Gerais é apresentada como exemplo de planejamento de
curto, médio e de longo prazos; e que o Brasil sofre o mal crônico da ausência
de tal planejamento nos últimos dez anos.
É
muito simples desmontar o besteirol de nosso senador turista.
Primeiro,
ao datar a suposta crise de falta de planejamento (“nos últimos dez anos”), ele
provoca comparações com o período anterior.
O de FHC que, portanto, seria a
excelência em planejamento. Universidades sucateadas, milhares de aposentadorias
de professores e ensino técnico vilipendiados.
udo isso sob o olhar cúmplice do
então deputado Aécio.
A privataria tucana fortaleceu a rede privada, na medida
em que promovia a depleção da pública.
A própria instauração de um índice sobre
o desenvolvimento da educação básica só ocorre em 2007. Ou seja, Aécio Neves
nunca poderia falar do IDEB no tempo em que presidiu a Câmara dos Deputados,
simplesmente porque não existia tal índice!
Segundo,
na polêmica sobre o Piso Nacional salarial da educação, como se posicionou
Aécio?
Do lado das ações judiciais que visavam desrespeitar a implantação do
citado piso! E mais, seu sucessor, Antônio Anastasia, o homem do planejamento de
seu governo, teve de recorrer a um esdrúxulo “termo de ajustamento de gestão”
para, nada menos, descumprir a Constituição Federal e a decisão prolatada pelo
STF acerca do Piso Nacional.
Ou seja, Minas Gerais se dá ao luxo de remeter a
aplicação da determinação constitucional para 2015!
O que salva Minas são as
transferências constitucionais federais, dos respectivos fundos de
desenvolvimento da educação, com as quais o governo tucano arrasta suas
obrigações nessa área.
Terceiro, o governo
mineiro enfrentou sucessivas greves estaduais da educação nos últimos anos.
A
mais recente durou 112 dias e revelou o quadro de sucateamento do ensino do
estado, a partir da dramática luta de educadores e educadoras para deixar de ter
o seu salário básico registrado abaixo do salário mínimo.
A dedicação desses
servidores e servidoras se deve aos índices “mineiros” saldados pelo líder
tucano.
A violência grassa nas escolas, professores e servidores são ameaçados e
agredidos, falta material básico para funcionamento de várias unidades de
ensino, o transporte nas áreas rurais é precário e falta incentivo à
qualificação dos profissionais etc.
O senador Aécio Neves
omite, em sua analítica rasa, que os avanços nacionais e estaduais do IDEB
também são devidos ao ciclo de crescimento que o país teve nos últimos 10 anos,
inclusive.
Com as políticas de inclusão social e de distribuição de renda
instauradas no governo Lula.
Mas,
esperar honestidade intelectual de Aécio Neves é o mesmo que enxugar gelo. Sua
volúpia de poder, pelo poder, o impede de ser minimamente
razoável.
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