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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O ghost writer do senador do Leblon, Aécio Never,caiu na balada com o chefe de novo.

"Vicios  Sociaes Elegantes", livro dos  drs Pernambuco Filho, e Adauto Botelho, sobre o consumo de opiáceos, que eram liberados nas  décadas de 900, 10, 20, 30, e 40.



A alta sociedade carioca  consumia às pamparras. Depois descobriu-se o mal que tais substâncias faziam ao cérebro.


ALUCINATIONS! 



A propósito do Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (IDEB), criado em 2007 pelo governo Lula, o senador parisiense traça... suas mal traçadas linhas desta segundona, 27 de agosto de 2012.


A prosa é a mesma: Minas Gerais é apresentada como exemplo de planejamento de curto, médio e de longo prazos; e que o Brasil sofre o mal crônico da ausência de tal planejamento nos últimos dez anos.


É muito simples desmontar o besteirol de nosso senador turista. 


Primeiro, ao datar a suposta crise de falta de planejamento (“nos últimos dez anos”), ele provoca comparações com o período anterior. 

O de FHC que, portanto, seria a excelência em planejamento. Universidades sucateadas, milhares de aposentadorias de professores e ensino técnico vilipendiados. 

udo isso sob o olhar cúmplice do então deputado Aécio. 

A privataria tucana fortaleceu a rede privada, na medida em que promovia a depleção da pública. 

A própria instauração de um índice sobre o desenvolvimento da educação básica só ocorre em 2007. Ou seja, Aécio Neves nunca poderia falar do IDEB no tempo em que presidiu a Câmara dos Deputados, simplesmente porque não existia tal índice! 


Segundo, na polêmica sobre o Piso Nacional salarial da educação, como se posicionou Aécio? 

Do lado das ações judiciais que visavam desrespeitar a implantação do citado piso! E mais, seu sucessor, Antônio Anastasia, o homem do planejamento de seu governo, teve de recorrer a um esdrúxulo “termo de ajustamento de gestão” para, nada menos, descumprir a Constituição Federal e a decisão prolatada pelo STF acerca do Piso Nacional. 


Ou seja, Minas Gerais se dá ao luxo de remeter a aplicação da determinação constitucional para 2015! 

O que salva Minas são as transferências constitucionais federais, dos respectivos fundos de desenvolvimento da educação, com as quais o governo tucano arrasta suas obrigações nessa área.


Terceiro, o governo mineiro enfrentou sucessivas greves estaduais da educação nos últimos anos.

 A mais recente durou 112 dias e revelou o quadro de sucateamento do ensino do estado, a partir da dramática luta de educadores e educadoras para deixar de ter o seu salário básico registrado abaixo do salário mínimo.

 A dedicação desses servidores e servidoras se deve aos índices “mineiros” saldados pelo líder tucano. 



A violência grassa nas escolas, professores e servidores são ameaçados e agredidos, falta material básico para funcionamento de várias unidades de ensino, o transporte nas áreas rurais é precário e falta incentivo à qualificação dos profissionais etc.


O senador Aécio Neves omite, em sua analítica rasa, que os avanços nacionais e estaduais do IDEB também são devidos ao ciclo de crescimento que o país teve nos últimos 10 anos, inclusive.

 Com as políticas de inclusão social e de distribuição de renda instauradas no governo Lula.


Mas, esperar honestidade intelectual de Aécio Neves é o mesmo que enxugar gelo. Sua volúpia de poder, pelo poder, o impede de ser minimamente razoável.



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